Em evento completamente esvaziado do Primeiro de Maio, em São Paulo, Lula pediu, abertamente, votos para o deputado Guilherme Boulos, pré-candidato à prefeitura da cidade. O discurso estava sendo transmitido pela televisão estatal brasileira, além da velha imprensa e de canais e jornais independentes da extrema-esquerda. O pedido explícito de voto antes da época de campanha é expressamente vedado pela lei, o que levou cidadãos e parlamentares a expressarem sua indignação pelas redes sociais.
A economista Marina Helena, pré-candidata à prefeitura, disse: “Anuncio a todos que estou entrando com uma ação na Justiça Eleitoral contra a pré-campanha de Guilherme Boulos por evidente propaganda antecipada. Também denunciaremos Lula ao Ministério Público por abuso de poder político. O presidente usou a máquina pública para praticar algo ilegal - o pedido explícito de voto antes da campanha começar. É bom lembrar que o TSE declarou Bolsonaro inelegível por uma acusação parecida: "abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na tentativa de ter ganhos eleitorais". E aí, será que o TSE vai ser coerente e aplicar a mesma punição ao atual presidente?”.
O movimento Advogados de Direita Brasil respondeu à economista: “Isso aí! Se considerarmos apenas a propaganda antecipada estaremos vendo apenas a superfície. É preciso uma análise mais aprofundada para que se apure e investigue o abuso de poder político configurado pela ilegalidade de um uso irregular do livre exercício de expressão. O Presidente usou de seu poder político para, como presidente eleito, pedir votos para o seu candidato em SP. Houve um nítido abuso do poder político que funciona como uma quebra de paridade de armas em período pré-eleitoral. Nesses casos; além da óbvia representação eleitoral por propaganda extemporânea, ainda é cabível uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral - AIJE”.
A deputada federal Júlia Zanatta afirmou: “ABSURDO! Se isso não for crime eleitoral, nada mais é. O cara tá abusando do poder político e econômico com estrutura governamental ao vivo em evento convocado com ministros de estado. Iremos tomar todas as providências cabíveis”.
O vereador Rubinho Nunes anunciou:
“PROCESSEI LULA E BOULOS POR CAMPANHA ANTECIPADA!
Mais um crime eleitoral feito pela esquerda! Lula, em pleno evento de 1º de Maio, pediu voto EXPLICITAMENTE para Guilherme Boulos do PSOL.
Esse flagrante crime eleitoral não ficará impune. Não permitirei que Lula tente impor seu lacaio na prefeitura de SP na base do tapetão.
A esquerda, mais uma vez, vai ter que me enfrentar na JUSTIÇA”
O ex-presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, citou: ““Eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, discursou Lula no ato flopado. É crime eleitoral mas deve ficar por isso mesmo. Se fosse Bolsonaro…”
O deputado Sanderson disse: “Lula cometeu flagrante crime eleitoral ao pedir, explicitamente, em praça pública, como presidente da república, votos para Guilherme Boulos para prefeito de São Paulo. A propósito, quantas horas o presidente do TSE dará para Lula se explicar?”
O deputado Sóstenes Cavalcante publicou notícia da velha imprensa que relatava que o governo “apagou das redes a transmissão de ato do 1º de maio após pedido de voto de Lula a Boulos”, e disse: “Não adianta. O crime eleitoral já foi cometido, e temos os prints além de os vídeos já estarem todos espalhados pela internet. Não passará impune esse crime eleitoral do Lula e Boulos”.
Também comentando a remoção do vídeo da imprensa oficial, o deputado Mário Frias disse: “Imaginem se não tivéssemos a internet? É por isso que a esquerda quer tanto a regulamentação das redes sociais!”
O ex-deputado estadual Douglas Garcia se manifestou em vídeo e disse: “Acabo de denunciar Lula e Guilherme Boulos por campanha eleitoral antecipada!”
A ativista Clau de Luca ironizou: “Tinha mais balões e bandeiras que gente no evento do Lule aqui em SP. E mesmo assim, ele teve a cara de pau de pedir voto pro Boulos, num flagrante crime eleitoral por campanha antecipada”.
