quarta-feira, 10 de julho de 2024

Sargento Fahur conclama à resistência contra a perseguição de Moraes: ‘são pessoas dentro das instituições, que são canalhas e precisam ser contidas’


O deputado Sargento Fahur se manifestou na coletiva de imprensa em que a esposa de Daniel Silveira leu uma carta do preso político aos parlamentares, conclamando-os a agirem para restaurar a democracia e aprovar imediatamente a anistia dos presos e perseguidos políticos do ministro Alexandre de Moraes, anulando os inquéritos políticos. 

Fahur disse: “Revoltado com o que o sistema fez com Daniel Silveira, assim como com o que o sistema está fazendo com Bolsonaro. O sistema tem atacado ferozmente a direita no Brasil”. Ele lembrou que o STF relativizou a imunidade parlamentar e contestou: “O mandato está intimamente ligado a qualquer deputado 24 horas por dia”. 

O deputado lembrou que, quando reagiu a um protesto em que esquerdistas estavam atacando parlamentares, foi perseguido, e comparou: “Aqueles que xingaram os deputados, atacaram os deputados, tranquilamente voltaram aos seus afazeres”. Ele constatou: “nós estamos perdendo nossa essência,a nossa força de representar o povo aqui dentro”. 

Sargento Fahur afirmou: “Daniel Silveira é um preso político, porque enfrentou o sistema, sem violência, sem agressão, sem o uso de armas. Enfrentou com a palavra, com a força do seu mandato de deputado federal, e protegido pelo artigo 53. E terminou preso. Eu terminei na corregedoria, bem menos gravoso. Mas todos que estão se manifestando, aqui, contra o sistema, de uma maneira ou de outra, estão sendo atacados e cerceados”.

O deputado mostrou o caráter político dos ataques e advertiu: “Esses ataques que Bolsonaro está sofrendo, em relação a essas jóias, é uma cortina de fumaça para que o governo Lula aprove, no Congresso Nacional, uma reforma tributária que vai onerar o povo brasileiro. É uma cortina de fumaça para o governo Lula, que prometeu picanha e está socando abóbora no povo brasileiro. Não caiam na falácia da esquerda!”. 

Sargento Fahur constatou: “Hoje nós vivemos a ditadura do judiciário. Não se pode falar nada, não se pode enfrentar o sistema, que a polícia federal bate à sua porta. E não é a instituição, não. A instituição Polícia Federal está acima de tudo isso, como todas as instituições do Brasil. São pessoas dentro dessas instituições, que são canalhas e precisam ser contidas. Alexandre de Moraes, nós não temos medo de você. Nós temos o manto da imunidade parlamentar para representar o povo. Força e honra! Glória a Deus nas alturas. Daniel Silveira, você me representa!”.

O deputado Daniel Silveira é um dos mais emblemáticos alvos da aberta perseguição política promovida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra seus adversários políticos. Mesmo em pleno exercício do mandato parlamentar, o deputado foi preso por palavras proferidas em vídeo, e permaneceu preso preventivamente  por mais de 7 meses. O deputado teve suas redes sociais bloqueadas e foi proibido de conceder entrevistas e participar de eventos públicos. Quando foi libertado, teve que utilizar uma tornozeleira eletrônica e só podia circular em Niterói e em Brasília. Seu patrimônio foi confiscado em multas sem previsão legal, e até seu salário foi diretamente confiscado, além de verbas relativas ao exercício do mandato. O deputado recebeu a graça presidencial após ser condenado, por suas palavras, a uma pena maior que a de muitos autores de crimes gravíssimos contra a vida. Mesmo após a graça, o ministro Alexandre de Moraes voltou a mandar prendê-lo e seguiu aplicando multas e punições ao deputado, chegando mesmo a bloquear contas de sua esposa e advogada. O STF cancelou o indulto presidencial concedido a Silveira, o condenou por suas palavras, e o mantém preso até hoje. 

O assédio ao deputado é parte de um assédio a um grupo de pessoas, tratadas como sub-humanos e cidadãos com menos direitos, por manifestarem suas opiniões livremente e por terem apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro. Medidas arbitrárias são tomadas contra essas pessoas, que têm seus direitos e garantias fundamentais desrespeitados. 

A Folha Política teve sua sede invadida e todos os seus equipamentos apreendidos, no âmbito de um inquérito do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que foi posteriormente arquivado por falta de indícios de crime. Posteriormente, a Folha Política teve toda a sua renda confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, com o apoio e o louvor dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Toda a renda de mais de 20 meses de trabalho do jornal está sendo retida sem justificativa jurídica. 

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