Durante sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado Federal, o senador Eduardo Girão cobrou a votação de um requerimento para ouvir o diretor-geral da Polícia Federal sobre a detenção política do jornalista português Sérgio Tavares na data da mega manifestação pelo estado de direito na avenida Paulista com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao anunciar que o requerimento estava na pauta, o presidente da Comissão, senador Petecão, tentou minimizar a detenção política do jornalista e sugeriu que ataques à liberdade de imprensa não seriam justificativa para se convidar o ministro da Justiça a prestar esclarecimentos. Ele foi apoiado pelo senador Alessandro Vieira, que tentou diminuir não apenas a importância da detenção política, mas também do próprio jornalista, afirmando que a credibilidade da polícia federal seria superior à dele.
O senador Eduardo Girão e o senador Jorge Seif, então, explicaram que a polícia federal divulgou uma nota pública e produziu uma ata do depoimento do jornalista, e esses dois documentos se contradizem. O senador Eduardo Girão explicou ainda que a ata do depoimento mostra com clareza que o jornalista foi questionado sobre suas posições políticas, algo inaceitável em qualquer país onde vigesse o estado de direito. O senador Jorge Seif Jr. confirmou o teor político do interrogatório. O senador Flávio Bolsonaro esclareceu ainda que a convocação visa justamente preservar a instituição da polícia federal, ao investigar os membros que possivelmente não estejam agindo de acordo com a lei. Ele disse: “é exatamente para preservar a credibilidade da nossa honrosa polícia federal que a gente não pode admitir que porventura existam pessoas que usem suas atribuições para fins espúrios, políticos e fora da lei, que é o que, aparentemente, aconteceu no caso desse jornalista”.
O senador Styvenson Valentim respondeu à alegação de Alessandro Vieira de suposta “defesa das instituições”, propondo que a Comissão convoque para depor a escola de samba que ofendeu a polícia militar e pedindo seu apoio para o requerimento.
Investigações seletivas estão comuns no País. No Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes conduz inquéritos sigilosos contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, utilizando delegados da polícia federal escolhidos a dedo para promover uma imensa operação de ‘fishing expedition’ contra seus adversários políticos. Em um desses inquéritos, a sede da Folha Política foi invadida e todos os equipamentos do jornal foram apreendidos. Após a Polícia Federal atestar que não havia motivos para qualquer indiciamento, o inquérito foi arquivado a pedido do Ministério Público, mas o ministro abriu outro inquérito de ofício e compartilhou os dados do inquérito arquivado. Atualmente, a renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, em atitude que foi elogiada pelos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Há mais de 32 meses, toda a renda de jornais, sites e canais conservadores está sendo retida, sem qualquer base legal.
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