terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Bolsonaro fala sobre invasão de sua casa a mando de Moraes e conta história sobre a Abin do PT: ‘Assim trabalham algumas agências de informações no Brasil’


Durante conversa com apoiadores em sua residência em Angra dos Reis, o ex-presidente Jair Bolsonaro comentou a operação da polícia federal naquele local, ontem, a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o pretexto de uma investigação sobre o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente. O deputado Tenente-Coronel Zucco, que está hospedado com o ex-presidente, divulgou trechos da conversa. 

Bolsonaro disse: “a operação ontem aqui foi por eu ter uma ‘Abin paralela’”. O presidente pediu para contar uma história, dizendo: “se a polícia federal, se o senhor Alexandre de Moraes quiser investigar a questão da ‘Abin paralela’, é um direito dele. Não é que não vão achar nada; não tem nada. Mas eu quero falar de uma ação da Abin aqui”. 

O ex-presidente relatou que, em 2015, o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, lançou o livro “Uma Ovelha Negra no Poder”, em que relatava histórias de sua trajetória no poder, inclusive com uma série de fatos que envolviam outros países do Foro de São Paulo, como era o Brasil na época. Ele enfatizou: “quem escreveu foi o próprio presidente do Uruguai”.

Bolsonaro relatou que Dilma queria incluir a Venezuela no Mercosul, e precisava do voto do Paraguai. Ele contou: “o que aconteceu, segundo o Pepe Mujica? Um avião da FAB foi buscar lá no Uruguai uma pessoa indicada pelo Pepe Mujica, de confiança dele, para vir conversar com a Dilma. (...) Na presidência, tinha uma mesa redonda muito grande (...) e começaram a discutir um plano para afastar o Paraguai. (...) E a Dilma entregou, para esse indicado do Pepe Mujica, uma coletânea de informações. Lá tinha fotografias, tinha captação telefônica, grampos…”. 

O ex-presidente acrescentou: “e um detalhe, segundo Pepe Mujica. Toda essa gama de informações havia sido coletada pela Abin. Quem fez essa gama de informações, esses documentos, para entregar para o Pepe Mujica foram as inteligências da Venezuela, de Cuba e da Abin brasileira”. O ex-presidente comentou: “Então, tá aqui uma chance da polícia federal investigar alguma coisa sobre a Abin da época em que quiseram colocar a Venezuela para dentro do Mercosul”. 

Bolsonaro disse: “obviamente, é uma interferência no Estado muito grande. Assim algumas agências de informações trabalham no Brasil. E agora vem que eu teria uma ‘Abin paralela’”. O ex-presidente comparou: “A minha inteligência nunca foi Abin, polícia federal, exército brasileiro, marinha ou aeronáutica. Você não tem informações de lá. Sonegam informações para você. A minha inteligência particular eram as pessoas que eu converso”. 

O ex-presidente afirmou: “Essa história do Pepe Mujica aqui, é uma história com H, que bem demonstra um pouco do que era a Abin da Dilma, e não vai ser diferente da Abin do Lula agora. E eles sempre tentam jogar cortinas de fumaça, esconder a forma de alguns trabalharem, para tirar sua responsabilidade e botar em cima dos outros”. 

Bolsonaro lembrou: “essa pessoa, quando ele começou a anotar as coisas, a Dilma disse: “rasgue isso, esta reunião não existiu”. Acho que não tenho que falar mais nada sobre a Abin. Agora, querer vir pra cima de mim com “Abin paralela”? Pela experiência que eu tenho, você começa a entender como funcionam as coisas”. 

O deputado Tenente-Coronel Zucco também relatou como foi a invasão da residência onde estava o ex-presidente Bolsonaro com seus filhos e amigos. Ele disse: 

“Como testemunha ocular dos fatos, me coloco no dever e na obrigação de fazer os relatos a seguir. Ao final da transmissão, combinamos de sair para pescar no dia seguinte. Com as condições perfeitas para tal, partimos exatamente às 5h50. Tempo bom, mar calmo, sem vento. Usamos um barco e um jet sky para fazer o deslocamento marítimo. É fato que, em alto mar, o sinal de telefonia celular fica bastante prejudicado. Somente às 9h40, o advogado Fabio Wajngarten conseguiu contato com o presidente Jair Bolsonaro, relatando que havia uma equipe da Polícia Federal em sua residência. Retornamos na mesma hora.

Chegamos à casa do presidente por volta das 10h30 e logo ele se colocou à disposição da Polícia Federal. Aqui é preciso repudiar veementemente a irresponsabilidade da jornalista Daniela Lima, que mentiu ao informar que Carlos Bolsonaro estaria de posse de um computador da Abin. Da mesma forma, é totalmente inverídica a informação que o presidente e seus filhos fugiram de casa para escapar da operação da PF. Eu, como deputado federal, sou testemunha desse fato. Repito: saímos para pescar logo cedo em virtude das condições perfeitas para a prática da pesca.

Dito isto, também é preciso criticar a forma como foi conduzido o mandado de busca e apreensão. A operação tinha como objetivo confiscar o celular do vereador Carlos Bolsonaro, mas os agentes da PF avançaram sobre outros equipamentos. Um tablet e um computador de um assessor do presidente Bolsonaro também foram recolhidos. Aliás, em certo momento os agentes fizeram menção em recolher os equipamentos de todos os presentes, inclusive o meu aparelho celular. Outro fato que eu considero da mais alta gravidade.

Por fim, é preciso ressaltar que o mandado de busca e apreensão extrapolou todos os limites da legalidade, haja vista que a Polícia Federal vasculhou a casa inteira do presidente Bolsonaro, que sequer é alvo desta operação. Afinal de contas, quem era realmente o alvo ou os alvos dessa ação? Esperamos respostas para muitas indagações e, mais uma vez, cobramos responsabilidade dos meios de comunicação na divulgação dos fatos”.

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Anteriormente, a Folha Política teve sua sede invadida e TODOS os seus equipamentos apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. Mesmo assim, a equipe continuou trabalhando como sempre, de domingo a domingo, dia ou noite, para trazer informação sobre os três poderes e romper a espiral do silêncio imposta pela velha imprensa, levando informação de qualidade para todos os cidadãos e defendendo os valores, as pessoas e os fatos excluídos pelo mainstream, como o conservadorismo e as propostas de cidadãos e políticos de direita.

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