Durante transmissão ao vivo, o deputado distrital Thiago Manzoni comentou a polêmica que se criou entre a rede Globo e o empresário Pablo Marçal, e o que essa polêmica revela sobre o papel assumido pela emissora. O deputado lembrou: “a Globonews acusou o Pablo Marçal de espalhar ‘fake news’ (...). Acontece que não era mentira o que ele estava falando”. O deputado apontou que as acusações feitas pela rede Globo não se limitaram ao empresário e disse: “a Globo News acusou o Pablo Marçal e acusou também o SBT. Depois, tanto o Pablo Marçal quanto o SBT provaram que estavam falando a verdade”. Manzoni ironizou: “Eu não sei se a Globonews, e a jornalista que falou, vão figurar nos inquéritos das fake news, né? Não dá pra gente saber. Mas me parece que seria o caso, né?”.
O deputado explicou: “a sensação que nós temos como cidadãos é que existe uma distância enorme entre esses jornalistas da Globonews e a realidade que as pessoas vivem no seu dia a dia. Essas pessoas que estão lá apresentando e falando nesses programas, eles não têm a menor ideia do que o brasileiro passa no dia a dia”.
Thiago Manzoni exemplificou com a cobertura do show da Madonna enquanto os brasileiros se preocupavam com o Rio Grande do Sul, e disse: “Eles não sabem como isso ofende a pessoa. É uma realidade completamente diferente. Parece que são dois brasis completamente diferentes. E o Brasil da realidade, o Brasil das pessoas comuns, não aguenta mais assistir a essas pessoas na televisão, falando de maneira completamente desconexa da realidade, desconectada do que é a vida das pessoas, falando as
maiores aberrações num tom de superioridade moral e de como se fossem senhores da razão. As pessoas não aguentam mais isso. O cidadão não aguenta mais isso”.
O deputado explicou: “a Rede Globo de televisão, os veículos de comunicação tradicionais de maneira geral, eles perderam o monopólio da opinião pública. Hoje, todo mundo tem um celular na mão. Hoje todo mundo filma, hoje todo mundo posta, hoje todo mundo expõe a sua opinião. E 61% dos brasileiros com medo de ser presos e de sofrer retaliações”.
Manzoni disse: “as pessoas estão vendo os voluntários, o helicóptero do Neymar, os helicópteros do Luciano Hang, o helicóptero do Pablo Marçal, que foi proibido de parar lá, de descer lá. As pessoas estão vendo essa realidade, e as pessoas têm asco do jornalismo hoje, porque ele não corresponde à realidade. Ele não mostra os fatos. Ele quer dar a versão dele dos fatos. A opinião deles dos fatos. E a verdade está aparecendo mais clara que a luz do sol do meio-dia”.
O deputado apontou: “a população, obviamente, ficou ao lado do Pablo Marçal, com todas as ressalvas que algumas pessoas têm a ele, porque, nesse caso, o que ele falou era verdade, e ele foi exposto publicamente num jornal, numa emissora de televisão que rotulou ele de mentiroso, nesse jargão imbecil que eles inventaram de ‘propagador de fake news’’.
Muitos jornalistas e veículos conservadores vêm sendo implacavelmente perseguidos, como é o caso da Folha Política. Nossa sede foi invadida e todos os nossos equipamentos foram apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. À época, o jornalista Alexandre Garcia assinalou que algo semelhante só havia ocorrido na ditadura Vargas, não havendo qualquer exemplo semelhante durante o tão falado regime militar. Mesmo em ditaduras consolidadas, não é comum que se apreendam todos os equipamentos, em claríssima violação a tratados internacionais como o Pacto de São José da Costa Rica.
Posteriormente, a Folha Política foi alvo do ministro Luís Felipe Salomão, que ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, para impedi-los de exercer suas atividades. Mais de 20 meses da renda dos veículos e comunicadores afetados seguem confiscados, enquanto o inquérito vai sendo transmitido de relator em relator.
Outros jornalistas e comunicadores foram presos sob alegações como a de sair do país sem saber que estavam sendo investigados. Um deles perdeu o movimento das pernas em um estranho acidente na cadeia, enquanto estava preso por crime de opinião. Ao conseguir refúgio em outro país, viu sua família ter suas contas bloqueadas para que não pudessem receber doações de pessoas que se sensibilizam com a situação de seus filhos. Vários pedem há anos que apenas devolvam seus equipamentos eletrônicos, inclusive com as memórias de entes queridos e da própria família. Outros buscaram refúgio em outros países e são considerados “foragidos” e são alvo de campanhas de difamação pela velha imprensa.
As medidas arbitrárias impostas aos jornalistas e comunicadores conservadores, por suas características processuais, violam diversos artigos da Constituição e também de tratados como a Declaração Universal de Direitos Humanos e o Pacto de São José da Costa Rica, que protegem a liberdade de expressão e vedam tribunais de exceção.
Os exemplos são muitos e a perseguição não cessa. Casas invadidas, redes bloqueadas, censura, bloqueio de contas, confisco de bens, cancelamento de passaporte, proibição de contato, entre outras. Nos inquéritos políticos conduzidos em cortes superiores, basta que parlamentares de extrema-esquerda apresentem “relatórios” ou “reportagens” produzidos por pessoas suspeitas e interessadas, acompanhados de listas de pessoas a serem perseguidas, para que essas pessoas sejam privadas de direitos fundamentais.
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