Durante sua live semanal, o deputado federal Maurício Marcon respondeu a cidadãos sobre os atos e declarações de Lula e o que poderia ser feito a respeito. O deputado disse: “primeiro, a gente tem que lembrar que a Suprema Corte brasileira é uma corte completamente aparelhada; então, de lá a gente não pode esperar nada. Depois, a gente tem que lembrar que os dois presidentes das duas Casas dependem de cargos e emendas para estarem lá; então, também, a gente não pode esperar nada. O que nós, deputados que temos dignidade, podemos fazer? Apresentar um pedido de impeachment, que é o que nós fizemos”.
O deputado disse: ‘se nós fôssemos um país que respeitasse a lei, que tivesse parlamentares com vergonha na cara na sua maioria, certamente o processo de impeachment seria aberto ainda na próxima terça-feira. Porém, (...) tem muito parlamentar que está quietinho, mudo… o foco deles é ter as emendas para muitos roubarem dinheiro e, terem os cargos para fazerem as ‘rachadinhas’”. Ele lamentou: “a política brasileira é isso: é composta de uma minoria digna, decente, que honra os votos que recebeu, que honra a história humana, a civilidade, o entendimento do que é o certo e do que é o errado, e uma boa maioria que, convenhamos, envergonha todos os brasileiros”.
Marcon explicou: “não nos esquecemos, por exemplo, que a maioria dos políticos, até aqui, se mostra indiferente ao que vem acontecendo no Supremo Tribunal Federal. Tem pessoas que foram largadas na cadeia e estão completamente esquecidas. Tem a dona Jupira, que pegou 15 anos de cadeia porque uma digital dela foi encontrada dentro do Congresso Nacional”. O deputado lamentou: “e esses políticos de centro, que são uns vendidos, eles são o problema da política brasileira”.
O deputado alertou: “Nós precisamos eleger muito mais pessoas comprometidas em entender que a política é uma arte de doação. (...) político só pensa em se eleger infinitamente”. Maurício Marcon lembrou que haverá uma manifestação em defesa do estado de direito e disse: “chegamos a 99 deputados federais confirmados, pouco menos de 20% dos deputados federais. Temos senadores que irão também. (...) Acredito que seja o maior evento da história do Brasil, de rua. A gente tem 100 parlamentares federais, não há registro na história de um número tão grande de deputados participando de um ato único. As expectativas são das melhores, e a gente acredita que mais de um milhão irão se manifestar nas ruas de São Paulo, tentando mostrar para o mundo que nem todo mundo é como o Lula, que nem todo mundo compactua com o vilipêndio da democracia e da nossa Constituição, como vem acontecendo, que nem todo brasileiro é omisso e se curva a uma emendinha, um carguinho. Que existem pessoas de bem e que a gente vai retomar esse país e vai colocar no caminho de Deus de novo, porque é impossível que a gente fique muito tempo largado a pessoas completamente descompromissadas com o que é correto no nosso país”.
Mais de 2 mil pessoas foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a colaboração do Exército brasileiro, sem o menor respeito a direitos humanos ou ao devido processo legal. Centenas dessas pessoas passaram meses a fio presas, e só foram libertadas com “medidas cautelares” excessivas e arbitrárias, muito piores do que as que são aplicadas a pessoas condenadas por crimes graves. Milhares de famílias continuam sofrendo com as restrições a suas liberdades e seus patrimônios. Tudo sob o olhar complacente do Senado Federal.
Enquanto cidadãos comuns ficam sujeitos a medidas abusivas, autoridades do governo Lula envolvidas nos fatos do dia 8 de janeiro seguem livres, leves e soltas. O general G. Dias, por exemplo, era o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, era responsável pela segurança do palácio do Planalto, e foi filmado no interior do palácio, interagindo com os invasores. Até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 31 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
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