segunda-feira, 27 de maio de 2024

Deputada Adriana se revolta e coloca Dias Toffoli, ministro do STF, contra a parede ao citar ‘confissões’ e ‘descondenações’ absurdas


A deputada Adriana Ventura se exaltou ao manifestar, da tribuna, a vergonha que ela e muitos brasileiros sentem ao ver a ação de certos ministros do Supremo Tribunal Federal. A deputada disse: “subo a esta tribuna novamente indignada com a vergonha, a vergonha que toma conta de qualquer brasileiro decente, a vergonha que toma conta de qualquer cidadão de bem, que vê, pelas mãos do STF, a descondenação de corruptos. A descondenação de corruptos condenados por vários órgãos colegiados, a descondenação de cidadãos que deveriam mofar na cadeia. Aliás, tinha confissão, tinha gravação, tinha materialidade”.

A deputada enfatizou que um único ministro vem reiterando esse tipo de decisão. Ventura disse: “o mais triste de tudo isso é que a gente vê que isso é feito por um ministro do STF, que é o Dias Toffoli, que, aliás, é citado nas confissões”. Ela disse: “Eu fico me perguntando: como é que um único ministro toma uma decisão gravíssima dessas, que coloca em xeque toda a credibilidade do nosso país, que coloca em xeque toda a esperança do povo brasileiro, que joga na lama toda a credibilidade do STF, que deveria ser o guardião da Constituição”. 

Adriana Ventura lembrou que o Congresso vem discutindo as decisões monocráticas e disse: “eu fico pensando: onde estão os outros 10 ministros, que não se pronunciam? onde estão os outros 10 ministros, que não pegaram isso e disseram: ‘aqui não! Não vai acabar com a credibilidade do nosso país’. Porque é isso que aconteceu com essa decisão. Fora as outras”. 

A deputada disse: “que vergonha de ser brasileira. Que vergonha! Mas eu ainda tenho esperança, talvez de uma maneira muito ingênua, que o corpo dos ministros que ainda estão lá, que eles também estejam indignados, e que eles façam alguma coisa. Porque colocar o sistema jurídico em xeque, colocar essa credibilidade toda em xeque, colocando a sociedade civil de joelhos para corrupto, colocando toda uma nação sem esperança nenhuma. Dói. Dói na alma de qualquer cidadão de bem”.

Ventura disse: “Faço novamente aqui um apelo, novamente um apelo ao STF, na figura do ministro Barroso. Por favor, coloque ordem aí. Não deixem que isso aconteça”.

Segundo a Constituição Federal, o controle dos atos de ministros do Supremo Tribunal Federal é realizado pelo Senado, que pode promover o impeachment dos ministros em caso de crime de responsabilidade. No entanto, os presidentes da Casa vêm barrando a tramitação dos pedidos, sem consulta ao colegiado. Sem controle externo, alguns ministros do Supremo agem ao arrepio da Constituição. 

Em inquéritos secretos, o ministro Alexandre de Moraes, por exemplo, promove uma aberta perseguição a adversários políticos. Em um desses inquéritos, a Folha Política teve sua sede invadida e todos os seus equipamentos apreendidos. O inquérito foi arquivado por falta de indícios de crimes, mas os dados sigilosos foram compartilhados com outros inquéritos e com a CPI da pandemia, que compartilha dados sigilosos com a velha imprensa. 

Sem justificativa jurídica, o ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, confiscou toda a renda da Folha Política e de outros sites e canais conservadores, para impedir suas atividades. A decisão teve o aplauso e respaldo dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Todos os rendimentos de 20 meses do trabalho de jornais, sites e canais conservadores vêm sendo  retidos sem qualquer base legal. 

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