sábado, 7 de setembro de 2024

Van Hattem discursa para multidão na Paulista no 7 de Setembro, exige impeachment de Moraes e cidadãos respondem: ‘fora, Pacheco’


O deputado federal Marcel Van Hattem foi intensamente aplaudido ao discursar na avenida Paulista, na manifestação do 7 de setembro que pede o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O deputado comemorou a presença do jornalista Michael Shellenberger, responsável pelos chamados Twitter Files - Brasil, que expuseram ao mundo as arbitrariedades do ministro em seus inquéritos políticos. 

O deputado apontou: “Twitter Files - foi onde começou. Antes de chegarmos a este 7 de setembro, vimos, lá no mês de abril, uma revelação para o mundo. Mas nós, brasileiros, já sabíamos. O mundo ficou sabendo que Alexandre de Moraes é um ditador. Alexandre de Moraes é um tirano. E, mais do que um ditador e um tirano, e justamente por causa disso, Alexandre de Moraes é um covarde. Ao perseguir brasileiros em processos secretos, clandestinos, sem dar direito à defesa, sem permitir que se constituam advogados, sem permitir que sequer se saiba por que estão sendo processados, perseguidos, e até presos, Alexandre de Moraes demonstra que não é ‘Xandão’ coisa nenhuma. É ‘Xandinho’! É pequeno! É minúsculo”.

Van Hattem comparou com o povo que foi às ruas mesmo em meio à perseguição política aberta, dizendo: “é o povo que não tem covardia em seu sangue, não .É um povo corajoso!”. O deputado lembrou o bloqueio à rede social X, com a ameaça a todos os brasileiros caso tentem acessar a rede. 

O deputado disse: “conseguiram nos calar por um tempo, mas não conseguem perseguir milhões de brasileiros ao mesmo tempo”. Ele prosseguiu: “por isso, caros amigos, agora é hora de trabalho para que o cidadão que é capacho do ditador, Rodrigo Capacheco - covarde, também  - abra o processo de impeachment que o povo brasileiro exige, de Alexandre de Moraes e dos demais ministros do Supremo Tribunal Federal”. 

Dirigindo-se ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ele disse: “hoje estamos aqui na Paulista. Hoje há manifestações em todo o Brasil. Hoje há cartazes aqui pedindo que o senhor aja. Na segunda-feira, entregaremos ao senhor o pedido de impeachment”. Van Hattem prosseguiu: “estaremos, logo mais, não mais na Paulista e no resto do Brasil, mas todos nós, em Belo Horizonte, no seu município, para exigir dos senadores o impeachment já. Fora, Alexandre de Moraes”. A multidão respondeu aos gritos de ‘fora, Pacheco’

Muitos jornalistas e veículos conservadores vêm sendo implacavelmente perseguidos, como é o caso da Folha Política. Nossa sede foi invadida e todos os nossos equipamentos foram apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. À época, o jornalista Alexandre Garcia assinalou que algo semelhante só havia ocorrido na ditadura Vargas, não havendo qualquer exemplo semelhante durante o tão falado regime militar. Mesmo em ditaduras consolidadas, não é comum que se apreendam todos os equipamentos, em claríssima violação a tratados internacionais como o Pacto de São José da Costa Rica. 

Posteriormente, a Folha Política foi alvo do ministro Luís Felipe Salomão, que ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, para impedi-los de exercer suas atividades. Mais de 20 meses da renda dos veículos e comunicadores afetados seguem confiscados, enquanto o inquérito vai sendo transmitido de relator em relator. 

Outros jornalistas e comunicadores foram presos sob alegações como a de sair do país sem saber que estavam sendo investigados. Um deles perdeu o movimento das pernas em um estranho acidente na cadeia, enquanto estava preso por crime de opinião. Ao conseguir refúgio em outro país, viu sua família ter suas contas bloqueadas para que não pudessem receber doações de pessoas que se sensibilizam com a situação de seus filhos. Vários pedem há anos que apenas devolvam seus equipamentos eletrônicos, inclusive com as memórias de entes queridos e da própria família. Outros buscaram refúgio em outros países e são considerados “foragidos” e são alvo de campanhas de difamação pela velha imprensa. 

As medidas arbitrárias impostas aos jornalistas e comunicadores conservadores, por suas características processuais, violam diversos artigos da Constituição e também de tratados como a Declaração Universal de Direitos Humanos e o Pacto de São José da Costa Rica, que protegem a liberdade de expressão e vedam tribunais de exceção. 

Os exemplos são muitos e a perseguição não cessa. Casas invadidas, redes bloqueadas, censura, bloqueio de contas, confisco de bens, cancelamento de passaporte, proibição de contato, entre outras. Nos inquéritos políticos conduzidos em cortes superiores, basta que parlamentares de extrema-esquerda apresentem “relatórios” ou “reportagens” produzidos por pessoas suspeitas e interessadas, acompanhados de listas de pessoas a serem perseguidas, para que essas pessoas sejam privadas de direitos fundamentais. 

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