A deputada Adriana Ventura, ao participar da audiência pública da Câmara dos Deputados sobre a morte, no cárcere, de Clériston Pereira da Cunha, preso político do ministro Alexandre de Moraes, apontou a responsabilidade do Senado Federal em parar a escalada autoritária que segue crescendo no Brasil. A deputada lembrou que, embora muitos políticos estejam acovardados, há alguns que “têm a coragem de erguer a voz”.
Ventura apontou que esses poucos políticos “lutam contra esse sistema. Esse sistema que mata pessas. Temos presos políticos, hoje, no Brasil. Temos uma instituição que prendeu pessoas. O pai de vocês, uma pessoa comprovadamente inocente, doente, e foi esquecido e negligenciado. Essa responsabilidade tem que ser cobrada. A gente está falando de uma ditadura que temos aqui hoje”.
A deputada lembrou que há outros presos, sendo tratados da mesma forma que levou à morte de Clériston, e lembrou também a censura. Ela disse: “querem calar todo mundo, prender todo mundo, em nome de uma ideologia nefasta”. Adriana Ventura questionou: “cadê a justiça neste país?”.
Adriana Ventura disse: “as instituições têm que cumprir seu papel, porque um cidadão indignado, lutando por um país melhor, foi morto. Um preso político foi morto por negligência, por omissão, por covardia”.
A deputada fez um apelo ao senador Eduardo Girão, que ali estava presente: “faça com que os senadores nos deem orgulho, porque o senado precisa cumprir seu papel”.
As prisões políticas após o dia 8 de janeiro são alguns dos mais recentes sinais de que, no Brasil, os cidadãos não vivem em uma democracia. Para um grupo de pessoas e empresas, a tirania ganha contornos de implacável perseguição política e ideológica, e esse grupo “marcado” vem sendo perseguido, há muito tempo, com medidas arbitrárias, como prisões políticas, buscas e apreensões, censura, bloqueio de redes sociais e confiscos.
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