sábado, 9 de dezembro de 2023

Senadores retrucam ataque de Gilmar Mendes, ministro do STF, apontam ‘sincericídio’ e reagem a ‘jogo sujo, nefasto, entre Poderes da República’


Durante discurso do senador Magno Malta no plenário do Senado, o senador Eduardo Girão pediu um aparte e iniciou um diálogo em que ambos mostraram a omissão do Senado e explicaram por que consideram inaceitável a indicação do ministro de Lula, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal. 

O senador Eduardo Girão disse: “Nós estamos vivendo um momento histórico, um momento dramático da história da nação; e é aquilo que o senhor sempre coloca aqui: não existe meio termo. Ou é quente, ou é frio; não tem negócio de morno. O que ouvi hoje lá na reunião, na audiência pública da Câmara dos Deputados, foi de arrepiar, foi de emocionar, foi de nos chamar ao serviço, a denunciar o que está acontecendo; e que continua acontecendo depois da morte do brasileiro Cleriston, sob a tutela do Estado brasileiro. Outros estão em vias de cometer o su*** continuam presos políticos com comorbidade. Poxa, nós estamos aqui eleitos pelo povo! É para servir a um sistema? É para servir a grupinho político? É para se dar bem? É para fazer disso aqui uma carreira para vida toda? Ou é para a gente ter posição e defender as pessoas da injustiça?”.

Girão lembrou que vários parlamentares denunciaram abusos do STF em instâncias internacionais, e comentou a fala do ministro Gilmar Mendes, que chamou os senadores de “pigmeus morais”. Ele disse: “eu queria dizer-lhe que o que o senhor falou aí, do pigmeu moral, dito pelo Ministro do STF, é muito grave. É um ataque a esta instituição - é um ataque a esta instituição! Sincericídio de dizer que houve traição; entregando o jogo, o jogo sujo, nefasto, entre Poderes da República”.

O senador mencionou ainda a declaração de Lula em viagem ao exterior, quando chamou o Congresso de “raposa cuidando do galinheiro”, e perguntou: “Que é isso? É ataque do Executivo e ataque do Judiciário?”. Girão disse: “Quem é que foi condenado em três instâncias, citado em centenas de delações premiadas, condenado por lavagem de dinheiro, por corrupção? Raposa cuidando do galinheiro. O sistema ajudou a colocar o raposão, e vem atacar o Congresso?”. 

Magno Malta explicou que essa é a tática da extrema-esquerda, exemplificando com o lobby a favor da indicação do ministro de Lula, Flávio Dino. Ele disse: “É a tática, não é? Depois, manda os interlocutores virem passar... Amanteigar, não é? Tem uns que falam manso, chegam ao ouvido da gente: "Dá para você receber Fulano? Não tem nada a ver. Eu sei que você vai votar contra...". Não me procure, pelo amor de Deus! Não me procure. Não me procure, pelo amor de Deus, porque eu tenho vergonha! E eu não vou recebê-lo não é por causa dele, não, mas por minha causa. Eu sei quem eu sou. Eu sei o tamanho da minha honra, da minha dignidade. Não me procure!”

Girão, então, lembrou que o Senado tem a oportunidade de demonstrar algum valor. Ele disse: “O Senado tem o dever moral de rejeitar o nome de Flávio Dino, por tudo o que aconteceu num passado bem "recentezinho", de semanas atrás. A pessoa não pode mudar do dia para a noite. Foi deboche com o Parlamento; foi descaso, lá na CPMI, de que nós três participamos, o negócio das imagens; um desrespeito aos colegas de Parlamento. É dama do tráfico serelepe dentro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, andando com desenvoltura. É ir para o Complexo da Maré sem segurança, mas dizer que aqui dentro do Congresso não tem segurança. Como, se ele está visitando os gabinetes?”. 

Os dois senadores apontaram a incompatibilidade entre o cristianismo e o comunismo, expondo como Flávio Dino debocha dos cristãos. Magno Malta disse: “a Bíblia dele é o Decálogo de Lenin. Mas eu acho que, corajoso como ele é - ele é muito corajoso, eu acho -, quando chegar à CCJ, vai fazer do mesmo jeito: ele vai arrotar aquela valentia dele,  sabe? (...) Todo cidadão sabe quem é Flávio Dino, porque ele tem a necessidade de mostrar a sua essência. E tenho certeza de que, com essa coragem, com essa virulência, ele vai se sentar ali no banco da CCJ e vai fazer a mesma coisa, e os Senadores vão ficar tremendo”.

Girão lembrou: “tudo o que o Brasil precisa é de paz, e tudo o que o brasileiro critica hoje... Estão aí as pesquisas mostrando o brasileiro, Senador Izalci, olhando para o Supremo com uma imagem péssima da Corte Maior do nosso país. Por quê? Qual é a principal razão? Por causa da politicagem lá dentro; da política, da intervenção nos outros Poderes. Vai colocar justamente um político nato lá dentro? E o pior: eivado de revanchismo, de ódio, porque é isso que ele exala nas entrevistas midiáticas dele. Não bate. O Senado tem a oportunidade - e, aí, cabe a cada um de nós - de nos aproximar definitivamente da população ou de nos afastar de vez dela. Essa é a responsabilidade que nós temos aqui. Não é para a gente, não; a gente vai embora rápido. Eu estou falando é dos nossos filhos e netos”.

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 29 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. 

Sem a possibilidade de receber a renda de seu trabalho, o jornal corre o risco de fechar. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar, use o QR Code para a empresa Raposo Fernandes, ou use o código ajude@folhapolitica.org. Caso prefira, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.

Há mais de 10 anos, a Folha Política faz a cobertura da política brasileira, mostrando atos, pronunciamentos e eventos dos três poderes, quebrando a espiral do silêncio imposta pelo cartel de mídia que quer o monopólio da informação. Pix: ajude@folhapolitica.org

Nossa renda está bloqueada por ordem do TSE desde julho de 2021. Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho. Doe por meio do PIX: ajude@folhapolitica.org
Depósitos / Transferências (Conta Bancária): 

Banco Inter (077)

Agência: 0001

Conta: 10134774-0

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09

-

Banco Itaú (341)

Agência: 1571

Conta: 10911-3

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09


Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário :

Postar um comentário