O ex-deputado Deltan Dallagnol apontou:
“O TSE condenou Bolsonaro a inelegibilidade por 8 anos por ter utilizado estrutura do Planalto para divulgar o encontro com os embaixadores, onde Bolsonaro fez críticas às ur***
A situação aqui é idêntica: Lula utilizou estrutura do Planalto para pedir explicitamente votos a Boulos, de maneira ilegal e em clara campanha antecipada.
Lula usou a máquina pública para divulgar o evento e o discurso na comunicação oficial do governo federal, que depois derrubou os vídeos quando percebeu a trapalhada.
Lula e Boulos serão condenados pelo TSE à inelegibilidade por 8 anos?”
Em outra postagem, Dallagnol questionou:
“Alô, TSE, autointitulado "tribunal da democracia": o presidente da República pode pedir voto descaradamente em evento público para Boulos, pré-candidato a prefeitura de São Paulo?
Ainda: isso não é abuso de poder político, de poder econômico e dos meios de comunicação?
Ter um presidente da República em exercício pedindo voto ilegalmente, fora do período eleitoral, para um pré-candidato em evento público lotado não desequilibra a disputa eleitoral?
E mais ainda: quem pagou por esse evento?
As despesas dessa estrutura não devem ser computadas na pré-campanha de Boulos, para fins de limite de gastos, EXATAMENTE como o PT está fazendo com Sergio Moro para cassá-lo?
E aí, TSE, "tribunal da democracia"? Como é que fica?
Vamos cassar Guilherme Boulos, caso ele seja eleito?”
O deputado Ricardo Salles ironizou: “O crime eleitoral do barba está mais do que configurado. A atenuante é que não tinha praticamente ninguém lá para ouvir kkk”.
A deputada Carla Zambelli disse: “Pedirei providências ao Ministério Público Eleitoral de São Paulo para que apure propaganda irregular antecipada, já que está claro que lula pede voto para Boulos. Além disso, que avalie abuso de poder político e abuso dos meios de comunicação, pois a tv do governo transmitiu ao vivo”.
O senador Flávio Bolsonaro compartilhou o vídeo do momento em que Lula pede votos e ironizou: “Crime eleitoral do bem”
O ex-deputado Coronel Tadeu disse: “Estou aguardando a leitura dos magníficos especialistas da USP contabilizarem 1 (um) milhão de pessoas no evento onde LULA PEDIU VOTOS ABERTAMENTE PARA BOULOS. Alô TSE aguardamos sérias providências”.
O deputado Delegado Marcelo Freitas disse: “Um presidente da República pode muito! Mas não pode - explicitamente - pedir votos em evento público para seu pré-candidato a prefeitura de qualquer cidade! TSE, a lei vale para todos? Mostre ao país que o tribunal existe para outros fins, que não somente perseguir a direita brasileira”.
O deputado Coronel Meira anunciou: “Apresentamos denúncia contra Lula e Boulos por crime eleitoral. No evento do dia 1 de maio, em São Paulo, Lula pediu votos para Boulos fora do período determinado pela Legislação Eleitoral. Queremos saber também se houve a utilização de recursos públicos no evento”.
No Brasil atual, a liberdade de manifestação não é reconhecida de forma igual para todos. As manifestações promovidas por partidos de esquerda, sindicatos e coletivos, divulgadas pela velha imprensa e por sites e canais de internet, não estão sujeitas a qualquer investigação sobre seu financiamento ou qualquer questionamento sobre se as ideias que defendem seriam “democráticas” ou “antidemocráticas”. Mesmo quando há cartazes pedindo ditadura, depredação de patrimônio público e privado, ou agressões a políticos e cidadãos, nada disso é considerado um “ato antidemocrático” quando o “ato” é da esquerda. Crimes eleitorais não são investigados, ou, quando são, recebem penas que em nada impedem a continuidade da atividade política dos ofensores.
A situação é muito diferente quando os atos são feitos por conservadores. Nos últimos anos, milhões de pessoas foram às ruas, de forma ordeira, para pedir liberdade e respeito à Constituição, incluindo a liberdade de expressão, a liberdade de culto, a liberdade de ir e vir, entre outras. Essas manifestações pacíficas tornam-se alvo de inquéritos sigilosos, alimentados por “notícias” da velha imprensa, nos quais manifestantes e jornalistas que cobrem as manifestações são perseguidos, presos, censurados, e têm seus bens apreendidos.
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