O deputado Sargento Gonçalves viajou do Rio Grande do Norte a São Paulo para participar da manifestação pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na avenida Paulista. O deputado lembrou, durante seu discurso, dos presos e perseguidos políticos do ministro Alexandre de Moraes.
A caminho da manifestação, o deputado, em vídeo, enfatizou a mobilização de pessoas em defesa da liberdade e do estado de direito. Ele disse: “essa luta de que eu tenho falado aqui não é uma coisa só de Brasil. Envolve vários países do mundo. E a gente vê como a esquerda é astuta, maliciosa, maligna. Acho que viram o que aconteceu ontem com o presidente Trump no comício, na Pensilvânia. É a mesma receita que eles utilizam, como utilizaram e tentam utilizar contra o presidente Bolsonaro - primeiro tentam cancelar, depois tentam prender, macular a imagem, a autoridade daquele líder político, e por último, quando não conseguem, tentam matar”.
Ao discursar a uma multidão na manifestação, Sargento Gonçalves disse: “nós não poderíamos esquecer do sangue do patriota Clezão; não poderíamos esquecer do herói Daniel Silveira, que está com a sua liberdade cerceada; não poderíamos esquecer do Kelvin”. O deputado se exaltou: “esse povo ainda tem a ousadia de dizer que não existe pena de morte no Brasil. Como é que não existe pena de morte? Kelvin morreu, Clezão morreu. Quantos outros morreram? Anônimos. Morreram no Brasil. Não podemos nos calar”.
Sargento Gonçalves afirmou “hoje, temos homens e mulheres de bem que pensam na nação brasileira ali no Congresso. Ainda não somos maioria, mas somos homens e mulheres de coragem, e não iremos arredar um pé sequer, na defesa do nosso bem mais precioso. (...) A liberdade é tão importante quanto a vida. E por isso que eu estou aqui hoje, lutando pela nossa liberdade. Lutando pela liberdade de minhas três filhas que eu deixei em casa”.
O deputado lembrou: “tem pessoas que estão numa situação muito mais difícil do que nós, e nesse momento precisam de você. São aqueles heróis que estão na Papuda, que estão nos presídios, presos injustamente. Naquela cadeira, tem que ter homens de bem, para defender a Constituição e não atacar a Constituição. Inimigo da Constituição é inimigo do Brasil. Deus salve o Brasil”. A multidão reagiu à menção do ministro Alexandre de Moraes gritando “assassino”.
Mais de 2 mil pessoas foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a colaboração do Exército brasileiro, sem o menor respeito a direitos humanos ou ao devido processo legal. Centenas dessas pessoas passaram meses a fio presas, e só foram libertadas com “medidas cautelares” excessivas e arbitrárias, muito piores do que as que são aplicadas a pessoas condenadas por crimes graves. Milhares de famílias continuam sofrendo com as restrições a suas liberdades e seus patrimônios. Um dos presos políticos, Clériston Pereira da Cunha, morreu sob a custódia do Estado, enquanto um pedido de soltura formulado pela Procuradoria-Geral da República ficou meses aguardando que o ministro Alexandre de Moraes se dignasse a analisá-lo. Tudo sob o olhar complacente do Senado Federal.
Enquanto cidadãos comuns ficam sujeitos a medidas abusivas, autoridades do governo Lula envolvidas nos fatos do dia 8 de janeiro seguem livres, leves e soltas. O general G. Dias, por exemplo, era o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, era responsável pela segurança do palácio do Planalto, e foi filmado no interior do palácio, interagindo com os invasores. Até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 20 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
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