Durante transmissão ao vivo, o embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, apontou como lideranças globais se ocupam de questões que, muitas vezes, são fabricadas ou ampliadas, para desviar a atenção de problemas que realmente importam aos cidadãos.
O diplomata reagiu a uma entrevista concedida pelo chanceler de Lula, Mauro Vieira, apontando os absurdos da diplomacia lulista, como a noção de que os tratados internacionais só precisam ser cumpridos se Lula assim o desejar, como no caso em que o presidente Lula afirmou que Putin poderia vir ao Brasil, ignorando o fato de que há um mandado do Tribunal Penal Internacional para a prisão dele, que deve ser cumprido por qualquer país signatário, como é o caso do Brasil.
Após explicar como a lógica lulista é aplicada nas relações exteriores, exemplificando com o Tratado de Não Proliferação Nuclear e com o Tratado de Roma, Araújo disse: “Isso aqui é uma contaminação. O Brasil está contaminado por uma degradação completa do sentimento jurídico. O sentimento da norma, da ética jurídica. Essas poucas frases aqui do atual chanceler mostram essa degradação do sentimento ético e jurídico no Brasil. Eu tenho uma norma, mas essa norma é contra o meu amigo, então aí eu não sou obrigado a cumprir, não. Cadê a ordem?”. O diplomata ironizou: “cadê a ordem do Supremo? As coisas só são cumpridas quando tem o Supremo. Se o Supremo está junto ali, também é amigo, aí não vai ter ordem”.
Araújo deu outros exemplos em que as leis, a Constituição e tratados são ignorados conforme a conveniência. Ele ironizou exemplos da aplicação seletiva das leis: “A Constituição diz que existe liberdade de expressão. Artigo quinto da Constituição, liberdade de expressão. Mas se aquele que está se expressando está criticando o atual governo, está criticando o STF, aí… Está obrigado a cumprir? Não. Não está obrigado a cumprir isso, não. Está achando que só porque tem um tratado, a gente vai cumprir? Só porque tem liberdade de expressão na Constituição, a gente vai dar liberdade de expressão?”. Ele explicou: “Cada circunstância é uma circunstância, claro. Isso é o casuísmo brasileiro, político, clássico. Cada circunstância é uma circunstância. O que significa isso? Tem que ver se é meu amigo ou meu inimigo”.
Araújo disse: “esse que está falando é o inimigo, então pau nele, tira o YouTube, tira a monetização e tal. Cada circunstância é uma circunstância”. .O diplomata explicou: “Isso aqui é consequência do Brasil, onde nós temos essa justiça dos amigos. Nós já temos o capitalismo dos amigos, onde cada empresário está bem ou mal, de acordo com o fato de ser ou não amigo dos poderosos. Temos a justiça dos amigos, onde a justiça se aplica diferentemente se é amigo ou inimigo. E agora temos a diplomacia dos amigos. Então, se é para o Putin, que é nosso amigo - do governo atual -, a gente não vai aplicar. Cada circunstância é uma circunstância”.
No Brasil atual, a liberdade de manifestação não é reconhecida de forma igual para todos. As manifestações promovidas por partidos de esquerda, sindicatos e coletivos, divulgadas pela velha imprensa e por sites e canais de internet, não estão sujeitas a qualquer investigação sobre seu financiamento ou qualquer questionamento sobre se as ideias que defendem seriam “democráticas” ou “antidemocráticas”. Mesmo quando há cartazes pedindo ditadura, depredação de patrimônio público e privado, ou agressões a políticos e cidadãos, nada disso é considerado um “ato antidemocrático” quando o “ato” é da esquerda.
Nos últimos anos, milhões de pessoas foram às ruas, de forma ordeira, para pedir liberdade e respeito à Constituição, incluindo a liberdade de expressão, a liberdade de culto, a liberdade de ir e vir, entre outras. Essas manifestações pacíficas tornam-se alvo de inquéritos sigilosos, alimentados por “notícias” da velha imprensa, nos quais manifestantes e jornalistas que cobrem as manifestações são perseguidos, presos, censurados, e têm seus bens apreendidos.
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