Ao se despedir do Brasil, o jornalista Michael Shellenberger, responsável pela divulgação dos Twitter Files Brasil, fez uma transmissão ao vivo ao lado do deputado Marcel Van Hattem, quando comentou a repercussão da divulgação dos arquivos internos do Twitter que mostraram a ação ilegal do ministro Alexandre de Moraes e do judiciário controlado por ele para censurar e perseguir cidadãos e interferir nas eleições brasileiras.
O jornalista apontou que os esforços dos brasileiros para lutar pela liberdade de expressão estão sendo vistos como uma inspiração em todo o mundo. Ele disse que pessoas em vários países “se sentem mais corajosos para enfrentar os valentões”. Shellenberger alertou: “os tipos como Moraes existem em toda parte. Eles tomam o poder porque as pessoas deixam eles tomarem o poder. E a gente precisa enfrentar esses valentões diretamente, e dizer ‘não’, você não tem direito de fazer isso. Temos direitos humanos que você não pode roubar de nós”.
Shellenberger lembrou: “pessoas morreram para termos nossa liberdade. Muita gente morreu. Incrível quando você pensa em todas as guerras, todas as rebeliões. Pessoas pagaram com sangue para proteger nossa liberdade. O mínimo que a gente pode fazer é essa luta”. O jornalista afirmou: “é um movimento espiritual, é uma coisa que não deve ter que ver com esquerda e direita, e sim com o ser humano”.
O jornalista disse: “o que pode ser mais importante e mais lindo do que lutar por esse direito básico dos seres humanos? Sem liberdade de expressão, não tem outros direitos. Não tem democracia, não tem civilização”.
O deputado Marcel Van Hattem, por seu turno, disse: “Esses ‘poderosos’ que acham que podem agir fora da lei, na verdade, agem de forma covarde, autoritária. São ditadores, são pessoas que não merecem os cargos que ocupam (...) é preciso que a gente tenha leis e regras que sejam respeitadas. Mas quem faz o que está fazendo hoje precisa ser devidamente investigado e punido na medida dos seus atos autoritários. E nós vamos fazer de tudo para que, nesta semana, a CPI dos Abusos de Autoridade saia do papel e possa ser instalada na Câmara dos Deputados”.
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