terça-feira, 11 de junho de 2024

‘É o povo pelo povo’: desembargador Sebastião Coelho convoca movimento e pede prisão de Moraes: ‘ele tem sangue em suas mãos, e ele sabe disso’


O desembargador aposentado Sebastião Coelho foi aclamado ao discursar para uma multidão na manifestação na avenida Paulista pelo impeachment de Lula e Alexandre de Moraes. O desembargador apontou que é preciso saber onde se quer chegar. Ele disse: “para nós chegarmos a algum lugar, nós temos que saber onde estamos. Tem que saber seu ponto de referência e onde você quer chegar. E onde nós queremos chegar? Nós queremos chegar no ‘fora, Alexandre de Moraes’ e no ‘fora, Lula’”. 

Sebastião Coelho lembrou que, em 2022, o Brasil teve “uma eleição absolutamente desigual”, lembrando: “o TSE deu tudo para um lado, que está no poder, e negou tudo para o lado que perdeu no segundo turno. Uma eleição absolutamente desigual”. Ele apontou que houve pessoas que se elegeram com o voto dos conservadores e mudaram de lado, e disse: “São esses deputados que se elegem com a palavra Deus, Pátria, Família e Liberdade, mas estão andando, amasiados, amancebados com o PT. Essa gente terá que ser varrida nas próximas eleições”.

O desembargador afirmou: “Esse movimento aqui hoje é um movimento vitorioso. Isso é só o começo. É o movimento da cidadania, é o povo pelo povo. O povo pelo povo!”. Sebastião Coelho agradeceu aos deputados que participaram e disse: “não vamos criticar quem não veio. Que eles venham na próxima manifestação”. 

Sebastião Coelho lembrou: “nós estamos aqui por causa da morte do Clezão, e de mais cinco outros brasileiros que morreram de tornozeleira eletrônica. Essa conta é de Alexandre de Moraes”. A multidão gritou “assassino”. O desembargador prosseguiu: “Alexandre de Moraes tem sangue em suas mãos. Pode ter um abraço amigo do Ministério Público, de governo, pode ter. Mas ele tem sangue em suas mãos, e ele sabe disso. Nós estamos aqui por todos esses mais de 2 mil presos, pessoas que tiveram que fugir do próprio país para fugir da tirania da suprema corte do nosso país. Nós estamos aqui por Daniel Silveira, nós estamos aqui por Filipe Martins. Estamos aqui por Filipe Martins, que está preso, sequestrado, sem ter cometido nenhum crime, por mero capricho desse ministro ditador, esse ditador que está levando nosso país para a beira do abismo”. 

O desembargador explicou: “Nós não podemos esquecer com quem nós estamos lidando. Nós estamos lidando com o governo do petrolão, do mensalão, que agora vai ser o governo do arrozão. Então, é ‘fora, Lula’”. O desembargador Sebastião Coelho lembrou que não faltam pessoas coniventes com os abusos que estão ocorrendo. Ele falou dos homens de paletó e gravata e de farda, em Brasília, chamando-os de “frouxos”, e disse: “Essas pessoas ficarão de forma negativa na História. Essas altas patentes, fardadas, que estão coniventes com o que está acontecendo, batendo continência e rindo para um governo da qualidade que nós já conhecemos. Pagarão o preço da história”.

Coelho questionou os cidadãos se querem que seus netos os questionem por sua omissão e disse: “não vamos passar como covardes para a História. Mas se os homens, por algum motivo, não conseguirem, (...) as mulheres do Brasil se levantarão!”. O desembargador convidou os militares da reserva, os servidores públicos, delegados federais e da polícia civil a se unirem ao povo. Dirigindo-se aos policiais federais, Coelho sugeriu: “restaurem sua credibilidade e venham conosco. Parem de cumprir ordens ilegais. Parem de cumprir ordens ilegais, e vamos chegar no momento. Tudo isso é para o Senado Federal cumprir seu papel. E temos ali senadores curvados a esse ser abominável que é Rodrigo Pacheco”. A multidão respondeu com gritos de “fora, Pacheco”. 

O desembargador disse: “esse é o primeiro movimento. Nenhuma fruta é colhida sem antes ter a semente. A semente tem que germinar, e a semente vai brotar, e a semente vai dar muitos frutos. Aqui está a liderança do Brasil. Você é a liderança, é a liderança da sua família, é a liderança da sua casa, é a liderança do seu país. Você pode ser liderado, mas seja você uma liderança. Você é a liderança. Vamos espalhar esse movimento pelo nosso Brasil”.

