Da tribuna, o senador Eduardo Girão expôs o caso de um dos presos politicos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mostrando as injustiças que vêm sendo cometidas e pedindo aos colegas que acordem para a responsabilidade do senado. Girão disse: “eu não posso me calar sobre injustiças de quem quer que seja, seja do PT ou do governo anterior, do Bolsonaro. Não posso. Depois de todas essas escandalosas denúncias de comportamento abusivo do Ministro Relator desse inquérito que não tem fim, que é o Ministro Moraes, com repercussão acontecendo mundialmente, venho a esta tribuna hoje para registrar mais uma inaceitável arbitrariedade”.
O senador relatou que o ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins, está preso injustamente, seus advogados não têm acesso aos autos e as petições da defesa não são sequer lidas. O senador relatou ainda que Martins, preso preventivamente sem provas de qualquer crime, foi transferido sem que a família nem a defesa fossem sequer avisadas.
Eduardo Girão disse: “Esse tem sido, Sr. Presidente, o modus operandi do Ministro Alexandre de Moraes, ignorando o Ministério Público e interferindo... Parece que tem um Departamento da Polícia Federal exclusivamente à disposição dele, porque nem se submete à Direção-Geral. Está tudo muito estranho, está tudo de cabeça virada neste Brasil, mas o mundo agora está vendo. O mundo agora está vendo, e eu acredito, Sr. Presidente, na capacidade de reflexão do ser humano. Tem uma hora em que a pessoa para para respirar, vê - não pode ser movido por vingança, por revanche, por emoção - e diz: "Não, eu errei, vamos traçar outra trajetória". Eu acredito nisso”.
O senador alertou os colegas sobre a conivência daquela Casa legislativa com os abusos que vêm sendo cometidos: “Desde o início do famigerado inquérito das fake news, que acabou por completar cinco anos, que o Brasil vem assistindo ao rompimento gradual do Estado democrático de direito, com um festival de arbitrariedades. E o pior de tudo isso é que, no Senado, nós continuamos deixando acontecer e nós temos o poder aqui para barrar abusos de ministros do Supremo”.
Girão lembrou outros presos políticos, afirmou que tratará dos casos em novos discursos, e disse: “ A gente pediu para visitar essas pessoas para saber o que está acontecendo. Senador não tem direito! Pedi ao Presidente Pacheco: "Pacheco, interceda junto ao Ministro Alexandre de Moraes". A gente não tem direito a visitar. O que está acontecendo de tão grave, que a gente não pode visitar? O que a gente não pode ouvir dessas pessoas que não deixam a gente visitar? Desde dezembro, eu faço pedidos pela ordem aqui para que a gente possa visitar e eu espero que esse dia ocorra”.
O assédio ao ex-assessor é parte de um assédio a um grupo de pessoas, tratadas como sub-humanos e cidadãos com menos direitos, por manifestarem suas opiniões livremente e por terem apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro. Medidas arbitrárias são tomadas contra essas pessoas, que têm seus direitos e garantias fundamentais desrespeitados. Milhares de famílias já foram devastadas e têm suas vidas destruídas na esteira dos atos do ministro Alexandre de Moraes. Embora receba constantes denúncias, o senado brasileiro assiste, indiferente, aos abusos cometidos contra os cidadãos.
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