quarta-feira, 20 de março de 2024

Senador Esperidião aponta ‘tentáculos’ de Moraes expandidos após ‘inquérito do fim do mundo’: ‘onipresente, pelo menos na intimidação’


Da tribuna do Senado, o senador Esperidião Amin explicou como o chamado “inquérito do fim do mundo” e seus “filhotes” são utilizados para intimidar adversários políticos e manter o controle das narrativas, ocultando fatos verdadeiros e controlando o que pode ser divulgado ao público. 

O senador lembrou que, ao solicitar informações para a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, diversos órgãos se recusaram a responder, alegando que o assunto poderia ter alguma relação com o inquérito 4781. Esperidião disse: “ele está onipresente, se não de verdade pelo menos na intimidação verdadeira ou simulada, mas é pretexto para não responder ao Congresso Nacional”.

Esperidião Amin explicou: “Então, nós estamos em uma grande simulação para delimitar as narrativas. Nenhuma narrativa, nenhum fato que colida com a narrativa dominante pode vir à tona”. Ele deu exemplos de fatos verdadeiros que foram omitidos sobre o dia 8 de janeiro e chegaram a ser negados, e ironizou: “"Não, isso não é verdade, isto é um fato que nós não queremos trazer a lume porque isso destrói a narrativa e a narrativa dominante é soberana"”. O senador resumiu: “É isso que significa hoje o 4.781”. 

O senador alertou sobre as narrativas que começam a ser divulgadas sobre a inteligência artificial, com o intuito de promover o controle de seu uso. Amin disse: “Ela realmente nos leva para um terreno em que ela pode se transformar numa ferramenta a serviço da mentira. E por isto ela enseja, propicia que alguém, em nome da verdade - e é aí que está o perigo -, proíba qualquer versão contrária à sua verdade”. O senador alertou: “É aí que começa o perigo da novela do "a verdade é a minha". É aí que começa o espírito totalitário da verdade, que é contrário, portanto, à controvérsia, que é sã, é um princípio são o do contraditório, o da exposição do meu ponto de vista contra o seu em qualquer aspecto. Portanto, ergue-se de um lado a sede em poder regulamentar, regulamentar desde que eu fique senhor da rédea, que eu fique o senhor do botão que tira do ar ou deixa no ar, como nós já assistimos aqui em eleições recentes: "isso não pode ser divulgado", isso pode. E é assim que a liberdade vai sendo amestrada. Eu acho que a expressão é essa. Não é domesticada, não; é amestrada, para ser adestrada a aparecer apenas naquilo que eu quero. Esse é o risco que nós corremos”.

O senador questionou a sugestão de “autocontenção” a alguém que não está disposto a entregar poder, dizendo: “não podemos submeter o propósito de estabelecer um sistema de autocontenção quando alguém está exorbitando e não vai parar de exorbitar, e é o caso”. Ele apontou que a autocontenção é possível no Congresso, já que há duas Casas e muitas forças em funcionamento, e que o Executivo pode ser pressionado, mas mostrou que, no Judiciário, a situação é diferente. 

Esperidião Amin disse: “Mas no Judiciário, nós estamos vendo com preocupação que, em nome da defesa do Poder Judiciário, a autocontenção foi desprezada. Foi desprezada quando se estabelece uma prioridade de política pública - por que isso? -, quando o ativismo toma conta. Sim, o ativismo, porque o Poder Judiciário, pela sua índole institucional, age à medida que é demandado, e faz tempo que isso não é levado a termo no Brasil. Então, falar-se hoje em autocontenção de vocês, autocontenção da parte de vocês, em termos de regras estabelecidas pelo TSE, pelo Ministério da Justiça? Para isso, o italiano diria: "Su co le rece!", ou seja, "Atenção!", "Cuidado!", "Perigo à vista!".

As prisões políticas após o dia 8 de janeiro são alguns dos mais recentes sinais de que, no Brasil, os cidadãos não vivem em uma democracia. Para um grupo de pessoas e empresas, a tirania ganha contornos de implacável perseguição política e ideológica, e esse grupo “marcado” vem sendo perseguido, há muito tempo, com medidas arbitrárias, como prisões políticas, buscas e apreensões, censura, bloqueio de redes sociais e confiscos. 

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