Diversos parlamentares se manifestaram sobre o “ato” político do governo Lula com o Supremo Tribunal Federal e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, comemorando um ano das prisões em massa ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes após uma baderna em Brasília. Os parlamentares recusaram o convite dos presidentes dos três poderes e lembraram que democracia não é compatível com os atos de autoritarismo que vêm sendo a tônica do governo.
O senador Jorge Seif Jr. ironizou a narrativa de que teria havido uma tentativa de “golpe de estado”: “Um "golpe" sob o comando de um governo que foi permissivo, omisso, irresponsável e conivente. Um "golpe" de quem se diz defensor da democracia, mas enaltece o comunismo, um golpe de quem diz defender a liberdade, mas pratica a censura e viola os direitos humanos. O 8 de Janeiro foi uma data lamentável para o nosso país, um evento que não pertence à ideologias políticas e que não deve ser comemorado”.
O senador Magno Malta disse: “Nada para celebrar. Em 8 de janeiro, um dia fatídico que ainda deixa uma série de perguntas sem respostas, mesmo um ano após. Diversas cenas cinematográficas meticulosamente planejadas, porém, como nenhum crime é perfeito, eles não conseguiram retornar à cena do crime sem deixar rastros de um roteiro mal elaborado”. Magno Malta também compartilhou um vídeo relembrando sua fala durante a oitiva de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, na CPMI, e disse: “Todos sabemos que para caracterizar um golpe são necessárias armas de fogo e uma liderança. E o que tínhamos no 8 de janeiro? Patriotas com bíblias, orando e cantando o hino nacional. Quem assumiria na fantasia de quem acredita nesse papo de golpe? A irmã Ilda é claro”.
O senador Luis Carlos Heinze disse: “365 dias, após os atos do 8 de janeiro, o Brasil aguarda a realização de uma investigação isenta. Até quando o país ficará sem resposta sobre a responsabilidade da União na situação? As penas desproporcionais também precisam ser revistas sob o risco de a justiça brasileira ser encarada como instrumento de medo e censura”.
O senador Esperidião Amin divulgou um texto:
“Celebrar a democracia inabalada???
1º Ocultando a CRIMINOSA OMISSÃO dos que permitiram e facilitaram os atos de vandalismo - que merecem veemente repúdio. Repúdio e condenação aos vândalos e aos omissos!
2º Conviver com o INQUÉRITO 4781 e seus filhotes, prestes a completar 5 anos de existência. Um entulho autoritário dobochando do Estado Democrático de Direito!
3º Assistindo ao espetáculo de condenações exorbitantes aplicadas em série a pessoas capturadas circunstancialmente.
Convenhamos: é preciso ter uma visão focada no que se deseja destacar!!!”.
O senador Carlos Portinho disse: “Hoje, quando alguns celebram o “ATO PELA DEMOCRACIA RELATIVA” , exaltamos a verdade e clamamos por liberdade pois, com o propósito de defender a democracia, a capturaram! #democraciarelativaNAO”
O senador Marcos Rogério lembrou: “Cada instituição possui um papel no fortalecimento dos alicerces democráticos. Ao contrário do que diz Lula, a democracia não é relativa. A prática de atos excepcionais por um Poder com a justificativa de proteger a democracia precisa ser estancada. Ressaltamos como pilar de atuação a lealdade à democracia e apelamos aos chefes dos Poderes a voltarem a atuar dentro dos ditames constitucionais com a consequente volta à normalidade democrática”.
O senador Rogério Marinho compartilhou uma matéria sobre entrevista do ex-ministro de Dilma e Lula, Aldo Rebelo, que afirmou que o governo Lula criou uma “fantasia” para manter o discurso do “nós contra eles” e alimentar a polarização, e disse: “É óbvio que aquela baderna foi um ato irresponsável e precisa de punição exemplar para os envolvidos. Mas atribuir uma tentativa de golpe a aquele bando de baderneiros é uma desmoralização da instituição do golpe de Estado“. O senador Rogério Marinho comentou: “E segue o jogo da democracia tutelada, que legitima arbitrariedades e ações fora do escopo jurídico natural em nome da Democracia. Urge restabelecer a normalidade democrática e o reequilíbrio dos poderes em nosso Pais”.
O senador Márcio Bittar republicou mensagem do senador Rogério Marinho quando da divulgação de um manifesto contra a comemoração de Lula: “Os senadores signatários da manifestação pública abaixo declinam sua participação em evento alusivo aos atos ocorridos em 8 de janeiro. A verdadeira defesa da democracia requer ações concretas, não simbolismos vazios e contraditórios. A omissão do governo Lula naquela data e a parcialidade nas investigações mostram a necessidade urgente de um compromisso real com os princípios democráticos e o restabelecimento da normalidade democrática!”
A deputada Julia Zanatta divulgou um vídeo e disse:
“8 DE JANEIRO: ASSUNTO PROIBIDO?
Logo quando ingressei na Câmara em 2023, esse era o sentimento geral. Poucos se sentiam à vontade para tratar sobre o que REALMENTE ACONTECEU naquele dia.
Visitei as presas na Colmeia, busquei me inteirar sobre tudo, e não restaram dúvidas: A LEI ESTAVA SENDO ATROPELADA e com isso o próprio estado democrático de direito que eles tanto dizem defender. Não havia disposição ali para individualizar a pena (e era impossível que todos tivessem cometido os mesmos delitos).
Quando militantes do MST invadiram o Congresso, não sofreram qualquer punição, o que contrasta com tamanho rigor totalitário que condenou pais, mães, avôs e avós a penas que ultrapassam até mesmo a de ass4ss1n0s!
Após nossa pressão e atuação parlamentar junto com diversos deputados e senadores houve um importante progresso: mais de 1000 presos que estavam em situação irregular foram soltos.
E não baixaremos a guarda. Mesmo com importantes filmagens tendo sido arbitrariamente apagadas, seguiremos batalhando pela VERDADE dos fatos e pela justiça aos inocentes”.
O ex-senador Arthur Virgílio classificou como “grotesca” a narrativa de golpe de estado, apontando que “pés-rapados” não teriam qualquer condição de dar um golpe de estado. Ele questionou: “Não houve golpe. De onde tiraram essa ideia de golpe?”.
O deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança ironizou, com muitas aspas: “Ato pela “democracia” reuniu as personalidades mais “honestas” desse país comprometidas a lutar “contra” os abusos de poder e a ditadura”.
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