Durante a coletiva de imprensa que anunciou a coleta de assinaturas para uma CPI que investigue a milícia digital do governo Lula, a deputada federal Bia Kicis expôs a manipulação que é feita pela velha imprensa, que, ao expor o esquema de difusão coordenada de desinformação mantido e alimentado pelo governo Lula, citou um paralelo inexistente com o governo Bolsonaro, alimentando a narrativa do chamado “gabinete do ódio”.
Bia Kicis leu a manchete da matéria e disse: “aqui já tem uma desinformação, já tem uma fake news, já tem uma mentira. Porque o que está sendo feito agora não repete nada que tenha sido feito no governo Bolsonaro. Nunca existiu o tal ‘gabinete do ódio’ no governo Bolsonaro. Isso não passou de uma narrativa”. Ela lembrou que, com a exploração de tais narrativas, pessoas são investigadas e submetidas a medidas arbitrárias de forma injusta.
Bia Kicis comparou: “nunca existiu nenhuma orquestração, nada disso. Cada pessoa aqui - porque nós somos acusados, somos investigados no inquérito de milícias digitais - cada pessoa aqui cuidava de suas redes de forma independente, não havia ordem de ninguém e muito menos financiamento de quem quer que fosse. Nenhum influencer ficou rico no governo Bolsonaro, a não ser por seu próprio trabalho e por recebimento, talvez, de patrocínio, privado”.
A deputada mostrou o viés anti-conservador da velha imprensa: “a primeira mentira deslavada é que alguma coisa está sendo repetida. Então, até mesmo para a mídia anunciar algo revelador como isso, tem que fazer um vínculo, uma ponte com o governo Bolsonaro? Isso aqui é uma mentira, quero deixar isso bem claro”.
Bia Kicis explicou o motivo de propor uma CPI: “por que estamos colhendo assinaturas para essa CPI? Porque precisa investigar. Nós temos que investigar esses fatos, eles são graves demais. Não podemos deixar isso passar em branco. E também, fizemos a comunicação ao gabinete do ministro Alexandre, não porque a gente concorde com esse inquérito das milícias digitais. A gente não concorda. Ele é ilegal, é inconstitucional, ele não tem fundamento. Mas, uma vez que pessoas que não cometem esse tipo de crime - de receber verba pública para ficar difamando, tentar destruir, sim, a base da democracia - aquelas que o fazem têm que estar lá também. Então, não concordamos com o inquérito. Mas concordamos menos ainda que só um espectro político seja investigado e perseguido”.
A deputada explicou: “tem fatos, fatos concretos. Esses fatos é que deverão ser investigados nessa CPI da milícia do PT”. Bia Kicis deu o exemplo da sessão que ouviu o ministro de Lula, Paulo Pimenta, suspeito de coordenar a milícia digital, e apontou: “toda vez que um deputado mostrava uma mentira que ele havia publicado, ele passava a agredir o parlamentar. Ele só fez isso: agredir parlamentar e mentir. Então, tudo isso tem que ser investigado a fundo”.
Bia Kicis disse: “Nós temos que parar com mais esse desvio de verba pública. E contamos com a imprensa, porque os senhores também estão sendo perseguidos, os senhores também serão calados. E nós continuaremos aqui lutando pela liberdade, liberdade de expressão e pela lisura de todo esse processo”.
Muitos jornalistas e veículos conservadores vêm sendo implacavelmente perseguidos, como é o caso da Folha Política. Nossa sede foi invadida e todos os nossos equipamentos foram apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. À época, o jornalista Alexandre Garcia assinalou que algo semelhante só havia ocorrido na ditadura Vargas, não havendo qualquer exemplo semelhante durante o tão falado regime militar. Mesmo em ditaduras consolidadas, não é comum que se apreendam todos os equipamentos, em claríssima violação a tratados internacionais como o Pacto de São José da Costa Rica.
Posteriormente, a Folha Política foi alvo do ministro Luís Felipe Salomão, que ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, para impedi-los de exercer suas atividades. Mais de 20 meses da renda dos veículos e comunicadores afetados seguem confiscados, enquanto o inquérito vai sendo transmitido de relator em relator.
Outros jornalistas e comunicadores foram presos sob alegações como a de sair do país sem saber que estavam sendo investigados. Um deles perdeu o movimento das pernas em um estranho acidente na cadeia, enquanto estava preso por crime de opinião. Ao conseguir refúgio em outro país, viu sua família ter suas contas bloqueadas para que não pudessem receber doações de pessoas que se sensibilizam com a situação de seus filhos. Vários pedem há anos que apenas devolvam seus equipamentos eletrônicos, inclusive com as memórias de entes queridos e da própria família. Outros buscaram refúgio em outros países e são considerados “foragidos” e são alvo de campanhas de difamação pela velha imprensa.
As medidas arbitrárias impostas aos jornalistas e comunicadores conservadores, por suas características processuais, violam diversos artigos da Constituição e também de tratados como a Declaração Universal de Direitos Humanos e o Pacto de São José da Costa Rica, que protegem a liberdade de expressão e vedam tribunais de exceção.
Os exemplos são muitos e a perseguição não cessa. Casas invadidas, redes bloqueadas, censura, bloqueio de contas, confisco de bens, cancelamento de passaporte, proibição de contato, entre outras. Nos inquéritos políticos conduzidos em cortes superiores, basta que parlamentares de extrema-esquerda apresentem “relatórios” ou “reportagens” produzidos por pessoas suspeitas e interessadas, acompanhados de listas de pessoas a serem perseguidas, para que essas pessoas sejam privadas de direitos fundamentais.
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