Durante transmissão ao vivo do deputado Tenente-Coronel Zucco, o deputado estadual Gustavo Victorino enumerou alguns dos problemas enfrentados pelos conservadores na conjuntura atual do Brasil. Ele disse: “Lula é só parte do nosso problema. Nós temos um problema estrutural muito complicado. As palavras são do Gilmar Mendes: Lula deve sua eleição ao STF. Não sou eu que estou dizendo, foi o Gilmar Mendes que disse. A esquerda tem aquela estratégia: acuse-os daquilo que você faz, que, se você acusar primeiro, eles serão os culpados. É o que a esquerda faz. Os verdadeiros fascistas, nós sabemos quem são; os verdadeiros nazistas, nós sabemos quem são; os verdadeiros totalitários, nós sabemos quem são. Mas eles acusam o outro lado de forma quase que lúdica, pegando uma tecla do piano tocando a mesma nota o tempo todo. Falta argumento, falta conteúdo, falta tudo”.
O deputado apontou: “E hoje a gente vê o Brasil sendo destruído. Olha o que fizeram com o IBGE: hoje ninguém mais leva a sério os números do IBGE”. Victorino alertou: “simplesmente, o presidente não vai conseguir mudar o que nós estamos vivendo hoje. Nós precisamos de um senado forte, para que possamos atuar em relação ao que o STF está fazendo com o Brasil. Nós precisamos de instituições fortes que possam agir contra os veículos de comunicação. Porque nós temos veículos de comunicação que são hoje órgãos do governo. A rede Globo é órgão do governo, hoje”.
Gustavo Victorino lembrou escândalos protagonizados por ministros do Supremo e outros caciques políticos e lamentou: “perderam a ética, perderam a moral, perderam o respeito. (...) a vergonha na cara se foi. Não tem mais limite, não tem mais pudor, porque não tem contrapeso. Infelizmente. Eu vou continuar lutando. Desistir não é a nossa tradição. A direita, os conservadores, os liberais não podem desistir, mas a gente tem que entender que nós temos uma luta muito árdua”. O deputado relatou que, quando recebe reclamações de empresários, questiona: “o senhor tem comercial na emissora tal, o senhor está patrocinando o jornalista tal. Aí o senhor vem reclamar para mim?”
Muitos jornalistas e veículos conservadores vêm sendo implacavelmente perseguidos, como é o caso da Folha Política. Nossa sede foi invadida e todos os nossos equipamentos foram apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. À época, o jornalista Alexandre Garcia assinalou que algo semelhante só havia ocorrido na ditadura Vargas, não havendo qualquer exemplo semelhante durante o tão falado regime militar. Mesmo em ditaduras consolidadas, não é comum que se apreendam todos os equipamentos, em claríssima violação a tratados internacionais como o Pacto de São José da Costa Rica.
Posteriormente, a Folha Política foi alvo do ministro Luís Felipe Salomão, que ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, para impedi-los de exercer suas atividades. Mais de 20 meses da renda dos veículos e comunicadores afetados seguem confiscados, enquanto o inquérito vai sendo transmitido de relator em relator.
Outros jornalistas e comunicadores foram presos sob alegações como a de sair do país sem saber que estavam sendo investigados. Um deles perdeu o movimento das pernas em um estranho acidente na cadeia, enquanto estava preso por crime de opinião. Ao conseguir refúgio em outro país, viu sua família ter suas contas bloqueadas para que não pudessem receber doações de pessoas que se sensibilizam com a situação de seus filhos. Vários pedem há anos que apenas devolvam seus equipamentos eletrônicos, inclusive com as memórias de entes queridos e da própria família. Outros buscaram refúgio em outros países e são considerados “foragidos” e são alvo de campanhas de difamação pela velha imprensa.
As medidas arbitrárias impostas aos jornalistas e comunicadores conservadores, por suas características processuais, violam diversos artigos da Constituição e também de tratados como a Declaração Universal de Direitos Humanos e o Pacto de São José da Costa Rica, que protegem a liberdade de expressão e vedam tribunais de exceção.
Os exemplos são muitos e a perseguição não cessa. Casas invadidas, redes bloqueadas, censura, bloqueio de contas, confisco de bens, cancelamento de passaporte, proibição de contato, entre outras. Nos inquéritos políticos conduzidos em cortes superiores, basta que parlamentares de extrema-esquerda apresentem “relatórios” ou “reportagens” produzidos por pessoas suspeitas e interessadas, acompanhados de listas de pessoas a serem perseguidas, para que essas pessoas sejam privadas de direitos fundamentais.
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