Durante a audiência pública no Senado que ouviu os jornalistas responsáveis pela divulgação dos Twitter Files Brasil, o senador Marcos Rogério enfatizou a mudança ocorrida nas comunicações após o advento da internet e, em especial, das redes sociais. O senador apontou: “o mundo mudou”.
O senador disse: “o mundo mudou, e algumas pessoas continuam naquele mundo do passado”. Marcos Rogério lembrou que foi jornalista e acompanhou a transformação. Ele disse: “antigamente, as pessoas se informavam pelos grandes canais de comunicação, pelos grandes jornais. (...) O leitor, o telespectador, o ouvinte, era apenas um receptor. De repente, ele sai da posição de ser um agente passivo para ser um agente ativo na comunicação, a partir do advento das mídias sociais”.
Marcos Rogério apontou: “Ocorre que, para algumas pessoas, para alguns segmentos, essa transformação não foi bem-vinda”. O senador rebateu a narrativa de “censurar para proteger a democracia”, dizendo: “isso, infelizmente, tem sido naturalizado em alguns argumentos, como se fosse possível compatibilizar esses dois valores”.
O senador alertou que, no Brasil, “há um movimento muito claro, muito nítido, de controle de narrativa”. Ele lembrou a CPI da Pandemia, dizendo: “ali nós vimos a evidência disto dentro desta Casa. Este foi um palco de produção de narrativas. Narrativas não são fatos. É a versão que você dá aos fatos para formar a opinião do cidadão, ou para DEFORMAR a opinião do cidadão”.
Marcos Rogério disse: “quando há liberdade, você escolhe a informação. É o cidadão. Ele tem liberdade para fazer isso. O próprio cidadão, no exercício da sua cidadania plena, faz o controle”. O senador afirmou: “não há licença, em hipótese nenhuma, para a censura ou para o controle de narrativas, porque isso é emburrecer a sociedade. O Brasil não precisa de tutores da comunicação”.
O senador disse: “Com relação à garantia das liberdades, que é uma garantia constitucional. Elas vêm sendo, passo a passo, relativizadas - liberdade de expressão, liberdade religiosa, liberdade de viver dignamente, liberdade de viver SEM MEDO. Liberdade de viver sem medo. Quando você tem instrumentos do EDD, que representa a mão pesada do Estado, especialmente no campo da liberdade de expressão, você tira duas liberdades: a liberdade de expressão e a liberdade do cidadão viver sem medo. As pessoas no Brasil hoje estão com medo. Até quando nós vamos ter um ambiente como esse?”.
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