domingo, 4 de agosto de 2024

Embaixador Ernesto Araújo aponta séria estratégia de China e Rússia na Venezuela e ‘tática podre’ de Lula


Durante transmissão do programa Agenda 20:30, o embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exteriores, comentou a repercussão internacional da “eleição” de Maduro, apontando que os governos da Rússia, China, Irã e Cuba reconheceram prontamente os “resultados” anunciados pela ditadura. 

O embaixador alertou: “através do Maduro, você tem duas superpotências totalitárias, agressivas, com plano hegemônico, instaladas no meio das Américas, fazendo fronteira com Brasil”. Ele questionou o que ocorreria se Maduro permitisse, por exemplo, a instalação de uma arma nuclear naquele local. 

O embaixador disse: “a gente está falando do eixo totalitário, mas até apontei para um outro problema, ontem: ONU. A ONU, o que está fazendo? Nada. Nada. Teria a responsabilidade de, inclusive defendendo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, fazer alguma coisa”. Araújo lembrou que a Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento mais fundamental do sistema multilateral da ONU. Ele lembrou que, enquanto a Carta das Nações Unidas é voltada aos Estados, a Declaração Universal dos Direitos Humanos diz respeito aos indivíduos. 

O embaixador citou: “Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, para que o ser humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão”. Ele explicou: “o indivíduo tem o direito, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão. Quando? Quando os direitos humanos não são protegidos pelo império da lei. Tem império da lei na Venezuela? Não. Não tem”

Ernesto Araújo disse: “todo mundo que assinou essa Declaração deveria apoiar o povo venezuelano agora, e todo mundo que fala de direitos humanos deveria ler isso aqui e apoiar o povo venezuelano agora”. O diplomata questionou: “a ONU não está fazendo nada. Esqueceram isso aqui. Por quê?”. Ele disse: “nada é dito na ONU, desde 1992, sobre democracia e liberdade. Nada é dito nem nada é feito. Ao contrário, se torna o lugar onde os grandes totalitarismos do mundo são cada vez mais influentes, mais respeitados, mais atuantes. China, Rússia, Irã, Cuba. Então a ONU se tornou uma casa dos totalitários.  Claro que não vai fazer nada contra a tirania da Venezuela, porque  não faz nada quanto a tirania da China, da Rússia, do Irã, etc.”

O diplomata explicou que, em paralelo com essa ONU dominada, existem outros órgãos do multilateralismo, como o Fórum de Davos, que agem em conjunto com os totalitarismos, promovendo o fim da liberdade humana individual.  Ele disse: “então, esse eixo totalitário inclui Davos, inclui o Fórum Econômico Mundial, que tem uma influência gigantesca no Ocidente. Os totalitários são os totalitários: a Rússia dominada pela máfia, pelo Putin, a máfia do Putin, e a China dominada pelo Partido Comunista Chinês, o Irã dominado pelos aiatolás sanguinários. E assim por diante. E o Ocidente? O Ocidente, dominado pelo fórum econômico mundial. A mentalidade dos governantes mundiais é baseada no Fórum Econômico Mundial e nesse tipo de mentalidade, onde não entra liberdade e democracia”.

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