Ao analisar trecho de pronunciamento de Lula na COP-28, Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, o embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores no Governo Bolsonaro, fez severas críticas à abordagem demagógica utilizada por Lula ao tratar de temas caros à agenda esquerdista.
Ele ironizou um trecho do discurso de Lula em que o presidente criticava o gasto de outros países com armas, alegando que esse dinheiro poderia ser utilizado em fins mais nobres. Araújo lembrou que vários países precisaram gastar tanto com armas por causa dos amigos de Lula. Ele disse: “Lula, eu vou te dizer por quê. Por causa do seu amigo Putin. E agora, por causa dos seus amigos do Hamas. E isso vai crescer ainda mais. A invasão da Ucrânia pelo Putin, a invasão clássica, numa guerra de anexação, numa guerra de agressão completamente injustificada, essa guerra acendeu um alarme em muitos países. Por exemplo, a Polônia está se amando, o país está criando as forças armadas mais poderosas da Europa, porque estão ali na porta da Rússia”.
Ernesto Araújo explicou: “Isso é que está ocasionando essa corrida armamentista. Sim, há uma corrida armamentista. Por causa sobretudo do Putin. Na África, os amigos do Putin, os mercenários do Putin, então lá ajudando ditadores a tomarem o poder em vários países da África. Então os países vizinhos que ainda têm um pouco de democracia e não querem ser vítimas também dos mercenários do Putin, têm que se armar”.
Araújo disse: “então, com amigos do Putin agredindo seus vizinhos no mundo todo, esses vizinhos vão comprar mais armas. O Brasil não, porque o Brasil quer ser fraco militarmente. A gente está vendo esse cenário. Porque um Brasil fraco militarmente significa um Brasil que tem que se sujeitar às Venezuelas da vida. Mas enfim, o certo é que sim, essa corrida armamentista é por causa dos ditadores, dos ditadores que estão todos lá presentes no BRICS”.
O embaixador ironizou o discurso de Lula, apontando outros absurdos, como quando o presidente disse: “essa quantia que poderia ser investida no combate à fome, no enfrentamento da mudança climática”. Araújo disse: “Quer dizer: ‘essa quantia poderia estar no meu bolso’. É isso que ele está querendo falar. ‘Essa quantia poderia estar no bolso de ONGs amigas, que, por sua vez, deixariam parte do meu bolso também’”.
Ernesto Araújo comentou uma frase dramática que questionava as emissões de carbono dos mísseis utilizados em guerras. Ele apontou: “Claro que não foi o Lula que escreveu isso aqui. Mas quem escreveu isso aqui sabe que isso aqui é uma distorção. Claro que ele está falando de Israel e esqueceu de falar do Hamas”. O embaixador ironizou a utilização de temas ecológicos para não falar da necessidade de combate aos grupos armados que levam o terror a outros povos. Ele lembrou a gravidade dos ataques sofridos por Israel e ironizou a fala de Lula: “claro, tinha que dar uma lacrada aqui contra Israel”.
Ao analisar a frase de Lula: ‘A conta da mudança climática não é a mesma para todos e chegou primeiro para as populações mais pobres’, Araújo mostrou que todo o discurso é composto de “frases de efeito” sem conexão entre elas. E disse: “quem sofre mais com qualquer coisa são as populações mais pobres, sobretudo com a ditadura. No caso do Brasil, porque as populações mais pobres estão diante de um sistema que as quer dependentes, que está destruindo empregos, que está destruindo a economia propositalmente, para ter uma população dependente do sistema corrupto que a domina”.
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