O deputado federal Marcel Van Hattem participou da manifestação “Dino não” em Porto Alegre, após ter também participado da manifestação em Brasília pela manhã. Ao iniciar seu discurso, o deputado pediu a saída de Lula e de Alexandre de Moraes, e, ao dizer “Dino”, ouviu da multidão um sonoro “não”.
Marcel Van Hattem relatou que a manifestação de Brasília contou com a presença de senadores que estão trabalhando contra a indicação de Flávio Dino. Ele disse: “é um descalabro aceitar que um comunista, criminoso de responsabilidade em série, que faltou a três convocações seguidas do parlamento brasileiro, debocha da cara de deputados, fez compras de respiradores até hoje não investigadas apropriadamente pelo tribunal de contas do estado, e nós ainda temos que aceitar uma indicação dessas ao Supremo? Só poderia ser verdade se quem indicasse fosse um ladrão. E infelizmente essa é a verdade’.
O deputado afirmou: “A principal mensagem é que o tempo do medo acabou. E eu tenho muito orgulho de poder dizer isso, tendo estado hoje de manhã em Brasília com milhares de pessoas”. Ele lembrou que, em outros momentos, como no impeachment de Dilma, os movimentos cresceram, tomaram as ruas, e venceram. E disse: “e nós vamos vencer de novo! Nós vamos vencer de novo, porque nós não temos medo”.
Conforme o deputado falava, a multidão começou a gritar com ele: “nós não temos medo”, e ele disse: “eu quero que o povo do STF ouça”. Ele prosseguiu: “o medo pode causar duas reações: a paralisia, o receio de agir, ou a segunda: a coragem de enfrentá-lo. E hoje mostramos, mais uma vez, que o que bate nesse coração verde e amarelo é a coragem de enfrentar os abusadores, que chegaram a causar uma morte e não causarão a segunda. Nós não deixaremos”.
O deputado mencionou os cidadãos que têm seus direitos violados e disse: “o que estão fazendo é perseguição política e tor****. Isso só acontece em ditadura. E hoje nós vivemos um momento de ditadura no Brasil. Mas é por causa de vocês, da pressão que fizeram sobre os parlamentares, que nós alcançamos as assinaturas para a CPI dos abusos de autoridade do STF e do TSE. Porque nós queremos que a lei e a Constituição valham para todos”.
Ele acrescentou: “nós vamos querer os impeachments de ministros do Supremo Tribunal Federal. E mais: se a lei prevê cadeia para abuso de autoridade, nós vamos querer cadeia para aqueles que estão impondo injustamente cadeia sobre os outros, quando eles estão cometendo crimes”.
Após uma emocionante homenagem a Clériston Pereira da Cunha, preso político que morreu no cárcere porque o ministro Alexandre de Moraes não analisou o pedido de soltura feito pela PGR, o deputado concluiu seu discurso gritando novamente com a multidão: “Dino não”.
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