Durante transmissão ao vivo pelas redes sociais, ao responder a uma pergunta sobre os avanços do ditador Nicolás Maduro sobre a Guiana, o embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exteriores do governo Bolsonaro, destrinchou a estratégia do ditador.
Araújo explicou: “O que o Maduro quer é legitimar o seu poder. Como ele quer fazer isso? Promovendo eleições presidenciais em 2024 e conduzindo essas eleições do jeito dele, do jeito Venezuela, do jeito que a gente conhece”. Ele mencionou os meios de intimidação classicamente utilizados na Venezuela, e acrescentou: “além de manter a principal concorrente, que é a María Corina Machado, fora da disputa, com uma desculpa qualquer lá, de que ela não pode ser elegível”. O embaixador explicou: “ela é, realmente, a oposição que bate de frente com o Maduro. Os outros fazem o teatro das tesouras com o Maduro”.
O embaixador explicou como a Guiana serve de instrumento para as pretensões de Maduro, descrevendo a dinâmica de ameaças de invasão. Ele explicou que o ditador faz as ameaças e espera que lhe perguntem o que ele quer para não invadir o país vizinho. E que vai pedir o reconhecimento das eleições. Araújo ironizou: “aí, no dia seguinte dele ganhar a eleição, ele invade a Guiana do mesmo jeito”.
Ernesto Araújo explicou que Maduro tem ainda um segundo objetivo: “não é necessariamente o território da Guiana, mas é colocar a Guiana na sua órbita. Ele mostra poder. Pode colocar o Suriname, depois, na órbita dele, pode colocar os outros países do Caribe, pode colocar países da América Central na órbita dele… é transformar a Guiana em uma espécie de Estado dependente, de Estado cliente do Maduro. Isso pode acontecer, e isso é pior do que uma invasão. Uma invasão, está todo mundo vendo, pelo menos”.
O embaixador alertou que, nessas circunstâncias, a Guiana se tornaria, na prática, “um estado-satélite da Venezuela, portanto um estado-satélite do Foro de São Paulo”. Ernesto Araújo comparou a situação com a invasão da Ucrânia pela Rússia, lembrando que a Rússia quer transformar a Ucrânia em um protetorado ou mesmo anexá-la, “para mostrar poder para o restante da Europa”.
Araújo rebateu as narrativas de que Maduro só poderia invadir a Guiana passando pelo Brasil. Ele disse: “se houver uma invasão, será uma invasão anfíbia, pelo ar, pelo mar… por que iriam passar pelo Brasil para entrar no meio do mato, onde não tem nada? É no norte onde estão as instalações petroleiras, inclusive a capital. Então, se invadir, vai ser por lá. Depois, se precisar ocupar, ele vem descendo”. Ele disse: “não precisa passar pelo Brasil para atacar Guiana nenhuma”.
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