Durante seu programa Código-Fonte, o embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exteriores, comparou os rumos que estão sendo tomados pelo Brasil e pela Argentina e mostrou como as escolhas sendo feitas pelo Brasil sob o governo Lula estão chamando a atenção internacional, em especial dos Estados Unidos, pelo alinhamento com países totalitários.
O diplomata expôs: “nós temos no Brasil uma democracia simulada, ou seja, é um simulacro de democracia. É um palco onde instituições tirânicas, totalitárias, injustas, muitas vezes criminosas, se travestem, se vestem de democracia e representam, fingem, fazem, fingem com a voz que são democráticas, ou já nem fingem tanto. Na Argentina, não. Na Argentina, você tem uma preservação da realidade democrática, e isso é fundamental. Lá não existe, certamente não no mesmo grau do Brasil, esse mascaramento das instituições com a palavra democracia”.
O embaixador prosseguiu: “Você tem a descriminalização do crime, a descriminalização da corrupção; você tem basicamente dois tipos de empresas: as estatais e as outras que também são estatais, na prática”. Araújo disse: “Você tem essas empresas todas atuando na mão do Estado, na mão dos políticos, um pouco como é na China, onde todas as empresas são estatais, ou no nome ou na prática. Você tem então uma política onde não existe uma oposição, onde a oposição está praticamente toda ela cooptada, um oposição ao regime falando apenas de pacificação, falando de democracia pujante… Você tem um toma-lá-dá-cá que, no fundo, paralisa completamente a sociedade e absorve todas as forças da sociedade. E enquanto o Milei bate de frente com os totalitários do mundo, você tem o Brasil criando então amizades profundas com Irã, Rússia, Hamas, China”.
Araújo mencionou os contatos do comandante do Exército e do vice-presidente com a China, e ironizou uma declaração de Alckmin: “se você vê o que realmente está acontecendo, é óbvio que não é a China que está se aproximando dos valores do Brasil, como país de vocação democrática e ocidental. É o Brasil que está se aproximando da China, país totalitário comunista e que… tem apenas algumas grandes autoridades da China que já falaram da necessidade da China de controlar todas as terras agricultáveis do mundo para ter seu espaço vital para a própria população chinesa”.
Ernesto Araújo lembrou o papel do Supremo Tribunal Federal na “descriminalização do crime” e chamou a atenção para o impacto internacional dessas condutas. Ele disse: “você tem o Supremo acabando com a Lava Jato. Obviamente, isso está sendo visto pelo mundo, essas coisas começam a ser vistas pelo mundo. Elon Musk expondo as arbitrariedades cometidas pela justiça brasileira, isso também tem um impacto internacional”.
O diplomata explicou que essa percepção afasta investidores internacionais: “Você tem uma imensa insegurança jurídica. Isso está ficando claro: contratos que são mudados, impostos que eram devidos agora não são mais devidos. Se for amigo, se a sua empresa contratou a esposa de um ministro do Supremo, aquilo que você devia, não deve mais. Mas, se você não teve a sorte de conseguir um escritório de advocacia de algum parente de ministro do Supremo, a sua empresa, que achou que não devia mais um determinado imposto, agora deve esse imposto, com juros e correção monetária. Então, a situação jurídica, a justiça dos amigos…. Isso, o mundo do investimento internacional, sobretudo dos países livres capitalistas, não gosta. Não gosta de chegar lá e dizer ‘qual é o imposto que vai ter que pagar?’, e ouvir ‘Depende. Se você contratar um escritório de advocacia aqui, você não vai pagar nada. Se você contratar esse, aquele ou algum outro escritório de advocacia que não seja ligado às famílias do Supremo, você vai pagar um imposto muito alto’. Tem gente que vem, entra no jogo e contrata ali, mas a imensa maioria não gosta disso. Isso não é um país decente, não é um país com uma economia de mercado que sustente investimentos de alta monta como são necessários hoje no mundo. Então, isso começa a ter um impacto internacional”.
Ernesto Araújo reiterou o impacto internacional do alinhamento de Lula com países totalitários. Ele mencionou rumores de uma possível guerra e hipotetizou: “Se houver uma guerra mundial hoje, o Brasil vai ser uma base para os países totalitários na América do Sul. (...) Hoje, o Brasil todo, com seu litoral, sua posição estratégica, será utilizado certamente como base para as marinhas de guerra iraniana, russa, chinesa, numa grande guerra mundial. Pelo menos é a impressão que eu tenho. E o Brasil será também, nessa hipótese de um cenário de guerra mundial, o Brasil será o fornecedor de alimentos para os totalitários, principalmente para a China e para quem a China mandar”.
O diplomata comparou: “então… Milei indo para o lado da liberdade do indivíduo, o Brasil indo para o lado do estatismo, da corrupção, do roubo; Milei indo para o lado do Ocidente democrático, e o Brasil indo para o lado dos países totalitários”.
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