O deputado federal Marcel Van Hattem, em transmissão ao vivo pelas redes sociais, relatou que visitou os presos políticos que ainda permanecem no presídio em Brasília. O deputado lembrou que, enquanto ainda há pessoas nos presídios e centenas de outras com restrições a suas liberdades, rendas e patrimônios, Lula e os ministros do Supremo pretendem comemorar um ano do dia 8 de janeiro.
Van Hattem relatou os casos de alguns dos presos que conheceu, com as dificuldades que vêm enfrentando, e lembrou: “no dia 8, completa-se um ano de prisão, e, enquanto essas pessoas estão lá presas, outras centenas com tornozeleira eletrônica, outros no exterior, com passaportes cancelados, a juíza Ludmila em asilo político…. eles vão estar comemorando na segunda-feira”. O deputado acrescentou: “a gente precisa falar a verdade, que estamos em uma ditadura indisfarçável, escancarada”.
O deputado pontuou que a luta contra o autoritarismo não está relacionada ao bolsonarismo ou a qualquer vertente política. Ele disse: “tem a ver com estado de Direito, com respeito à Constituição. Não podemos permitir que a gente perca o nosso Brasil para a tirania”.
Emocionado, Van Hattem explicou que ficou muito impactado com o contato com os presos políticos, relatando que todos desejam a liberdade acima de tudo. Ele lembrou que já há assinaturas suficientes para instalar a CPI dos abusos de autoridade do STF e do TSE, mas a situação é tão grave que parlamentares precisam pedir autorização ao ministro Alexandre de Moraes para exercer uma prerrogativa como é a de visitar os presos políticos.
O deputado disse: “todas as ditaduras escancaradas do mundo, o que mais têm medo é de povo na rua. Tanto é que vão pra cima do povo que vai pra rua. Prenderam, ilegal e inconstitucionalmente, pessoas que não cometeram crime algum, para quebrar e amedrontar a gente, para que a gente não continue se manifestando. É isso que eles querem”. Ele acrescentou: “a gente vai ter que lutar muito fortemente para recuperar nossa democracia”. Van Hattem afirmou: “o que nós vivemos não é uma democracia inabalada, é uma ditadura escancarada”.
Marcel Van Hattem prosseguiu: “Eles têm medo do povo na rua. Se não tivessem, não tinham feito o que fizeram no 8 de janeiro. Aliás, o ministro Alexandre de Moraes, agora, dizendo que o plano era enf***. Se esse país fosse sério, não fosse uma ditadura, seria suficiente para que ele fosse imediatamente retirado dos casos que ele está julgando. Porque ele é vítima. Ou potencial vítima. Como é que vai julgar os réus de um crime de que ele é a potencial vítima? Isso não existe numa democracia, isso não existe num estado de direito. O que o Alexandre de Moraes acabou de confessar é que ele está sendo um ditador. Ele confessou que ele é tirano. Porque quando ele diz que havia um plano para enf**** e que ele está responsável agora por esses processos todos dessas pessoas, ele está assumindo que ele é um tirano. Porque, se ele é vítima potencial e está julgando, está sendo um ditador com poder concentrado unicamente nas suas mãos”.
As prisões políticas após o dia 8 de janeiro são alguns dos mais recentes sinais de que, no Brasil, os cidadãos não vivem em uma democracia. Para um grupo de pessoas e empresas, a tirania ganha contornos de implacável perseguição política e ideológica, e esse grupo “marcado” vem sendo perseguido, há muito tempo, com medidas arbitrárias, como prisões políticas, buscas e apreensões, censura, bloqueio de redes sociais e confiscos.
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