segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Sargento Gonçalves manda recado para Moraes e Pacheco em manifestação pelo impeachment e afirma: ‘mais cedo ou mais tarde, iremos vencer’


O deputado Sargento Gonçalves, ao participar da manifestação pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em Belo Horizonte, mandou um recado ao ministro e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O deputado citou a Bíblia: “antes que houvesse dia, Eu sou; e ninguém há que possa escapar das minhas mãos; operando Eu, quem impedirá?”. Sargento Gonçalves afirmou que, ainda que não seja pelo impeachment, Alexandre de Moraes irá perder seu cargo, e disse: “E quem diz não sou eu.  É o Deus Todo-poderoso, é o Deus dessa nação”. 

O deputado disse: “Eu não estou aqui fazendo favor pra nação, não. Eu estou aqui pelas minhas três filhas que eu deixei em casa. Pelos nossos filhos. Qual é o futuro que nós vamos deixar pra eles? Eu quero deixar liberdade para as minhas filhas”.

Sargento Gonçalves relatou: “passei 20 anos em uma guarnição de polícia, combatendo o crime, colocando o meu bem mais precioso em jogo, que é a vida. Deus não me levou ao Congresso Nacional para eu me acovardar. E eu não vou me acovardar. E essa semana, Deus me disse: “meu filho, nunca desista das promessas que você fez. E a promessa que eu fiz quando ocupei uma cadeira na Câmara Federal, era que eu não ia desistir do meu Brasil, eu não ia desistir da nossa liberdade. Povo brasileiro, não desistam. Não desistam do Brasil”. 

O deputado ponderou que ainda não há maioria, mas há mais de 100 deputados que lutam bravamente pela liberdade. Sargento Gonçalves disse: “e uma hora, mais cedo ou mais tarde, nós iremos vencer. Para a glória de Deus e para a alegria do povo brasileiro. Vamos à luta. Impeachment do ministro Alexandre de Moraes” 

Dirigindo-se ao senador Rodrigo Pacheco, o deputado disse: “honre as calças que você veste; paute o impeachment do Alexandre de Moraes. O povo brasileiro pede. Não é por mim, não é pelos deputados, pelos senadores, mas é pelo povo brasileiro”. 

Sargento Gonçalves mencionou a campanha proposta por Nikolas Ferreira para que os cidadãos não votem em candidatos do PSD, partido de Pacheco, e lembrou que, em seu estado, dois dos três senadores já se posicionaram, mas há uma que continua se omitindo, e que é do partido de Rodrigo Pacheco. Dirigindo-se à senadora, o deputado pediu: “honre os votos que a senhora teve no Rio Grande do Norte. Defenda a liberdade do povo potiguar. Diga sim ao impeachment de Alexandre de Moraes, sim à democracia, sim à liberdade, e não à ditadura da toga. Vamos à luta!”

Apesar de alguns senadores agirem no limite de seus poderes para frear os atos autoritários de ministros das cortes superiores, a Casa legislativa, como um todo, permanece cega, surda e muda, indiferente aos ataques à democracia, graças ao seu presidente, Rodrigo Pacheco, que engaveta todos os pedidos de impeachment de ministros de cortes superiores que chegam às suas mãos. 

Os senadores há muito tempo têm conhecimento dos inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, utilizando delegados da polícia federal escolhidos a dedo para promover uma imensa operação de “fishing expedition” contra seus adversários políticos. O desrespeito ao devido processo legal e a violação ao sistema acusatório são marcas dos inquéritos políticos conduzidos pelo ministro e já foram denunciados pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge, que promoveu o arquivamento do inquérito das Fake News, também conhecido como “Inquérito do Fim do Mundo”, e também por inúmeros juristas, inclusive em livros como “Inquérito do fim do Mundo”, “Sereis como Deuses”, e no mais recente “Suprema desordem: Juristocracia e Estado de Exceção no Brasil”. O ministro Alexandre de Moraes também já foi chamado de “xerife” pelo então colega Marco Aurélio Mello pelos excessos cometidos em seus inquéritos. Na imprensa internacional, as denúncias vêm se avolumando. O ministro Kássio Nunes Marques consignou, em voto, as violações de direitos humanos nas prisões em massa ordenadas por Moraes. Apesar das constantes denúncias, o Senado brasileiro segue inerte. 

