sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Magno Malta rebate e desmonta Randolfe sobre Maduro e Venezuela: ‘sofre de amnésia? Pára de brincadeira, ninguém é idiota’


O senador Magno Malta respondeu a uma entrevista do senador Randolfe Rodrigues a um veículo da velha imprensa alinhada ao governo, em que Randolfe, surrealmente, tentava associar o ditador da Venezuela ao ex-presidente Jair Bolsonaro, apesar dos notórios laços de décadas do ditador com Lula e o Partido dos Trabalhadores. 

Magno Malta ironizou: “então quer dizer que agora Bolsonaro é a contraface do Maduro?”. Ele lembrou o episódio recente em que Maduro, mesmo com um mandado de prisão internacional, veio ao Brasil para a posse de Lula, quando teve uma recepção especial de Lula e foi saudado pelos comandantes das Forças Armadas brasileiras. Magno Malta disse: “E todos vocês estavam na posse, inclusive você, que agora é o líder do Lula”.

O senador mostrou um trecho da entrevista de Randolfe e disse: “é muita dissimulação, é muita irresponsabilidade, mas vocês acreditam em narrativa”. Malta citou o próprio Lula e disse: “você cria primeiro a narrativa, aí depois você pode dar o golpe que você quiser”.

Magno Malta se irritou: “Vocês são mestres em narrativa. A sua fala chega a ser infame, desleal contra as pessoas mais simples que, quem sabe, venham a acreditar nessa grosseria que você acaba de fazer. Eu ouvi alguém dizer que a Venezuela é o Brasil sem maquiagem. Que coisa mais verdadeira. Vocês sempre apoiaram Maduro, e sempre disseram que lá tem eleições limpas e que era uma democracia. O senhor esqueceu? Sofre de amnésia? Pára de brincadeira, ninguém é idiota”. 

O senador se exaltou: “ditador, criminoso, narcotraficante, que comanda um narco-país e oprime seu povo com mão de ferro. O banho de sangue está acontecendo. E esse cidadão, vocês sempre defenderam. Aliás, você sempre defendeu”. 

Na conjuntura jurídica atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos e sub-humanos, sendo perseguidas implacavelmente por medidas judiciais invasivas e arbitrárias, sem direito razoável ao contraditório e à ampla defesa, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, exposição indevida de dados, entre outras.  

O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a advertir, em um pronunciamento, para uma manifestação da subprocuradora Lindôra Araújo, da PGR - Procuradoria-Geral da República - que denunciou o uso da técnica da “fishing expedition” por parte do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A técnica é comum nos inquéritos conduzidos por Moraes contra adversários políticos, jornais independentes e cidadãos que se expressam de maneira crítica contra a conduta de ministros da Suprema Corte. Neste modus operandi, o investigador promove uma devassa em pessoas escolhidas por ele para procurar algum indício ou algum motivo para acusação, em contrariedade ao preconizado pelo Direito, que deveria investigar fatos. 

Em inquéritos conduzidos em cortes superiores, observa-se um procedimento característico: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos. As “matérias” e depoimentos de pessoas suspeitas são aceitas sem questionamento e servem de base para medidas cautelares contra as pessoas “marcadas”. Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira. Os inquéritos são mantidos abertos por tempo indeterminado para continuarem a produzir seus efeitos devastadores sobre as vidas dos investigados, que não têm meios para questionar as decisões. 

Em um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral, seguindo esse tipo de procedimento, o ministro Luís Felipe Salomão ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, inclusive a Folha Política. A decisão recebeu elogios dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin, e o inquérito passa de corregedor em corregedor, enquanto a renda do trabalho de famílias e empresas permanece confiscada sem base legal.  Após o ministro Luís Felipe Salomão, já foram relatores do inquérito os ministros Mauro Campbell Marques e Benedito Gonçalves, e o atual relator é o ministro Raul Araújo. 

A decisão não discrimina os conteúdos e atinge a totalidade da renda dos sites, com o objetivo de levar ao fechamento dos veículos por impossibilidade de gerar renda. Há mais de 32 meses, todos os nossos rendimentos são retidos sem base legal. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar a impedir o fechamento do jornal, doe qualquer valor através do Pix, utilizando o QR Code que está visível na tela ou o código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.

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