No decorrer de transmissão ao vivo do programa Código Fonte, o embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exteriores no Governo Bolsonaro, analisou o enfrentamento de Elon Musk contra o que qualificou como um “Governo das Sombras” que estaria operando a tirania e o esfacelamento do Estado de Direito no Brasil.
Araújo apontou como as narrativas que estão surgindo já buscam associar pessoas a Elon Musk para perseguir a todos. Ele disse: “o sistema é muito esperto para se preservar: ‘vamos pegar pessoas que tenham o perfil - pessoas de direita, que são contra o estado de coisas que o Elon Musk está denunciando - e vamos colocar essas pessoas como “representantes do Elon Musk” no Brasil”.
O diplomata apontou como o diálogo entre Elon Musk e o perfil humorístico Joaquin Teixeira é representativo de uma nova era, com “linhas de força que estão escapando ao controle estatal”. Araújo explicou que uma das maneiras de exercer o controle estatal é através da política partidária, o que, no Brasil, é completamente controlado pelas instituições dominantes e pelo esquema de poder já dominante”.
Ernesto Araújo explicou que, numa democracia representativa, os representantes eleitos fariam as políticas que propuseram aos eleitores, de forma que as políticas seriam as escolhidas pela maioria da população. Ele apontou: “O Brasil não é assim. No Brasil, você tem instituições que condicionam a participação nesse jogo eleitoral. Há uma adesão prévia à maneira como as coisas são feitas, ao sistema, que é o roubo e a corrupção e a distribuição do dinheiro da nação por diferentes meios entre os participantes do sistema e toda a ramificação disso na mídia, no empresariado. Então você tem o Estado controlado e, digamos, o Politburo, a máquina do ‘Conselho das Sombras’, de uma espécie de conselho de governo informal, que é quem realmente manda no país, no caso do Brasil, gerindo essas instituições”.
Araújo explicou que o insólito diálogo entre Joaquin Teixeira e Elon Musk escapa desse esquema de poder, assim como a própria atuação do bilionário. O diplomata explicou que o sistema sempre tenta subjugar e incorporar o diferente, e esses perfis estão escapando desse controle. Ele comparou: “hoje você tem gente falando e pensando e cobrando as coisas e tendo ideias fora do controle estatal. Hoje a Globo está sob o controle estatal. O Conselho das Sombras domina ali as pessoas que dominam a Globo e mandam a Globo fazer isso, fazer aquilo. As outras também. Mas de diferentes maneiras”.
O diplomata analisou o significado da ‘proposta’ feita pelo perfil humorístico para que o bilionário comprasse a rede Globo, dizendo: “está muito bem o que o Joaquin Teixeira propôs e que o Elon Musk parece que se interessou: vamos arrancar a Globo, esse grande instrumento, desse tecido ao redor do sistema e vamos transformar isso num grande X, num grande Twitter. Na televisão vai ter um Twitter com liberdade de expressão, com criatividade, com uma qualidade cultural muito melhor, sem as imposições do politicamente correto, sem as imposições do woke. Ou seja, é algo que se passa fora do domínio, fora do domínio do poder”.
Araújo prosseguiu: “e isso pode se tornar não uma exceção, mas a regra, mas a regra do funcionamento da sociedade. Isso aqui é a essência do século vinte e um. O século XXI começou com um imenso avanço do totalitarismo (...), mas ao mesmo tempo vêm surgindo correntes poderosas, porque menos visíveis, pela liberdade, pela liberdade, sobretudo por causa das redes sociais”.
O diplomata explicou que pode estar surgindo uma forma de atuação política que foge ao controle do Estado, e disse: “isso pode estar acontecendo. Pode estar acontecendo, quem sabe amanhã, depois de amanhã. E isso pode levar a uma revisão institucional, a um esquema de democracia muito mais direta”. Ele explicou que, com a tecnologia disponível, “já é possível você pensar numa democracia, numa institucionalidade democrática completamente diferente, onde as pessoas têm muito mais participação, onde de repente, o papel dos representantes seja menor e o papel direto das pessoas seja muito maior”.
Ernesto Araújo lembrou as origens da democracia, onde os cidadãos tomavam as decisões sobre as leis e os rumos da cidade, e comparou com os conchavos entre certas lideranças para decidir conforme seus próprios interesses.
O diplomata questionou: “quem sabe? hoje tudo converge para o crescimento gigantesco do poder do Estado. Mas, quem sabe, no fundo, no fundo está acontecendo ao contrário?”. Araújo apontou como os próceres do sistema demonstram ter um profundo medo da tecnologia. Ele disse: “Toda a tecnologia, na verdade, estava indo para o lado do controle. Mas eu acho que tem gente aí que já viu que a tecnologia, agora, quando surgem pessoas como o Musk, ela pode dar a volta, e ela pode virar, realmente, um instrumento de libertação”.
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