Os senadores sabem sobre os jornais que foram “estourados” e tiveram todos os seus equipamentos apreendidos, e sabem sobre os jornalistas perseguidos, presos e exilados. Os senadores não apenas foram informados sobre a invasão de residências de cidadãos e apreensão de bens, mas também viram, sem qualquer reação, operações contra seus próprios membros, o senador Arolde de Oliveira e o senador Marcos do Val. Os senadores sabem que muitos meios de comunicação vêm sendo censurados há muito tempo. Os senadores souberam sobre a prisão do deputado Daniel Silveira, em pleno exercício do mandato, por palavras em um vídeo. Os senadores sabem que o ex-deputado voltou a ser preso, por supostas violações a medidas cautelares que foram impostas em um processo que tinha sido extinto pela graça presidencial. Os senadores sabem que a graça presidencial, constitucional, foi cancelada. Os senadores foram informados sobre a perseguição a jornalistas, que são censurados, impedidos de exercerem sua profissão, e têm bens e redes sociais bloqueados. Os senadores sabem que ativistas passaram um ano em prisão domiciliar, sem sequer denúncia, obrigados a permanecer em Brasília, mesmo morando em outros estados. Os senadores sabem das violações a prerrogativas de advogados. Os senadores sabem sobre a prisão de Roberto Jefferson,  presidente de um partido, e sua destituição do cargo a mando de Moraes. Os senadores sabem da censura a parlamentares. Os senadores sabem que jornais, sites e canais conservadores têm sua renda confiscada há dois anos. Os senadores sabem sobre as prisões em massa sem individualização de condutas, sob acusações descabidas. Os senadores sabem sobre as multas estratosféricas e confiscos de propriedade. Os senadores sabem que crianças ficam presas com seus pais, sem meios de sustento, em “cautelares” sem prazo para acabar. Os senadores sabem que Clériston Pereira da Cunha morreu no cárcere, com um pedido de soltura aguardando que o ministro se dignasse a apreciar. Os senadores sabem que outras pessoas presas injustamente só foram soltas após a morte do preso político no cárcere. Os senadores conhecem muitos outros fatos.  Mesmo assim, todos os pedidos de impeachment, projetos de lei, e requerimentos de CPI seguem enchendo as gavetas do sr. Rodrigo Pacheco. 

Há mais de cinco anos, o ministro Alexandre de Moraes conduz, em segredo de justiça, inquéritos políticos direcionados a seus adversários políticos. Em uma espécie de “parceria” com a velha imprensa, “matérias”, “reportagens” e “relatórios” são admitidos como provas, sem questionamento, substituindo a ação do Ministério Público e substituindo os próprios fatos, e servem como base para medidas abusivas, que incluem prisões políticas, buscas e apreensões, bloqueio de contas, censura de veículos de imprensa, censura de cidadãos e parlamentares, bloqueio de redes sociais, entre muitas outras medidas cautelares inventadas pelo ministro, sem qualquer chance de defesa ou acesso ao devido processo legal. 

O mesmo procedimento de aceitar depoimentos de testemunhas suspeitas e interessadas, e tomar suas palavras como verdadeiras, se repete em diversos inquéritos nas Cortes superiores. A Folha Política já teve sua sede invadida e todos os seus equipamentos apreendidos a mando do ministro Alexandre de Moraes. A renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, com o aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Todos os rendimentos de mais de 20 meses de trabalho de jornais, sites e canais conservadores são retidos sem qualquer base legal.  

Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar a impedir o fechamento do jornal, doe qualquer valor através do Pix, utilizando o QR Code que está visível na tela, ou o código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.

Há mais de 10 anos, a Folha Política vem fazendo a cobertura da política brasileira, quebrando a espiral do silêncio imposta pelo cartel midiático que quer calar vozes conservadoras. Pix: ajude@folhapolitica.org

Todo o faturamento gerado pela Folha Política por mais de 20 meses está bloqueado por ordem do TSE. Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho. Doe por meio do PIX: ajude@folhapolitica.org

Depósitos / Transferências (Conta Bancária): 

Banco Inter (077)

Agência: 0001

Conta: 10134774-0

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09

-

Banco Itaú (341)

Agência: 1571

Conta: 10911-3

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09


Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário :

Postar um comentário