Ao discursar a uma gigantesca multidão na mega manifestação em defesa do estado de direito na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez um reconhecimento ao empresário Elon Musk, dono do X, antigo Twitter, que divulgou documentos que mostram como o judiciário controlado por Alexandre de Moraes agiu para censurar e perseguir a oposição a Lula.
Bolsonaro enfatizou a importância das redes sociais. Mostrando um celular, ele disse: “fizeram o possível e o impossível. As provas estão chegando, apesar de vocês já saberem o que aconteceu. Com isso [celular], chegou alguém de fora à presidência da república. Sem isso, com censura, eles fizeram voltar à cena do crime o maior ladrão da história do Brasil. E ainda têm a desfaçatez de dizer que salvaram o Brasil de uma ditadura. Elegeram um cara que é amante de ditaduras, que é amante do falecido Fidel Castro, que venera o ditador Nicolás Maduro e que está agora ao lado do Irã nesse conflito do outro lado do mundo. Mais ainda, estiveram ao lado do Hamas. Isso é democracia?”.
O ex-presidente explicou: “Mais do que interferir, querem nos calar, para impedir que a verdade chegue à tona”. Bolsonaro disse: “Estamos percebendo para onde o nosso Brasil, infelizmente, está indo. Teremos que lutar; caso contrário, iremos para o abatedouro como cordeirinhos. (...) O que eles querem, de fato, é a ditadura. Com controle social da mídia, com regulação, é impossível falar em democracia”.
Bolsonaro agradeceu a Elon Musk e pediu palmas para o empresário, dizendo: “é o homem que teve a coragem de mostrar, já com algumas provas - outras virão - para onde a nossa democracia estava indo, o quanto de liberdade nós já perdemos”.
O ex-presidente ironizou: “Ainda tem a desfaçatez agora, o consórcio capitaneado pelo sistema Globo, de dizer que ele está atacando a democracia para impor aqui uma ditadura. Nas ditaduras não tem economia! (...) nas ditaduras não tem liberdade”.
As prisões políticas após o dia 8 de janeiro são alguns dos mais recentes sinais de que, no Brasil, os cidadãos não vivem em uma democracia. Para um grupo de pessoas e empresas, a tirania ganha contornos de implacável perseguição política e ideológica, e esse grupo “marcado” vem sendo perseguido, há muito tempo, com medidas arbitrárias, como prisões políticas, buscas e apreensões, censura, bloqueio de redes sociais e confiscos.
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