terça-feira, 8 de outubro de 2024

Senador Girão mostra áudio de criança vítima de Moraes e afirma: ‘ou o Senado se levanta ou não tem razão de ser’


Durante seu discurso no plenário do Senado, o senador Eduardo Girão mostrou o áudio de um vídeo que viralizou nas redes sociais, de uma criança de dez anos que pede ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que liberte seu pai e seu avô, presos políticos do ministro. 

Após exibir o áudio, Girão disse: “esse é o desabafo de uma criança que está orando, como muitos brasileiros - e a gente pede isso, que orem - pelo ministro Alexandre de Moraes, porque a crueldade, a injustiça, o desrespeito à nossa Carta Magna chegou ao fundo do poço”.

O senador alertou:  “Ou o Senado se levanta ou não tem razão de ser de nenhum de nós de estarmos aqui, se o Senado não cumprir seu papel de defender a Constituição. E o único que pode fazer alguma coisa é o Senado Federal, que tem a prerrogativa de investigar, de afastar ministros do Supremo Tribunal Federal. Já deu, senhor presidente, já deu. Que Deus nos abençoe e que o clamor de crianças, de idosos, de pessoas de bem - milhares de presos políticos que temos no Brasil - seja ouvido pelos homens de bem dessa nação”.

A violação de direitos de crianças e violação ao sistema acusatório, com o Ministério Público sendo ignorado, já se tornaram comuns no país, com a permanência e expansão dos inquéritos políticos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal. Crianças tiveram suas casas invadidas desde 2019 e até mesmo seus equipamentos eletrônicos apreendidos, em meio às buscas e apreensões, ordenadas sem qualquer indício de crime, que, muitas vezes, tiravam todos os bens eletrônicos de famílias e privando as crianças até mesmo das aulas remotas durante a pandemia. Crianças foram separadas de seus pais e mães, ou de seus avós, afastados da família em prisões políticas ou no exílio. Outras crianças ficam, na prática, presas com seus pais, que não podem deixar a casa e não têm meios de sustento para prover atividades para os filhos. Algumas crianças viram seu pai perder até mesmo o movimento das pernas devido a um estranho acidente enquanto estava preso por crime de opinião. Outras crianças sofrem com as consequências econômicas dos bloqueios de bens e confiscos a que suas famílias são submetidas, além do ass*** de reputações promovido pela velha imprensa. 

Há mais de cinco anos, o ministro Alexandre de Moraes conduz, em segredo de justiça, inquéritos políticos direcionados a seus adversários políticos. Em uma espécie de “parceria” com a velha imprensa, “matérias”, “reportagens” e “relatórios” são admitidos como provas, sem questionamento, substituindo a ação do Ministério Público e substituindo os próprios fatos, e servem como base para medidas abusivas, que incluem prisões políticas, buscas e apreensões, bloqueio de contas, censura de veículos de imprensa, censura de cidadãos e parlamentares, bloqueio de redes sociais, entre muitas outras medidas cautelares inventadas pelo ministro. 

O mesmo procedimento de aceitar depoimentos de testemunhas suspeitas e interessadas, e tomar suas palavras como verdadeiras, se repete em diversos inquéritos nas Cortes superiores. Esses depoimentos, “relatórios” e “reportagens”, produzidos por pessoas interessadas, embasam medidas extremas contra conservadores, sem qualquer chance de defesa ou acesso ao devido processo legal. 

A Folha Política já teve sua sede invadida e todos os seus equipamentos apreendidos. A renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, com o aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Todos os rendimentos de mais de 20 meses de trabalho de jornais, sites e canais conservadores são retidos sem qualquer base legal.  

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