Sebastião Coelho reiterou que há muitas pessoas participando do sistema que mantém a tirania contra os brasileiros. Ele disse: “Eu não vou descansar um único dia da minha vida até eu ver Alexandre de Moraes perdendo esse cargo e sendo preso pelos crimes que ele já cometeu. Ele será o primeiro para puxar a fila, porque tem muitos ali que não honram o cargo que ocupam”. A multidão respondeu aos gritos de “justiça”, “liberdade” e “abaixo a ditadura”. 

Coelho explicou que o governo Lula vem centralizando o controle do dinheiro público e tenta controlar a mídia. Ele homenageou jornalistas e comunicadores independentes, dizendo: “se não fossem as vozes dessas pessoas, nós não saberíamos nada do que está acontecendo no nosso país, porque a imprensa oficial, que recebe as verbas do governo, jamais vão noticiar uma manifestação como esta. Vão dizer que tinha 20 pessoas”.

Sebastião Coelho disse: “A grande obra deste país começa aqui. Hoje começa a onda da transformação, hoje começa a luta real pela liberdade”. Ele pediu aos parlamentares que não virem as costas para o povo, e disse: “nós só vamos voltar ao poder com povo na rua. Povo em casa não muda nada. É povo na rua. É o começo. Se precisar, nós vamos fazer uma paralisação geral nesse país”. Ele convidou empresários do agronegócio, caminhoneiros, servidores públicos e cidadãos em geral, ponderando: “não pode exigir o sacrifício de apenas uma categoria”.

O desembargador foi muito aplaudido ao dizer: “Eu sei a que eu estou sujeito. Mas eu quero dizer para vocês: vocês sabem que o Alexandre de Moraes é atrevido. Ele é uma pessoa do mal, é um ser maligno, e é atrevido. Se ele tiver o atrevimento de me prender, em homenagem aos brasileiros que já estão presos, vocês não saiam da rua até ele cair e esse governo cair”. 

Sebastião Coelho concluiu dizendo: “nós somos um povo que temos valores inegociáveis. Nós não negociamos a nossa liberdade, nós não negociamos a nossa família, nós não negociamos a nossa pátria. Deus abençoe São Paulo, Deus abençoe o Brasil. Essa é a primeira de muitas outras. Fora Lula! Fora Moraes! Isso aqui é pela liberdade, isso aqui é por todos os presos”. O desembargador pediu ainda a anistia aos presos do 8 de janeiro, e a multidão respondeu aos gritos de “anistia já”. 

Muitos jornalistas e veículos conservadores vêm sendo implacavelmente perseguidos, como é o caso da Folha Política. Nossa sede foi invadida e todos os nossos equipamentos foram apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. À época, o jornalista Alexandre Garcia assinalou que algo semelhante só havia ocorrido na ditadura Vargas, não havendo qualquer exemplo semelhante durante o tão falado regime militar. Mesmo em ditaduras consolidadas, não é comum que se apreendam todos os equipamentos, em claríssima violação a tratados internacionais como o Pacto de São José da Costa Rica. 

Posteriormente, a Folha Política foi alvo do ministro Luís Felipe Salomão, que ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, para impedi-los de exercer suas atividades. Mais de 20 meses da renda dos veículos e comunicadores afetados seguem confiscados, enquanto o inquérito vai sendo transmitido de relator em relator. 

Outros jornalistas e comunicadores foram presos sob alegações como a de sair do país sem saber que estavam sendo investigados. Um deles perdeu o movimento das pernas em um estranho acidente na cadeia, enquanto estava preso por crime de opinião. Ao conseguir refúgio em outro país, viu sua família ter suas contas bloqueadas para que não pudessem receber doações de pessoas que se sensibilizam com a situação de seus filhos. Vários pedem há anos que apenas devolvam seus equipamentos eletrônicos, inclusive com as memórias de entes queridos e da própria família. Outros buscaram refúgio em outros países e são considerados “foragidos” e são alvo de campanhas de difamação pela velha imprensa. 

As medidas arbitrárias impostas aos jornalistas e comunicadores conservadores, por suas características processuais, violam diversos artigos da Constituição e também de tratados como a Declaração Universal de Direitos Humanos e o Pacto de São José da Costa Rica, que protegem a liberdade de expressão e vedam tribunais de exceção. 

Os exemplos são muitos e a perseguição não cessa. Casas invadidas, redes bloqueadas, censura, bloqueio de contas, confisco de bens, cancelamento de passaporte, proibição de contato, entre outras. Nos inquéritos políticos conduzidos em cortes superiores, basta que parlamentares de extrema-esquerda apresentem “relatórios” ou “reportagens” produzidos por pessoas suspeitas e interessadas, acompanhados de listas de pessoas a serem perseguidas, para que essas pessoas sejam privadas de direitos fundamentais. 

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