Durante transmissão ao vivo pelas redes sociais, o ex-deputado Coronel Tadeu questionou a atuação da Polícia Federal em investigações que têm aberto viés político. O deputado apontou, para exemplificar, o caso do deputado André Janones, em que a polícia federal pediu a quebra do sigilo bancário e fiscal do deputado. Coronel Tadeu apontou que há motivos para a investigação: “os áudios são mais do que claros”. Ele lembrou, entretanto, que os relatos são de que os funcionários sacariam o dinheiro e o entregariam ao deputado, e disse: “então não vai ter nada na conta dele; quebrar só o sigilo do Janones não vai dar em nada”. O ex-deputado acrescentou: “não quero dar aula para a PF, mas não pode pegar só o sigilo bancário do Janones. Tem que pegar o dele e o dos seus assessores”.
O ex-deputado comentou ainda a operação da polícia federal que invadiu a casa e o gabinete parlamentar do vereador Carlos Bolsonaro, e, em seguida, invadiu a casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, onde ele estava hospedado com seus três filhos. Coronel Tadeu apontou que a motivação alegada para pedir a apuração dizia respeito ao tempo em que o deputado Delegado Ramagem dirigia a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), mas as evidências apresentadas para subsidiar o pedido não eram dessa época.
Coronel Tadeu disse: “a polícia federal fez uma conexão completamente errada. Não tem nada a ver um fato que aconteceu em 2022 com a presidência de Ramagem na Abin. E tem outra: o que o Carlos tem a ver com isso?”. O ex-deputado acrescentou: “o nível de perseguição está alto, altíssimo, e chega ao ponto de colocarem as pessoas em outras histórias para fazerem ligações que, provavelmente, não existem”.
O ex-deputado disse: “eu fico me perguntando o que aconteceu com a polícia federal”. Ele comparou a atuação atual da instituição com a atuação na época da Lava Jato, e disse: “hoje não estou enxergando mais essa independência da PF. Tamanha a perseguição que estão fazendo, que eu tenho a impressão de que a PF não está mais a serviço da população brasileira, está a serviço de um partido político. E isso eu não admito. Para mim, é uma decepção muito grande. Para mim, a polícia federal não está fazendo jus à confiança que tínhamos nela. E, com certeza, com esses fatos, essa confiança vai se esvaindo, vai escorrendo pelo ralo. É lamentável, né?”. Ele acrescentou: “quero acreditar que não estejam agindo politicamente, mas, com essa notícias, está muito difícil”.
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