O jurista Ives Gandra Martins, em pronunciamento pelas redes sociais, comemorou as declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, que afirmou que o fim dos inquéritos políticos do ministro Alexandre de Moraes, em especial do inquérito das fake news, pode estar próximo. O jurista ponderou que não há qualquer indício de que o ministro Alexandre de Moraes tenha a intenção de parar, mas apontou que, por vir do presidente do Supremo, a declaração pode indicar que há esforços nesse sentido naquela corte. O jurista apontou que até mesmo a velha imprensa, aliada de primeira hora dos inquéritos de Moraes, começa a fazer críticas, e isso respinga na imagem da Corte.
Ives Gandra Martins disse: “o inquérito fake news é algo que me impressiona muito. Por quê? Porque de rigor, pela Constituição, no Artigo 129, quem tem competência privativa é o Ministério Público. E já houve pedido do Ministério Público para o encerramento do inquérito fake news. A ação penal é de competência exclusiva do Ministério Público”.
O jurista resumiu o significado do inquérito: “É o buraco negro do Poder Judiciário”. Ele explicou: “a impressão que se tem inquérito fake news é que é um buraco negro judicial. O juiz natural deixa de existir, levado para o buraco negro do inquérito fake news. As investigações que deveriam ser feitas são definidas pelo inquérito fake news. A acusação deixa de ser do Ministério Público, ela é apresentada pelo buraco negro da fake news. Os advogados têm dificuldade de acesso àquilo que representa um direito maior da Constituição, da ampla defesa administrativa e judicial, que deixa de existir. É um buraco negro. Vai atraindo tudo, vai atraindo. A essa altura, o tamanho de tudo que entrou no buraco negro do fake news, atraído por essa investigação que não termina, forma algo de que eu só posso ter uma definição: o inquérito fake news é o buraco negro do processo judicial: é aquilo que atrai tudo e elimina o juiz natural, elimina as instâncias, elimina o direito de defesa, elimina a investigação pelos investigadores, a acusação pelo ministério público. Tudo vai sendo absorvido nesse inquérito em que grande parte do que lá está não tem nada a ver com fake news”.
Ives Gandra Martins prosseguiu apontando que todos desejam que o país volte a ter segurança jurídica e disse: “razão pela qual eu cumprimento o ministro Barroso se ele, como presidente do Supremo, conseguir levar o Supremo a encerrar definitivamente esse inquérito sem fim, denominado por meu amigo Marco Aurélio Mello o inquérito do fim do mundo, que eu prefiro chamar de buraco negro do direito processual penal”.
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