O desembargador aposentado Sebastião Coelho, em pronunciamento ao vivo pelas redes sociais, analisou a censura imposta ao candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, mostrando que se trata de um dos casos do uso de “lawfare” que se tornou a norma contra conservadores no Brasil.
O desembargador mostrou que a Constituição Federal veda explicitamente a censura e apontou que, no caso da censura a Pablo Marçal, ela foi especialmente grave, por atingir a própria atividade profissional do candidato, indo muito além dos atos que constavam da denúncia feita pela deputada Tábata Amaral, e tirando do ar todas as páginas de Marçal.
Sebastião Coelho deu uma série de exemplos do uso de “lawfare” contra conservadores, como os casos do ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex-deputados Deltan Dallagnol e Delegado Fernando Francischini, e apontou que a questão da censura a Pablo Marçal em muito ultrapassa a disputa política pelo cargo de prefeito. O desembargador citou: “ele diz que para atingir esse objetivo, basta que haja um conflito - aí ele narra que pode ser político, geopolítico, político, comercial - ‘e pessoas do sistema de justiça e dos demais órgãos que aplicam o direito estejam dispostas a manipular as leis’. Lembra alguma coisa? ‘Estejam dispostas a manipular as leis e os procedimentos jurídicos para fins ilegítimos, com o auxílio de alguns recursos de persuasão’. Então você manipula a lei para fins ilegítimos e usa a persuasão através, por exemplo, de redes sociais ou até de mídia tradicional, se for o caso”.
O desembargador explicou como o caso da censura a Pablo Marçal é um dos exemplos de algo muito maior: “Não estamos tratando aqui da Prefeitura de São Paulo. Quem for o eleito para São Paulo, parabéns aos paulistas e vão tocar sua vida. Mas nós estamos tratando aqui de uma coisa maior, de liberdade”. Ele lembrou que a solução para o problema da perseguição política empreendida pelos tribunais superiores tem que vir do Congresso.
O desembargador ponderou que a solução deveria vir do Senado, mas o presidente daquela Casa, Rodrigo Pacheco, já se manifestou admitindo seu alinhamento e sinalizando que vai continuar protegendo a ditadura. Sebastião Coelho rebateu as declarações de Pacheco de que o impeachment do ministro “traria conturbação política”. Sebastião Coelho disse a Pacheco: “o que traz conturbação, senador, é a sua omissão, a sua fraqueza. Isso é que traz conturbação política e jurídica para o país”.
O desembargador comemorou os avanços ocorridos na CCJ da Câmara dos Deputados e disse: “a nossa liberdade passa pela legislação”. Ele disse: “nós temos que ter foco, e o foco é na alteração legislativa”. Coelho lembrou que o abaixo-assinado pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes já tem muito mais que um milhão de assinaturas, enquanto a petição de parlamentares tem apenas pouco mais de 130 assinaturas. Coelho conclamou: “vamos assinar, botar nossa assinatura nesse abaixo-assinado para entregar ao presidente do Senado e aos senhores senadores para retirar Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal”
Sebastião Coelho disse: “Alexandre de Moraes é um criminoso. Ministro, o senhor é um criminoso”. Coelho explicou que, em um país em que as instituições funcionassem, Alexandre de Moraes teria sido retirado do cargo imediatamente. O desembargador comparou: “O ministro está ali no Supremo, agindo como se nada estivesse acontecendo. E o Parlamento, também, parado. Veja essa petição, é uma vergonha ter só 130 e poucos deputados. Isso é uma vergonha! Os senhores, que se elegeram com as bandeiras de Deus, Pátria, família e Liberdade, que estão vendo a população brasileira massacrada por um fato mentiroso, e os senhores… só cento e poucos deputados assinaram essa proposta? Isso é uma vergonha para o Parlamento! Os eleitores, agora, nas eleições de outubro, têm que cobrar seus deputados: ‘o senhor assinou o manifesto? Não assinou?’”
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