Em entrevista à TV Senado, o senador Eduardo Girão lamentou a condução da sessão da Comissão de Relações Exteriores que recebeu o ministro de Lula, Mauro Vieira, apontando que o chanceler se esquivou de responder às perguntas da oposição. O senador apontou que a sessão foi um “jogo combinado, jogo de comadre”. Girão disse: “não me senti contemplado - fugiu de perguntas. Falei da ditadura da Nicarágua, da ditadura da Venezuela, do flerte que ele tem com esses totalitários, e ele… acho que nem tem o que falar”.
O senador apontou: “o Brasil joga no lixo da história toda a sua construção de diplomacia, toda a sua construção de neutralidade, toda a sua construção de cultura de paz, para tomar lado. E tem dois pesos e duas medidas!”. Ele exemplificou com o caso do conflito entre Rússia e Ucrânia, apontando: “recebe duas vezes o emissário da Rússia e não o da Ucrânia”.
Durante a sessão, o senador questionou “o flerte que nós estamos vendo do atual Governo Lula com ditadores, que tem um lado muito claro. O Brasil sempre teve uma posição diferente e agora está tendo um lado muito claro”. Ele lembrou as violações de direitos humanos nas ditaduras dos amigos de Lula e disse: “por que o Presidente Lula não se manifesta sobre essas violações lá na Venezuela? Muito pelo contrário. O sinal é o contrário. Dá o tapete vermelho quando vem Nicolás Maduro para o Brasil”.
O senador lembrou outro exemplo de ditador apoiado por Lula: “me preocupa muito, o que está acontecendo com cristãos. Não sei se o senhor tem essa informação, mas nós somos uma nação majoritariamente cristã. Nós somos aí perto de 90% dos brasileiros cristãos. E o que está acontecendo lá na Nicarágua com Daniel Ortega, outro que tem relações boas com o Presidente Lula, é algo de estarrecer qualquer cristão. Estão fechando rádios, tendo problemas lá com relação à questão de violação dos direitos humanos”.
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