quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Senador Oriovisto ‘chuta o balde’ em relação à ‘reforma’ tributária de Lula: ‘tiro no pé, vão perder a eleição’


Durante debate sobre a proposta de ‘reforma’ tributária do Lula, o senador Oriovisto Guimarães pediu ponderação aos colegas e não mediu palavras para descrever o desastre que está sendo proposto pelo governo. O senador disse: “eu peço de vocês um pouco só de sua atenção, que possamos meditar um pouco sobre o que brevemente teremos que fazer: votar uma reforma tributária que vai mexer com todos os brasileiros, que vai ter consequências para as nossas empresas, para os nossos filhos, para os nossos netos”.

O senador afirmou: “essa reforma é tão ruim, tecnicamente tão mal concebida que, se a oposição fosse maquiavélica e pensasse mais em política e menos no Brasil, votaria a favor dessa reforma”. Oriovisto explicou que, em três anos, quando chegarem as eleições para presidente e para o Congresso, o país estará em meio a um verdadeiro caos tributário, e os eleitores lembrarão quem propôs a “reforma”. 

Ele disse: “Daqui a três anos, nós teremos eleições. E eu alertava o Líder Jaques Wagner: vocês estão dando um tiro no pé; vocês vão perder a próxima eleição presidencial graças a essa reforma. Ele me pergunta: "Mas por que você diz isso?". E eu explicava a ele: é muito simples: nós temos impostos hoje que são chamados manicômio tributário - o Pis, o Cofins, o ICMS, o ISS e o IPI. Esses cinco impostos vão continuar existindo por dez anos, que é o período de transição. Só que criaram mais cinco: a CBS, o IBS, o Imposto Seletivo, a Cide importação e o imposto de mineração. Nesses dez anos, os cinco atuais, o manicômio atual, existe e o futuro manicômio começa a crescer. Nas eleições, vamos estar no meio da transição. Todas as empresas deste país vão ter que ter uma equipe para pagar o velho manicômio e uma equipe para pagar o novo manicômio, dois manicômios. Será o auge da rejeição da reforma tributária. Será a pior fase que a economia vai viver. A consequência política disso é óbvia. Os empresários, as pessoas vão perguntar: "Quem nos colocou nessa situação? Quais foram os Parlamentares que votaram a favor dessa transição de dez anos com os cinco impostos novos e os cinco velhos? Quem foi? O senhor votou a favor ou votou contra?". Eu vos falo com muita tranquilidade, porque eu não serei candidato novamente. Eu não estou preocupado com a reeleição, mas aqueles que pensam em reeleição deveriam pensar no que eu estou dizendo”.

O senador alertou ainda que a ‘reforma’ cria privilégios para alguns setores enquanto penaliza os contribuintes e disse: “É uma tristeza. Tecnicamente, muito ruim. Estou convencido de que estaremos fazendo um mal à nação. É hora de parar para pensar.Eu votarei "não" a essa reforma. (...) Por ora, eu só quero dizer que é hora de botar a mão na consciência, é hora de pensar. Nós não vamos fazer um bem para o Brasil aprovando essa reforma; nós vamos fazer o mal”.

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