Durante coletiva de imprensa de parlamentares sobre os cinco anos do inquérito ilegal e inconstitucional conhecido como “inquérito do fim do mundo”, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, o deputado Gustavo Gayer lembrou que, na semana passada, uma delegação de parlamentares foi aos Estados Unidos para fazer essa denúncia no âmbito internacional.
O deputado relatou que a comitiva levou uma “enxurrada de documentos mostrando que o Brasil não é mais uma democracia”, e que a pergunta que mais ouviu foi: “e a imprensa? Não fala nada sobre isso?”. O deputado apontou que os parlamentares não podiam compreender que a imprensa brasileira se prestasse ao papel de silenciar sobre evidentes abusos. Ele disse: “o que eles não conseguiam entender, depois de ficar comprovado as violações a direitos humanos, a perseguição política, a instrumentalização do estado, da máquina estatal, para censurar o povo brasileiro, para colocar na cadeia pessoas inocentes, a pergunta que eles mais faziam é: e a imprensa? a imprensa não fala nada?”.
Gayer lembrou que a Venezuela tem instituições, como ministério público e corte constitucional, e acrescentou: “mas o mundo sabe que a Venezuela é uma ditadura. Sabe por quê? Foi um erro que eles cometeram. (...) Aqui, a esquerda foi muito mais esperta. Lá, eles praticamente executaram a imprensa. Aqui, a esquerda cooptou a imprensa. Sequestrou a imprensa ideologicamente”.
O deputado disse: “A imprensa bate palmas para o avanço ditatorial do Brasil. Uma imprensa lixo como esta aqui, que coordena basicamente tudo. Que passa pano”. O deputado imitou o bordão “saiba por que isso é bom”, e disse: “que vergonha! Que humilhação!”.
Gustavo Gayer alertou: “é triste saber que, se nós não revertermos a situação, os nossos filhos, os filhos dos senhores da imprensa, vão viver numa ditadura”. Ele afirmou que a luta contra a tirania vai continuar, e disse: “embora aqui a imprensa trabalhe para esconder, o mundo saberá que o Brasil é uma ditadura, que persegue a oposição, que não respeita direitos humanos, e que a imprensa passa pano”. Ele ponderou que existe uma imprensa séria e prosseguiu: “uma grande parte da imprensa passa pano para isso. Isso é vergonhoso”. Gayer reiterou: “na Venezuela, executaram a imprensa. No Brasil, ela foi sequestrada ideologicamente”.
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