O deputado federal Nikolas Ferreira, da tribuna, lembrou aos colegas parlamentares que, enquanto para muitas autoridades a vida segue normalmente, há milhares de famílias que sofrem diariamente com as consequências da perseguição política promovida, em especial, nos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O deputado relatou a situação de uma mãe de dois filhos que foi condenada a 16 anos de prisão e cuja vida está em risco, e disse: “Passa a semana, passam-se os dias, passam-se os meses, e acaba que essas pessoas que estão no silêncio, que estão sendo deixadas num abismo para lá serem esquecidas, ainda continuam com as suas dores bastante vivas. E um dever moral que tenho para com elas é não deixar com que mais mortes aconteçam”.
O deputado lembrou que Clériston Pereira da Cunha, o Clezão, morreu no cárcere, sob a tutela do estado, enquanto aguardava, por meses, que o ministro Alexandre de Moraes se dignasse a analisar uma manifestação da PGR por sua soltura. Nikolas relatou, que no velório de Clezão, suas filhas lhe pediram que a morte do pai não fosse em vão.
Nikolas disse: “Quero relembrar aos senhores que essas penas, além de desproporcionais e injustas, estão sendo aplicadas a pessoas comuns que não possuem absolutamente nenhuma linha em ficha criminal. Eu sei que há uma divergência muito grande da parte da Esquerda e da Direita sobre o que seria ou não um golpe de Estado ou se essas pessoas mereciam essas altas penas ou não, mas quero lembrar aos senhores que existem corruptos em nosso País que não estão presos”.
O deputado lembrou casos de corrupção, crimes contra a vida, crimes contra o patrimônio, tráfico de drogas e outros crimes, apontando que esses réus não recebem penas tão altas quanto os cidadãos que foram presos em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes. Ele também comparou com a perseguição a cidadãos americanos em conexão com o dia 6 de janeiro, mostrando que mesmo naquele caso as penas são muito mais baixas.
O deputado Nikolas Ferreira questionou ainda o posicionamento da extrema-esquerda, apontando: “Essa defesa é dever moral meu, não como político, mas como ser humano que sou. E me estranha muito ver a Esquerda — que, de fato, durante muito tempo, lutou pelos direitos sociais, pelos direitos humanos — simplesmente colocar essas pessoas no mesmo rol dos criminosos, de alguns que, inclusive, estão sendo soltos. Por exemplo, líderes do PCC estão tendo seus bens devolvidos pela Justiça. Qual corrupto está preso em nosso País? — eu lhes pergunto”.
O deputado alertou: “haverá mais mortes em nosso País em razão dessas penas absurdas que estão sendo aplicadas por mera vingança política e ideológica”. Ele disse: “Dirijo aqui minha palavra ao Ministro Alexandre de Moraes, para que haja, de fato, uma justiça correta e a tempo, porque a justiça fora de tempo é injustiça, com essas pessoas que estão sendo condenadas, estão tendo as suas vidas destruídas meramente por conta de uma vingança processual com o nome Jair Messias Bolsonaro”.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 32 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
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