quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Ex-deputado Douglas Garcia denuncia perseguição a bispo que abriu o jogo sobre Moraes e Lula e reage: ‘Ninguém deve ser perseguido por dizer a verdade’


O ex-deputado estadual Douglas Garcia revelou que o bispo da Diocese de Formosa, Dom Adair José Guimarães, tornou-se alvo de ataques após defender os presos e perseguidos políticos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Douglas Garcia resumiu: “o Bispo Dom Adair José Guimarães sofre ataques por parte da esquerda por dizer a verdade durante a homilia: QUANDO O ÍMPIO GOVERNA, O POVO GEME”. 

No sermão, o bispo mencionou o trecho bíblico que diz que “quando o ímpio governa, o povo geme”, e prosseguiu: “e nós estamos sendo governados por ímpios”. Dom Adair afirmou: “Nós somos um país mergulhado numa ditadura onde não se tem mais liberdade, onde nós temos milhares de pessoas sofrendo com processos sem direito do contraditório”. O bispo questionou: “Como pode uma mãe, por causa de um batom, pegar 17 anos tendo seus dois filhos pequenos e não podendo ficar nem presa em casa para cuidar dos filhos? Mas a esposa do corrupto do Rio de Janeiro, ele que pegou 400 e tantos anos de cadeia, já está solto, e ela que pegou mais de 80 e já está solta por causa dos filhos. Esses têm direitos”. 

O bispo apontou: “hoje, no Brasil, é beneficiado quem é do lado estranho, mas quem defende família, quem defende liberdade, quem defende a religião, a fé, quem defende a propriedade privada, parece que não tem mais direito”. Ele lembrou: “nós temos presos políticos, nós temos exilados políticos, nós temos pessoas com suas mídias cassadas. Isso não é próprio de uma democracia”.

Douglas Garcia afirmou: “Um bando de nojentos está pedindo a cabeça de um bispo porque ele falou a verdade contra o governo Lula durante a homilia, e também se posicionou contra as prisões políticas, a ditadura que foi estabelecida no nosso Brasil”.

O ex-deputado disse: “o bispo Dom Adair José Guimarães precisa do nosso apoio. Sacerdote nenhum deve ser perseguido por dizer a verdade. A Igreja deve orientar, sim, os cristãos contra as políticas anticristãs. E esse governo abortista, criminoso, que engana os pobres e ditatorial, tem que ser exposto sim”.

Garcia afirmou que reza para que outros bispos também tenham a mesma coragem e se posicionem em defesa do cristianismo e contra o governo Lula. Ele disse: “esse governo odeia os cristãos. Essa gente odeia os cristãos. Os padres e os bispos devem alertar, sim, a todos os fiéis que esse governo está destruindo o nosso país e a nossa liberdade, que também é um princípio fundamental do cristianismo, está acabando, sequestrada por um estado anticristão, cruel e criminoso”. 

Na conjuntura jurídica atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos e sub-humanos, sendo perseguidas implacavelmente por medidas judiciais invasivas e arbitrárias, sem direito razoável ao contraditório e à ampla defesa, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, exposição indevida de dados, entre outras.  

O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a advertir, em um pronunciamento, para uma manifestação da subprocuradora Lindôra Araújo, da PGR - Procuradoria-Geral da República - que denunciou o uso da técnica da “fishing expedition” por parte do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A técnica é comum nos inquéritos conduzidos por Moraes contra adversários políticos, jornais independentes e cidadãos que se expressam de maneira crítica contra a conduta de ministros da Suprema Corte. Neste modus operandi, o investigador promove uma devassa em pessoas escolhidas por ele para procurar algum indício ou algum motivo para acusação, em contrariedade ao preconizado pelo Direito, que deveria investigar fatos. 

Em inquéritos conduzidos em cortes superiores, observa-se um procedimento característico: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos. As “matérias” e depoimentos de pessoas suspeitas são aceitas sem questionamento e servem de base para medidas cautelares contra as pessoas “marcadas”. Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira. Os inquéritos são mantidos abertos por tempo indeterminado para continuarem a produzir seus efeitos devastadores sobre as vidas dos investigados, que não têm meios para questionar as decisões. 

Em um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral, seguindo esse tipo de procedimento, o ministro Luís Felipe Salomão ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, inclusive a Folha Política. A decisão recebeu elogios dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin, e o inquérito passa de corregedor em corregedor, enquanto a renda do trabalho de famílias e empresas permanece confiscada sem base legal.  Após o ministro Luís Felipe Salomão, já foram relatores do inquérito os ministros Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves e Raul Araújo. A atual relatora é a ministra Isabel Gallotti. 

A decisão não discrimina os conteúdos e atinge a totalidade da renda dos sites, com o objetivo de levar ao fechamento dos veículos por impossibilidade de gerar renda. Todos os nossos rendimentos de mais de 20 meses de trabalho são retidos sem base legal. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar, doe qualquer valor através do Pix, utilizando o QR Code que está visível na tela ou o código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.

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