Ao final da votação que aprovou o orçamento de Lula e um escandaloso fundão eleitoral de 5 bilhões, a deputada Adriana Ventura resumiu o significado daquela sessão, mostrando que houve a vitória do pior da velha política. A deputada iniciou comparando os gastos com campanhas eleitorais do Brasil com os de outros países, mostrando o absurdo do Brasil gastar dezenas de vezes mais do que países muito mais ricos.
A deputada disse: “entristece-me muito ver que estamos vivendo uma partidocracia. Nós estamos vivendo uma fase em que os donos dos partidos mandam no Brasil, mandam no orçamento e — pasmem! — mandam nos Parlamentares. Que vergonha, que vergonha! Eu agradeço aos Deputados que tiveram a coragem de votar "sim". Agradeço a esses Deputados, que mantém a sua independência, que não são reféns, que não têm cabresto”.
Ventura disse ter esperança de que, em algum futuro, consigam “chamar a atenção dos Parlamentares para o fato de que um país pobre, como o Brasil, gastar infinitamente mais, centenas de vezes mais do que países ricos é uma vergonha”.
A deputada também comparou os gastos com campanhas com os gastos para oferecer serviços à população que sustenta a classe política. Ventura apontou os valores destinados a emendas e disse: “Essas emendas e todo esse dinheiro não estão a serviço da educação, da segurança nem do desenvolvimento regional. Estão a serviço do orçamento secreto, da compra de apoio do Congresso Nacional. Então, isso é um disparate, é uma vergonha, é um escândalo. E o orçamento tem isso. E essa é uma das principais razões pelas quais somos contra essa Lei Orçamentária Anual. Nós estamos chancelando e normalizando a compra de apoio. Nós estamos chancelando e normalizando o fato de que fazer campanha política é muito mais importante do que saúde, segurança, educação. Vocês viram o orçamento que eu li aqui. Aqui, nós temos R$ 7 milhões para educação, R$ 4 milhões para segurança pública. Vocês estão ouvindo bem? São R$ 4 milhões. Mas há R$ 5 bilhões para se fazer campanha política”.
Adriana Ventura ironizou: “Então, vivam os donos dos partidos! Vivam os caciques partidários! E vivam os Parlamentares que são reféns e que usam cabresto!”. Ela ponderou: “Isso me envergonha. Mas a esperança existe, gente, porque tivemos 101 Parlamentares que não se renderam a essa chantagem, a esse cabresto e votaram "sim" à nossa admissibilidade. Eu agradeço muito a todos esses Parlamentares”.
Enquanto os parlamentares vão se refestelar em suas comemorações de fim de ano, milhares de famílias se preparam para o pior Natal de suas vidas, privadas de direitos fundamentais, com suas liberdades, patrimônios e renda limitados em perseguições políticas abertas. A família de Clériston Pereira da Cunha terá o primeiro Natal sem ele, pois ele morreu no cárcere, aguardando que o ministro Alexandre de Moraes se dignasse a apreciar o pedido de soltura formulado pelo Ministério Público, que aguardava há meses em sua gaveta.
No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras. Para esses “sub-cidadãos”, não há direitos humanos, garantias fundamentais ou devido processo legal.
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