domingo, 21 de julho de 2024

Multidão se reúne para homenagem a Clezão, preso político de Moraes que morreu no cárcere: ‘pagou com sua vida a luta pela liberdade e pela justiça’


Centenas de pessoas participaram da cerimônia de inauguração da Avenida Clezão, em homenagem a Clériston Pereira da Cunha, preso político do ministro Alexandre de Moraes que morreu no cárcere, sob a custódia do Estado, porque o ministro não se dignou a analisar os pedidos de soltura que recebeu. Entre os participantes, estavam a viúva de Clezão, suas filhas órfãs, os deputados Bia Kicis, Marcel Van Hattem e Nikolas Pereira, e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. 

A deputada Bia Kicis disse: “Hoje foi a inauguração da Rua Clezão, aqui no Bairro 26 de setembro, no DF. Muita emoção nessa singela mas significativa homenagem a esse pai de família, marido, filho, trabalhador e cidadão que pagou com sua vida a luta pela liberdade e pela justiça. Clezão não será esquecido”.

O escritor Flávio Gordon respondeu: “Um registro importante para a memória. As vítimas do regime lulopetista não podem ser esquecidas”.

A vice-governadora do DF, Celina Leão, participou do ato e disse: “linda homenagem ao patriota”. 

Em seu discurso, Bia Kicis lembrou: “essa família, a Jane, a Luísa, a Klesia e outros parentes, a mãe Ana, tantas pessoas têm tido uma coragem ímpar de levar adiante essa causa de transformar uma dor, uma perda tão profunda e lastimável, e esse sofrimento transformar se numa causa, e uma causa pela justiça, uma causa pela liberdade”.

A deputada lembrou outros presos e perseguidos políticos e homenageou os advogados que defendem os presos políticos de Moraes, em especial os advogados da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (ASFAV). Bia disse: “eles aqui representam todos esses advogados que têm lutado por esses patriotas de forma incansável, feito denúncias. Inclusive nós estivemos três vezes esse ano fora do Brasil, levando essa denúncia de todas essas violações aos tribunais internacionais, ao Parlamento Europeu, nos Estados Unidos, também. E isso começa a dar frutos. É preciso que haja disciplina, que a gente busque todos os meios de ação para que a gente consiga ajudar a essas pessoas que hoje sofrem tantas injustiças”.

O pastor Salomão Carvalho disse: “Bem-vindos à Avenida Clezão, em Brasília, Distrito Federal. Este é apenas o começo! Tem mais 1.200 Avenidas para receberem os nomes dos presos políticos do regime comunista vigente no Brasil cristão conservador!” 

O deputado Marcel Van Hattem relatou: 

“Homenageamos em Brasília nesta noite de sábado Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, com a inauguração da placa que dá o seu nome à Avenida principal de seu bairro 26 de Setembro. Clezão faleceu na Papuda em novembro passado, vítima dos abusos de autoridade de Alexandre de Moraes.

Sua vida, porém, não foi e não será em vão: sua família está representando muito bem seu legado e defendendo justiça para todos os presos e perseguidos políticos no Brasil.

Estarei sempre ao lado de vocês, Jane, Luiza e Klesia! Vocês são guerreiras demais: após tudo que passaram, seguem lutando pelo nosso país. Exatamente como fazia Clezão! Isso me inspira, motiva e me faz ter a certeza de que venceremos!”

O desembargador aposentado Sebastião Coelho respondeu: “Homenagem merecida! Os culpados pela morte de CLESÃO pagarão! Deus tem o tempo certo para fazer justiça!”

O advogado Geraldo Barral ponderou: “Mas o que mais valia era sua vida, preciosa para ele e sua família. Infelizmente todos nós que de alguma forma estivemos tentando ajudar os presos pobres e inocentes fomos também perseguidos. Impedidos de atuar para eles porque a OAB além de não dar apoio ainda nos acusou de atos antidemocráticos, sabe-se lá por que interesse. Mas não há mal que aqui se faça que fique impune. Todos os que estão agindo errado pagarão caro por seus atos. Deus está acima de tudo. Quem crê, sabe. Eu creio!”

Mais de 2 mil pessoas foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a colaboração do Exército brasileiro, sem o menor respeito a direitos humanos ou ao devido processo legal. Centenas dessas pessoas passaram meses a fio presas, e só foram libertadas com “medidas cautelares” excessivas e arbitrárias, muito piores do que as que são aplicadas a pessoas condenadas por crimes graves. Milhares de famílias continuam sofrendo com as restrições a suas liberdades e seus patrimônios. Um dos presos políticos, Clériston Pereira da Cunha, morreu sob a custódia do Estado, enquanto um pedido de soltura formulado pela Procuradoria-Geral da República ficou meses aguardando que o ministro Alexandre de Moraes se dignasse a analisá-lo. Tudo sob o olhar complacente do Senado Federal. 

Enquanto cidadãos comuns ficam sujeitos a medidas abusivas, autoridades do governo Lula envolvidas nos fatos do dia 8 de janeiro seguem livres, leves e soltas. O general G. Dias, por exemplo, era o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, era responsável pela segurança do palácio do Planalto, e foi filmado no interior do palácio, interagindo com os invasores. Até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores. 

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 20 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. 

Sem a possibilidade de receber a renda de seu trabalho, o jornal corre o risco de fechar. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar, use o QR Code para a empresa Raposo Fernandes, ou use o código ajude@folhapolitica.org. Caso prefira, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.

Há mais de 10 anos, a Folha Política faz a cobertura da política brasileira, mostrando atos, pronunciamentos e eventos dos três poderes, quebrando a espiral do silêncio imposta pelo cartel de mídia que quer o monopólio da informação. Pix: ajude@folhapolitica.org

Todo o faturamento gerado pela Folha Política por mais de 20 meses está bloqueado por ordem do TSE. Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho. Doe por meio do PIX: ajude@folhapolitica.org
Depósitos / Transferências (Conta Bancária): 

Banco Inter (077)

Agência: 0001

Conta: 10134774-0

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09

-

Banco Itaú (341)

Agência: 1571

Conta: 10911-3

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09


Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário :

Postar um comentário