Durante transmissão ao vivo do deputado Tenente-Coronel Zucco, o deputado Giovani Cherini, presidente do PL no Rio Grande do Sul, e o deputado estadual Gustavo Victorino analisaram as ferramentas e mecanismos que a direita brasileira pode utilizar para enfrentar o sistema que vem promovendo a censura e a perseguição contra opositores do governo Lula.
Questionados sobre a iniciativa de parlamentares da oposição de propor e promover um boicote a candidatos do PSD nas eleições municipais, os deputados apoiaram a iniciativa. Gustavo Victorino apontou: “Vamos deixar bem claro: o PSD é o partido do Kassab. O Kassab não tem um partido político, tem um balcão de negócios”. Victorino explicou que os eleitores devem buscar candidatos que tenham posições firmes e não negociem seus posicionamentos. Ele disse: “lembre-se na próxima eleição: o sujeito que fica em cima do muro não presta. Tem que ser: “Olha, eu voto ou no Bolsonaro ou no Lula. Eu sou de direita, sou conservador, liberal ou a favor de esquerda, extrema esquerda, comunista, socialista ou ista desse”. O cara que fica. ‘Ah pois é, tem que ver de acordo com a circunstância’, esse é oportunista, esqueça. E o símbolo disso hoje é o Kassab, o 55, o Rodrigo Pacheco”.
O deputado Giovani Cherini alertou sobre a alegação de que ‘tanto faz’, que mascara exatamente o adesismo de quem só quer se aproximar do poder. Ele disse: “Nós tivemos assim muitos empresários, muitas pessoas grandes e fortes apoiando o Bolsonaro na época dos quatro anos de governo dele. Hoje a gente vê assim muito ‘tanto faz’, sabe? Por interesses. E o Bolsonaro quebrou isso. Ele quebrou essa história da mídia que recebe o dinheiro e fala bem de quem paga. Aí é a mídia, aí é o próprio STF, as indicações de ministros. E quem imaginava que o advogado do Lula viraria ministro do STF? Que um comunista viraria ministro do STF? A gente podia imaginar qualquer coisa nesse planeta Terra”.
Cherini prosseguiu: “Nós não podemos brigar na direita. A direita não pode ser desunida e ficar brigando por beleza, porque o tiro é bem no nosso coração, o dia inteiro. Em todo lugar. Você tem a mídia contra nós, você tem o STF contra nós”.
O deputado exemplificou com a disputa ao Senado em 2026. Ele disse: “um cálculo que eu faço, por exemplo, nós temos no Rio Grande do Sul, agora, a eleição de dois senadores. Um voto já é nosso, que é o voto do Luis Carlos Heinze. Então, nós não vamos mudar nada em Brasília se nós elegermos um senador. Nós vamos trabalhar para eleger dois”. Cherini expôs a necessidade de alianças para eleger dois conservadores e comparou: “o sistema já se organizou. Não sei se já percebeu, já tem uma decisão: o Eduardo Leite se acertou com o governo do PT. O Pimenta deve ser candidato a governador e o Eduardo Leite, candidato a senador. Então, o sistema se organiza. Então nós também temos que entender isso. E não adianta eleger um senador, não vai mudar nada o voto em Brasília para o impeachment do STF”.
A assessora Jessica Seferin, então, questionou os deputados sobre a iniciativa de parlamentares americanos para impor sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal, como o impedimento de entrada nos Estados Unidos ou deportação. Ela disse: “a censura no Brasil chegou a um ponto em que o mundo inteiro está acompanhando. (...) não tem mais como esconder o que está acontecendo aqui”.
Giovani Cherini lembrou as tentativas de aprovar o PL da Censura e os esforços da direita para impedir a aprovação dessa lei. Ele relatou: “o Arthur Lira queria muito votar o projeto da censura para regular as redes sociais. Agora, a pergunta era: quem vai ser a pessoa que vai dizer aquilo que é fake news, aquilo que não é? Vai ser o seu Alexandre de Moraes? E aí ele vai censurar quem? Somente quem é da direita? (...) Depois voltou de novo e, felizmente, nós não aprovamos. Mas aí o Alexandre de Moraes acabou fazendo, dentro do TSE, e essa censura está aí hoje, nas eleições municipais. É cheio de regras que não são leis, que o Parlamento não fez”.
O deputado elogiou as ações dos parlamentares americanos e de Elon Musk, dizendo: “são ações que vão quebrar um pouco esse sistema. Nós precisamos quebrar o sistema, e algum fato tem que ocorrer. É a quantidade de ação nossa que vai gerar qualidade. Eu não tenho dúvida de que, se eles ficarem sem passaporte para ir para os Estados Unidos, já é um cortezinho importante que eles vão ter na vida deles”.
O deputado Gustavo Victorino ironizou os setores da velha imprensa que fingem surpresa com a reação internacional. Ele disse: “essa gente, ninguém mais leva a sério. Aliás, a GloboNews caiu para terceiro lugar em audiência, está caindo para quarto. Ninguém mais leva a sério. Virou uma agência de propaganda do governo. Então, comentaristas patéticos dizendo bobagem o dia inteiro. Então, as pessoas estão se mostrando surpresas, mas esse mecanismo já existe no governo dos Estados Unidos. São várias autoridades de vários países que tiveram seus vistos cassados. Muita gente é proibida de entrar nos Estados Unidos”.
Victorino lembrou que as sanções propostas não visam exclusivamente o ministro Alexandre de Moraes, e sim autoridades estrangeiras que violam direitos fundamentais. Ele disse: “tem várias autoridades de países da Ásia, da África que não podem entrar nos Estados Unidos, que são pessoas que atentam contra as liberdades. Então, o que os parlamentares estão pedindo não é apenas o Alexandre de Moraes. Pode se estender para outras autoridades brasileiras e não apenas - olhem bem -, não apenas da Suprema Corte. Tem mais gente que pode ter visto cassado. Então, essa atitude não é nenhuma novidade para os americanos. Eles têm, desde que bem fundamentado, eles têm o direito de cassar o visto e proibir a entrada de muita gente lá. Eu acho que, se isso avançar, e se os americanos levarem isso a sério, muita gente aqui vai perder o visto”.
Gustavo Victorino ponderou que será mais fácil obter essas sanções caso Donald Trump seja eleito, e disse: “Então é hora da gente ter ações, atitudes, contar com ações e atitudes de outras pessoas, de outros países, mas é preciso sempre denunciar. Não dá para a gente se calar”.
Todo o faturamento gerado pela Folha Política por mais de 20 meses está bloqueado por ordem do TSE. Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho. Doe por meio do PIX: ajude@folhapolitica.org
Depósitos / Transferências (Conta Bancária):
Banco Inter (077)
Agência: 0001
Conta: 10134774-0
Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)
CNPJ 20.010.215/0001-09
-
Banco Itaú (341)
Agência: 1571
Conta: 10911-3
Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)
CNPJ 20.010.215/0001-09