domingo, 24 de novembro de 2024

Bolsonaro chuta o balde após ser indiciado e manda recado: ‘É uma piada essa PF criativa do Alexandre de Moraes’


O ex-presidente Jair Bolsonaro visitou o estado de Alagoas, e arrastou multidões por onde passou. O ex-ministro Gilson Machado acompanhou o ex-presidente na viagem e divulgou imagens. Ao chegar ao aeroporto de Maceió, uma pequena multidão se formou e Bolsonaro fez um breve discurso, quando ironizou o incidente internacional causado por Janja ao atacar gratuitamente o empresário Elon Musk, que fará parte do governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Bolsonaro disse: “sempre comparei os ministros. Agora vamos comparar, também, a primeira-dama com essa que está aí”. Bolsonaro afirmou: “assim como o Trump voltou, nós voltaremos. Até porque a acusação de inelegibilidade não encontra nem um crime sequer cometido por mim”. 

Ao visitar a cidade de São Miguel dos Milagres, Bolsonaro foi constantemente abordado por cidadãos, que queriam cumprimentá-lo, abraçá-lo e tirar fotografias com ele. Enquanto cortava o cabelo em uma barbearia da cidade, Bolsonaro concedeu uma entrevista informal ao ex-ministro Gilson Machado, quando afirmou que a direita voltará ao poder em 2026. Bolsonaro falou sobre o nordeste, sobre relações internacionais, e sobre o impacto da volta de Trump ao poder, em especial sobre o enfrentamento à tirania no Brasil. 

Questionado sobre o impacto da eleição de Trump sobre a guerra na Ucrânia, Bolsonaro lembrou que, no governo Trump anterior, havia mais paz no mundo, e afirmou: “Esse pessoal todo já começou a recuar. Eu tenho certeza que a guerra Rússia-Ucrânia acabará em poucas semanas, talvez até antes do Trump assumir. O Maduro não ousará entrar em Essequibo nem  na Guiana. O Hamas vai entregar os reféns israelenses que estão com eles e o mundo voltará à normalidade. É uma grande potência bélica, militar, nuclear, que projeta poder”. 


Bolsonaro enfatizou: “E o Trump, mais do que tudo, é um homem que tem a liberdade de expressão acima de tudo. Isso é muito bom para nós. Aqui no Brasil estamos perdendo a liberdade de expressão. A ditadura cada vez mais se faz presente aqui. E não é chefe do Executivo, não. Nem chefe do Legislativo. É uma pessoa que está no Judiciário, que tem causado muito mal a nós”. O ex-presidente lembrou o ministro Teori Zavascki, do STF, que faleceu em um desastre aéreo, e disse: “Se ele não tivesse morrido, o Brasil hoje, pode ter certeza, estaria numa normalidade, e não nesse clima belicoso em que se encontra”.

O ex-presidente disse: “Não teríamos esses presos - 17 anos de cadeia. Que covardia! 17 anos de cadeia para a mulher. Errou ao usar o batom? Tudo bem, mas dezessete anos de cadeia? Pelo amor de Deus! Que país é esse? Que democracia? E querem culpar a direita? E acham que prendendo Jair Bolsonaro vai resolver o problema. Não vai resolver, porque a direita veio para ficar. E nós da direita defendemos a família, a propriedade privada, a liberdade de expressão, o legítimo direito à  defesa, o livre comércio com o mundo todo. Defendemos também tudo aquilo que qualquer pessoa defende no Brasil, até quem vota na esquerda defende. Essa direita veio para ficar, porque colaboramos na formação de muitas dezenas, porque não dizer centenas de lideranças por todo o Brasil. Não vai acabar o povo de direita, por mais que uma pessoa apenas persiga o maior partido de direita do Brasil, que é o Partido Liberal”.

Questionado sobre liberdade de imprensa, Bolsonaro disse: “Olha, eu nunca censurei, nem ameacei censurar, nenhum órgão de imprensa. Eu até disse que eu prefiro uma imprensa errando do que uma imprensa fechada. Não fechei, não desmonetizei, não cassei, não fiz nada contra a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa”.

Bolsonaro também ironizou a mais recente narrativa levantada para perseguir conservadores, com o indiciamento dele e de quase 40 pessoas por uma suposta tentativa de imaginar um golpe. Bolsonaro riu: “É uma coisa absurda essa história de golpe. Absurda! Vai dar golpe com um general da reserva e quatro oficiais superiores? Pelo amor de Deus! Quem estava coordenando isso? Cadê a tropa? Cadê as forças armadas? Pelo amor de Deus, não fique botando chifre em cabeça de cavalo. Esses que estão sendo presos injustamente agora, de forma preventiva. Não se encontra um só respaldo na lei para a preventiva, prender esses quatro oficiais”. O ex-presidente ironizou a historinha segundo a qual o golpe teria sido frustrado por falta de um táxi. Bolsonaro disse: “É uma piada essa PF criativa do Alexandre de Moraes”.

Na conjuntura jurídica atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos e sub-humanos, sendo perseguidas implacavelmente por medidas judiciais invasivas e arbitrárias, sem direito razoável ao contraditório e à ampla defesa, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, exposição indevida de dados, entre outras.  

O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a advertir, em um pronunciamento, para uma manifestação da subprocuradora Lindôra Araújo, da PGR - Procuradoria-Geral da República - que denunciou o uso da técnica da “fishing expedition” por parte do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A técnica é comum nos inquéritos conduzidos por Moraes contra adversários políticos, jornais independentes e cidadãos que se expressam de maneira crítica contra a conduta de ministros da Suprema Corte. Neste modus operandi, o investigador promove uma devassa em pessoas escolhidas por ele para procurar algum indício ou algum motivo para acusação, em contrariedade ao preconizado pelo Direito, que deveria investigar fatos. 

Em inquéritos conduzidos em cortes superiores, observa-se um procedimento característico: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos. As “matérias” e depoimentos de pessoas suspeitas são aceitas sem questionamento e servem de base para medidas cautelares contra as pessoas “marcadas”. Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira. Os inquéritos são mantidos abertos por tempo indeterminado para continuarem a produzir seus efeitos devastadores sobre as vidas dos investigados, que não têm meios para questionar as decisões. 

Em um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral, seguindo esse tipo de procedimento, o ministro Luís Felipe Salomão ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, inclusive a Folha Política. A decisão recebeu elogios dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin, e o inquérito passa de corregedor em corregedor, enquanto a renda do trabalho de famílias e empresas permanece confiscada sem base legal.  Após o ministro Luís Felipe Salomão, já foram relatores do inquérito os ministros Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves e Raul Araújo. A atual relatora é a ministra Isabel Gallotti. 

A decisão não discrimina os conteúdos e atinge a totalidade da renda dos sites, com o objetivo de levar ao fechamento dos veículos por impossibilidade de gerar renda. Todos os nossos rendimentos de mais de 20 meses de trabalho são retidos sem base legal. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar, doe qualquer valor através do Pix, utilizando o QR Code que está visível na tela ou o código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.

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