Em entrevista à TV Senado, o senador Eduardo Girão protestou contra a inclusão em pauta do Supremo Tribunal Federal de julgamento que pode levar à descriminalização de substâncias no Brasil. O senador apontou: “é sempre assim, é numa sexta-feira à tarde, marcando pra semana seguinte, para não dar tempo de você que está nos assistindo, da sociedade brasileira se mobilizar. Mas vai dar tempo, sim”.
O senador explicou que, ao pautar esse julgamento, o Supremo Tribunal Federal invade as atribuições do Congresso Nacional, que, neste caso, já decidiu por duas vezes qual é a lei que deve reger esse assunto. Girão disse: “o Supremo Tribunal Federal pegando a nossa competência aqui, com relação à descriminalização do porte de drogas que tem PEC tramitando aqui nessa casa, que a gente já debateu e votou duas vezes. Dois presidentes diferentes sancionaram tolerância zero à drogas. E o Supremo vai lá, contra o Congresso Nacional e contra a população brasileira, e quer descriminalizar”
Eduardo Girão se dirigiu ao público e pediu que contatem seus representantes eleitos para pressionar os ministros, apontando: “você precisa chegar nos seus representantes, de forma ordeira e pacífica, mas com firmeza, e cobrar um posicionamento deles. Porque, como a gente sabe que o Supremo hoje é uma casa política, né? Porque se não fosse, não estaria pegando isso”.
O senador afirmou que o ministro Luís Roberto Barroso teria que se declarar impedido de julgar, por ser militante da causa, e disse: “O processo está todo errado. Então, quem perde com isso é o povo brasileiro. Quem ganha com essa descriminalização é o lobby poderoso que quer transformar o Brasil num narcoestado. Não deixemos”.
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