quarta-feira, 15 de maio de 2024

Nikolas Ferreira é intensamente aplaudido ao chutar o balde e mandar recado direto para Alexandre de Moraes, do STF


Durante a audiência pública proposta pelo deputado Coronel Meira na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para debater a situação dos presos políticos no Brasil, o deputado federal Nikolas Ferreira mandou um recado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, expressando o fim da paciência da população com o ministro. 

O deputado disse: “estamos cansados de saber que foi todo um processo injusto, um processo persecutório, porque essas pessoas estavam de verde e amarelo. Se estivessem de vermelho, com MST no peito, ou com a UNE no peito, ou simplesmente black blocs, estariam livres, como estão agora (...)”

Nikolas disse: “quero mandar um recado específico para aquele que iniciou tudo isso, que chama-se Alexandre de Moraes”. O deputado comparou o ministro ao vilão dos romances de Harry Potter, “aquele que não pode ser nomeado”, apontando o medo causado pelo ministro. Ele disse: “medo de repressão de um juiz que deveria garantir a Constituição”. 

O deputado foi aplaudido ao dizer: “meu recado é específico: chega! já deu! Se o recado que ele quis dar pra direita foi de que ele é malvado, que ele consegue colocar medo nas pessoas, quero dizer para ele que ele saiu derrotado de tudo isso, mas chega!”. 

Nikolas Ferreira apontou: “Afinal de contas, não é somente uma luta política que está acontecendo aqui hoje. Nós temos famílias que estão sendo destruídas. Nós temos uma família que está hoje sem um pai, porque o Clezão morreu na cadeia”. O deputado comparou o escândalo e as narrativas em torno da morte da vereadora Marielle com a absoluta omissão em relação à morte do preso político de Moraes. 

Nikolas lembrou a omissão do presidente do Legislativo, o senador Rodrigo Pacheco: “eu nunca vi o presidente do Congresso Nacional fazer um minuto de silêncio pelo Clezão. Covarde!”. O deputado ironizou as pretensões políticas de Pacheco, apontando: “nós não temos amnésia. As pessoas não irão esquecer dos que foram omissos quando pessoas morreram. Quando mães, pessoas comuns, estão presas até hoje. Pessoas com tornozeleira eletrônica”. 

O deputado manifestou sua indignação e lembrou outros casos, como o do deputado Daniel Silveira, e mandou um recado ao ministro: “ministro AM, chega! O senhor não irá ganhar essa batalha. Porque toda tirania… nós tivemos império romano subindo, mas foram derrotados. Nós tivemos império otomano levantado, mas foram derrotados. Nós temos agora uma Alexandria, que será derrotada, eu tenho certeza”. 

Muitos jornalistas e veículos conservadores vêm sendo implacavelmente perseguidos, como é o caso da Folha Política. Nossa sede foi invadida e todos os nossos equipamentos foram apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. À época, o jornalista Alexandre Garcia assinalou que algo semelhante só havia ocorrido na ditadura Vargas, não havendo qualquer exemplo semelhante durante o tão falado regime militar. Mesmo em ditaduras consolidadas, não é comum que se apreendam todos os equipamentos, em claríssima violação a tratados internacionais como o Pacto de São José da Costa Rica. 

Posteriormente, a Folha Política foi alvo do ministro Luís Felipe Salomão, que ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, para impedi-los de exercer suas atividades. Mais de 20 meses da renda dos veículos e comunicadores afetados seguem confiscados, enquanto o inquérito vai sendo transmitido de relator em relator. 

Outros jornalistas e comunicadores foram presos sob alegações como a de sair do país sem saber que estavam sendo investigados. Um deles perdeu o movimento das pernas em um estranho acidente na cadeia, enquanto estava preso por crime de opinião. Ao conseguir refúgio em outro país, viu sua família ter suas contas bloqueadas para que não pudessem receber doações de pessoas que se sensibilizam com a situação de seus filhos. Vários pedem há anos que apenas devolvam seus equipamentos eletrônicos, inclusive com as memórias de entes queridos e da própria família. Outros buscaram refúgio em outros países e são considerados “foragidos” e são alvo de campanhas de difamação pela velha imprensa. 

As medidas arbitrárias impostas aos jornalistas e comunicadores conservadores, por suas características processuais, violam diversos artigos da Constituição e também de tratados como a Declaração Universal de Direitos Humanos e o Pacto de São José da Costa Rica, que protegem a liberdade de expressão e vedam tribunais de exceção. 

Os exemplos são muitos e a perseguição não cessa. Casas invadidas, redes bloqueadas, censura, bloqueio de contas, confisco de bens, cancelamento de passaporte, proibição de contato, entre outras. Nos inquéritos políticos conduzidos em cortes superiores, basta que parlamentares de extrema-esquerda apresentem “relatórios” ou “reportagens” produzidos por pessoas suspeitas e interessadas, acompanhados de listas de pessoas a serem perseguidas, para que essas pessoas sejam privadas de direitos fundamentais. 

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