Da tribuna, o deputado Luiz Lima reprovou duramente a inatividade do Congresso Nacional, que praticamente paralisou suas atividades para que os parlamentares participassem das campanhas eleitorais para as eleições municipais. O deputado apontou: “Não é desculpa termos segundo turno em poucas capitais do nosso Brasil e paralisarmos uma das atividades mais importantes da política nacional, se não a mais importante, a atuação da Câmara dos Deputados para legislar, para criar, alterar, revogar leis, discutir nas Comissões o andamento do anseio da própria sociedade brasileira”.
Luiz Lima mencionou o escândalo dos transplantes de órgãos infectados, e relatou que há crianças que tiveram sua quimioterapia suspensa por falta de recursos. O deputado observou que o Supremo Tribunal Federal, que durante a gestão Bolsonaro se pronunciava diariamente e interferia constantemente no governo, agora permanece calado.
O deputado disse: “Então, tivemos uma semana onde, infelizmente, o STF não se pronunciou. O STF ficou em silêncio, em relação a crianças com quimioterapia interrompida. O STF fica em silêncio, quando brasileiros transplantados recebem órgãos infectados com HIV. O STF que quer se transformar em agente político fica em silêncio nesses momentos; mas vai implicar com a rede social X, com o Elon Musk, uma das pessoas mais inovadoras da nossa época, que decola um foguete e faz com que ele retorne à base de ré”.
Luiz Lima expôs o absurdo da situação: “O STF está preocupado com o Elon Musk e com a rede social X, enquanto as nossas crianças não têm quimioterapia e os brasileiros recebem órgãos transplantados com o vírus do HIV”. Ele fez um apelo aos colegas legisladores para que se levantem e assumam suas responsabilidades: “É lamentável que estejamos sem direção, sem rumo. E eu clamo aqui para que os brasileiros e nós mesmos aqui da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ponhamos a mão na consciência. Sabemos que o poder está conosco, nós que não queremos exercer — nós, não, a maioria. Muitos aqui querem exercer. Que coloquemos a mão na consciência e que possamos direcionar a política nacional para o sentido correto”.
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