A deputada portuguesa Rita Maria Matias, que palestrou no CPAC, em Santa Catarina, fez chacota da cobertura da velha imprensa brasileira, publicando um link para uma matéria da revista Veja, intitulada ‘Deputada portuguesa de ultradireita puxa coro contra Lula na CPAC’, e dizendo: “Leiam a peça jornalística. Consegue ser mais engraçada e enviesada que as notícias portuguesas. E eu que achava que isso não era possível…”. Na matéria da revista, os jornalistas descrevem a deputada como participante de um partido de “extrema-direita” e a associam a Mussolini. A deputada disse ainda: “Lula da Silva representa o que há de pior na política. A corrupção instalada e a politização da justiça. Ao contrário dos governantes portugueses, não admiro minimamente este homem”.
Em seu discurso, Rita Maria Matias enfatizou os valores compartilhados pelos conservadores no Brasil e em Portugal, e afirmou que os brasileiros têm sido uma inspiração para os portugueses e para os europeus. Ela afirmou que a esquerda tenta destruir a irmandade entre os povos português e brasileiro. A deputada disse: “na Academia, começaram com teorias pós-coloniais e quiseram virar Portugal contra o Brasil e o Brasil contra Portugal. Mas aquilo que nos une é muito mais forte, e os conservadores sabem disso. Porque lá, há muitos séculos, quando os portugueses saíram em caravelas pelo mundo, e quando chegaram aqui, à Terra da Vera Cruz, e celebraram a missa, eles tinham como intenção espalhar a fé. E a fé sobrevive até hoje no Brasil. Então, é tempo do Brasil contagiar o mundo outra vez, contagiar Portugal, contagiar a Europa com esses valores cristãos, com esses valores conservadores, com esses valores da família”
Matias afirmou: “estou aqui para dizer que nós estamos juntos, que combatemos o mesmo combate. Temos um oceano que nos separa, mas muitas convicções que nos unem. Então, como deputada de Portugal, do partido Chega, o partido de André Ventura, queria mostrar o vídeo nº 1 para mostrar que sabemos o que vocês passam aqui e estamos juntos a trilhar o mesmo caminho convosco”.
O vídeo exibido mostrava o deputado André Ventura registrando um protesto contra a presença de Lula no Parlamento português, e também protestos nas ruas contra a presença de Lula. A deputada disse: “eu não sei o que vos passaram da visita de Lula a Portugal há um ano, que muito nos envergonhou, porque Lula da Silva representa aquilo que há de pior no Brasil e aquilo que há de pior em Portugal. Representa a esquerda bafienta e corrupta que se instalou no aparelho de Estado para servir os interesses pessoais e partidários, e não para servir os nossos povos. Então, não sei se Lula da Silva vos disse que foi bem recebido em Portugal, mas não foi. Tivemos milhares de portugueses e brasileiros nas ruas, a gritar “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão””. A platéia do CPAC aplaudiu e começou a gritar as mesmas palavras de ordem, e foi acompanhada pela deputada. Ela disse: “É o lugar de Lula e de José Sócrates, o parceiro de Lula, português, que nunca foi preso. Essa é a diferença, que em Portugal eles estão tão defendidos e protegidos pelo aparelho de estado que ficam anos e anos sem ser julgados e acabam por nunca ver uma condenação acontecer”.
A deputada relatou: “não foi só neste dia que estivemos ao lado dos brasileiros. Nós sabemos que a democracia no Brasil tem estado em causa. Nós sabemos que a Justiça está politizada e tenta combater, de forma imprópria, os políticos de direita, e também o dissemos na Assembleia da República, e dizemos sempre que podemos”. Rita Maria Matias mostrou um vídeo de um discurso em que denunciou a perseguição política no Brasil. No discurso, ela disse: “vou trazer um exemplo do Brasil. É que Elon Musk denunciou atentados à liberdade de expressão e perseguição política a deputados, ex-ministros e e cidadãos comuns de direita, que têm visto suas contas serem suspensas e bloqueadas, e até rede social pode ser banida no Brasil, por ordem de um juiz, amigo do Lula da Silva”. Ela ironizou a proximidade do primeiro-ministro português com Lula, e disse: “Aquilo que nós podemos deixar aos jovens, aos jovens que votaram na direita, é um legado de democracia e liberdade. E por isso lhe pergunto, senhor primeiro-ministro, de que lado vai se posicionar: do lado do totalitarismo ou do lado da liberdade?”.
Rita Maria Matias prosseguiu: “é verdade que combatemos a esquerda corrupta, mas a principal corrupção que nós combatemos, em Portugal e no Brasil, é a corrupção moral. É a corrupção dos valores, é a corrupção da nossa história, da nossa identidade, da nossa matriz cristã, que fundou a civilização do ocidente, de que nós temos que nos orgulhar, como portugueses e brasileiros. Trilhamos esse caminho juntos e precisamos, mais do que nunca, que o povo brasileiro, com o movimento conservador, seja essa inspiração”.
A deputada mencionou a “onda de políticos de direita que se levantam na Europa e na América Latina”. Ela disse: “Chegou o nosso tempo, chegou a nossa hora. E nós temos que estar preparados para dizer: a esquerda trilhou esse caminho de destruição há muito tempo”.
Ela explicou: “eles começaram nas academias e nas universidades. E foi nas universidades que começaram a pensar: como o comunismo, como o marxismo não singrou; como, quando o muro de Berlim se quebrou, toda a gente começou a fugir do comunismo; eles perceberam que precisavam adocicar o comunismo, torná-lo mais sexy e apetitoso. Então, começaram a criar várias categorias diferentes para passar essa mensagem de luta de classes”.
A deputada disse: “para quê? Para que nós fiquemos vazios, para que nós percamos toda a nossa identidade. O que é um homem sem Deus? Sem pátria? Sem família? Nada. É alguém pronto para ser capturado, para servir apenas o deus-estado, para amar apenas a pátria do estado, para ter apenas como família o estado. E nós não queremos isso. Nós queremos um estado mínimo que sirva apenas as necessidades concretas e necessárias do cidadão. Nós queremos continuar com nossas diferenças culturais, queremos continuar a ter a nossa família. Nós queremos continuar a saber que a vida humana é sagrada e por isso tem que ser protegida. Nós queremos continuar a ter orgulho daquilo que nós fizemos, da nossa civilização ocidental. Nós não temos que pedir desculpas por nada, nem como portugueses nem como brasileiros”.
Ela acrescentou: “na mentalidade do hoje, do aqui e do agora, nós temos que maximizar a nossa força. Temos que entender que a esquerda atua com a internacional socialista, que eles têm planos globais. E a resistência ao globalismo só se faz com conservadorismo, com a consciência de que somos, de fato, uma nação, ou várias nações que temem a Deus, que amam a família, e que sabem, acima de tudo, que o Estado não é a solução final para tudo. Que a nossa identidade não depende de nenhuma entidade terrena”.
A deputada concluiu: “como portuguesa, estou ao serviço do povo português, mas do povo brasileiro também, para maximizarmos as nossas forças, para combatermos a esquerda, o globalismo, as várias agendas que foram se infiltrando. (...) juntos, temos que continuar a caminhar para destruir toda essa esquerda, para acabar com toda essa força que foi montada para nos vergar. Mas nós fomos feitos para estar de pé e só nos ajoelhamos diante da Cruz”.
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