Durante a manifestação pelo Estado de Direito na avenida Paulista com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, principal organizador do evento, fez um impactante discurso, iniciando com uma manifestação de repúdio a Lula, pelas declarações contra Israel que repercutiram em todo o mundo. Malafaia disse: “a fala dele não representa o povo brasileiro”.
O pastor disse: “eu não vim aqui atacar Supremo Tribunal Federal, porque quando você ataca uma instituição, você é contra a República e o Estado Democrático de Direito, mas eu vim fazer aqui… eu vou mostrar para vocês a engenharia do mal para querer prender JMB. A engenharia do mal para tirar o Estado Democrático de Direito. Eu vou mostrar fatos”.
Malafaia lembrou uma série de fatos da história recente, como quando, após uma gigantesca manifestação, Bolsonaro optou por uma solução de apaziguamento, no que Malafaia chamou de “fumar o cachimbo da paz”. O pastor lembrou que, um ano depois, o ministro Alexandre de Moraes criou uma resolução para assumir poderes quase que ilimitados sob o pretexto de proteger as eleições. Ele disse: “todo mundo sabe como foi a eleição: podiam chamar Bolsonaro de ge****, mas não podiam chamar Lula de ex-presidiário”.
O pastor lembrou ainda outros fatos, como quando o partido PSDB, ao qual o ministro Alexandre de Moraes pertencia à época, fez um questionamento semelhante ao feito pelo PL, mas não sofreu o mesmo tipo de retaliação.
Silas Malafaia seguiu relembrando fatos e “saltou” para o dia 8 de janeiro, apontando: “começou, então, a narrativa de golpe”. O pastor levantou alguns questionamentos, como a súbita viagem de Lula sob o pretexto de visitar uma cidade por uma tragédia ocorrida 10 dias antes. Ele prosseguiu: “ele foi avisado que ia ter baderna? Outra pergunta: cadê os vídeos gravados pelas câmeras do governo? Cadê os vídeos que estão em posse de Alexandre de Moraes? O povo tem que saber quem está por trás dessa safadeza e daquela baderna! E eu digo uma coisa: o ministro da Justiça, Flávio Dino, assistia da janela. Não fez nada? O GSI e a ABin informaram a Lula. E outra: o chefe do GSI, general Gonçalves: por que Alexandre de Moraes não mandou prender ele? Por que ele não foi indiciado?”.
O pastor explicou: “Golpe tem arma, tem bomba, tem planejamento”. Ele comparou com a conduta dos cidadãos que foram presos e estão sendo condenados por um tribunal de exceção. Malafaia disse: “uma mulher com a Bíblia e um crucifixo, católica, que entrou no Senado e sentou na mesa do presidente do Senado: golpista, 17 anos de cadeia. O Clezão, membro da minha igreja, trabalhador, foi ver a baderna. Foi preso. Doente. O procurador pediu a liberação dele. Alexandre de Moraes não deu. Ele morreu. O sangue de Clériston está na mão de Alexandre de Moraes e ele vai dar conta a Deus”.
Silas Malafaia trouxe vários exemplos de condutas de membros da extrema-esquerda que não foram considerados “golpistas” nem “antidemocráticos” e jamais foram punidos, mesmo quando havia feridos e depredação de prédios públicos. E comparou com a conduta pacífica de manifestantes que estão sendo punidos por crimes que não cometeram.
O pastor apontou ainda o clima de terror na população e perguntou: “Que democracia é essa que o povo está com medo de falar?”.
Malafaia afirmou: “Alexandre de Moraes disse que a extrema-direita tem que ser combatida na América Latina. Como um ministro do STF tem lado? Ele não tem que combater nem a extrema-direita nem a extrema-esquerda. Ele é guardião da Constituição. O presidente do STF, ministro Barroso, disse ‘nós derrotamos o bolsonarismo’. Isso é uma vergonha, é uma afronta ao povo”. Ele acrescentou: “Eu quero dizer: sabe quem é o supremo poder dessa nação? O povo! Todos nós temos que nos submeter ao povo”.
O pastor disse a Bolsonaro: “se eles te prenderem, você vai sair de lá exaltado. Se eles te prenderem, não vai ser para a tua destruição, mas para a destruição deles. Você vai sair de lá exaltado”. Malafaia disse que Bolsonaro é “o maior perseguido político da nossa história”.
Malafaia convidou os presentes a cantar um trecho do Hino da Independência e a multidão cantou com ele: “brava gente brasileira, longe vá temor servil. Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil”. Ao orar, o pastor pediu: 'Deus noslivre desses homens maus!'
Mais de 2 mil pessoas foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a colaboração do Exército brasileiro, sem o menor respeito a direitos humanos ou ao devido processo legal. Centenas dessas pessoas passaram meses a fio presas, e só foram libertadas com “medidas cautelares” excessivas e arbitrárias, muito piores do que as que são aplicadas a pessoas condenadas por crimes graves. Milhares de famílias continuam sofrendo com as restrições a suas liberdades e seus patrimônios. Tudo sob o olhar complacente do Senado Federal.
Enquanto cidadãos comuns ficam sujeitos a medidas abusivas, autoridades do governo Lula envolvidas nos fatos do dia 8 de janeiro seguem livres, leves e soltas. O general G. Dias, por exemplo, era o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, era responsável pela segurança do palácio do Planalto, e foi filmado no interior do palácio, interagindo com os invasores. Até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 31 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
Sem a possibilidade de receber a renda de seu trabalho, o jornal corre o risco de fechar. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar, use o QR Code para a empresa Raposo Fernandes, ou use o código ajude@folhapolitica.org. Caso prefira, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.
Há mais de 10 anos, a Folha Política faz a cobertura da política brasileira, mostrando atos, pronunciamentos e eventos dos três poderes, quebrando a espiral do silêncio imposta pelo cartel de mídia que quer o monopólio da informação. Pix: ajude@folhapolitica.org
Nossa receita está bloqueada por ordem do TSE desde julho de 2021. Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho. Doe por meio do PIX: ajude@folhapolitica.org
Depósitos / Transferências (Conta Bancária):
Banco Inter (077)
Agência: 0001
Conta: 10134774-0
Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)
CNPJ 20.010.215/0001-09
-
Banco Itaú (341)
Agência: 1571
Conta: 10911-3
Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)
CNPJ 20.010.215/0001-09