sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Bolsonaro divulga entrevista impactante ao Wall Street Journal e aponta estratégia para enfrentar Moraes e voltar à Presidência em 2027


O ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou, pelas redes sociais, entrevista que concedeu à jornalista Samantha Pearson, do jornal americano Wall Street Journal, e que foi publicada em uma matéria que destaca a intenção de Bolsonaro de concorrer à presidência do Brasil em 2026. 

Na matéria, intitulada “Bolsonaro se lança novamente à presidência e aposta em ajuda de Trump”, a jornalista aponta: “Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, quer voltar ao poder e disse que acredita que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ajudará para que isso aconteça, possivelmente através de sanções econômicas contra o atual presidente, Luís Inácio Lula da Silva”. 

A matéria destaca a proximidade de Bolsonaro com Trump e com outros líderes conservadores do mundo, bem como a proximidade entre as famílias, apontando que o deputado Eduardo Bolsonaro esteve na residência de Trump para acompanhar a contagem dos votos na última eleição, e lembrando que o passaporte de Bolsonaro foi apreendido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. 

A jornalista menciona que Bolsonaro afirmou: “Trump voltou, e esse é um sinal de que nós também voltaremos (...) Agora é o momento de MAAGA - Faça Todas as Américas Grandes Novamente”. A jornalista afirma: “Bolsonaro, considerado o ‘Trump dos Trópicos’ pela imprensa brasileira, nunca precisou tanto da sua contraparte americana, embora não esteja claro quanta ajuda ele poderia receber, e de que forma”. 

A jornalista Samantha Pearson expõe as acusações do Supremo Tribunal Federal contra Bolsonaro, como o indiciamento de quase 40 pessoas por supostamente terem imaginado um golpe de estado, e relaciona o indiciamento com os atos de 8 de janeiro, além de apontar que Bolsonaro foi tornado inelegível sob a acusação de ter “abalado a confiança no sistema eleitoral brasileiro”. 

A matéria cita que Bolsonaro respondeu que é a vítima de uma perseguição por parte de Lula e de um judiciário partidário de esquerda, e afirmou: “eles não me querem só na cadeia, eles me querem morto”, mostrando a cicatriz do atentado que sofreu por um militante de extrema-esquerda. 

O jornal afirma que o plano de Bolsonaro é registrar sua candidatura mesmo com a inelegibilidade, e fazer a campanha enquanto eventuais recursos são julgados, e que ele esperaria vencer antes que o caso fosse julgado. A matéria afirma ainda que Bolsonaro “sugeriu que Trump poderia impor sanções ao governo de Lula para ajudá-lo”. A jornalista cita: “a candidatura permanece válida até que a corte eleitoral julgue os recursos; eles podem adiar o julgamento até o fim da eleição”. A matéria aponta: “por coincidência, o ministro Kássio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro, deverá presidir o TSE em 2026. Marques votou contra a inelegibilidade de Bolsonaro”. O jornal volta a citar Bolsonaro: “não tenho obsessão pelo poder; na verdade, é bem cansativo, na minha idade. Há pessoas muito mais inteligentes do que eu, mas ninguém tem a casca mais grossa, nem a experiência que eu tenho”. 

A jornalista explica que questionou Bolsonaro sobre quais seriam as possíveis sanções que Trump imporia ao Brasil, e que o ex-presidente mencionou as sanções impostas à Venezuela, dizendo: “Trump também está muito preocupado com a Venezuela, e discutiu comigo formas de fazer a Venezuela voltar à democracia”. 

A matéria afirma que a direita brasileira vem pedindo ao governo americano para cancelar o visto do ministro Alexandre de Moraes, e que suas fontes afirmam que membros do futuro governo são favoráveis a essa medida. A jornalista menciona: “Elon Musk, um aliado próximo de Trump, já é um dos maiores críticos de Moraes, desde que o juiz censurou a plataforma X por mais de um mês, depois que o X se recusou a bloquear contas de direita acusadas de ‘discurso de ódio’. [z39] Musk, assim como Bolsonaro, chamou Moraes de ‘ditador’”. A matéria cita ainda a deputada María Elvira Salazar, que chamou Moraes de “a vanguarda de um ataque internacional contra a liberdade de expressão” e que mostrou uma foto de Moraes quando apresentava um projeto de lei, juntamente com o deputado Darrell Issa, para proibir a entrada nos EUA de qualquer autoridade estrangeira que tenha ameaçado a liberdade de expressão. 

A matéria afirma - equivocadamente - que a Constituição brasileira daria aos ministros do Supremo a ‘opção’ de agir como promotor, juiz e jurado. A jornalista relata que, com esses alegados poderes, o ministro perseguiu apoiadores de Bolsonaro após o 8 de janeiro, ordenando milhares de prisões sob a alegação de ‘proteger a democracia’. 

Segundo a jornalista, enquanto Moraes e seus apoiadores justificam a “abordagem dura” como “necessária em um país que voltou à democracia após uma ditadura que acabou há quarenta anos”, juristas acusam Moraes de excessos. A jornalista menciona o relatório da polícia federal alinhada a Moraes, que “acusa Bolsonaro de chefiar uma conspiração criminosa para evitar que Lula tomasse posse em janeiro de 2023”.  A matéria diz: “Bolsonaro afirma que agiu nos limites da Constituição, e que tudo o que fez foi questionar o resultado da eleição, que considerou injusta, alegando que ele tentou conter seus apoiadores mais exaltados”. A jornalista afirma que Bolsonaro disse que seus apoiadores mais exaltados o atacaram e o chamaram de ‘covarde’. 

Na conjuntura jurídica atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos e sub-humanos, sendo perseguidas implacavelmente por medidas judiciais invasivas e arbitrárias, sem direito razoável ao contraditório e à ampla defesa, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, exposição indevida de dados, entre outras.  

O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a advertir, em um pronunciamento, para uma manifestação da subprocuradora Lindôra Araújo, da PGR - Procuradoria-Geral da República - que denunciou o uso da técnica da “fishing expedition” por parte do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A técnica é comum nos inquéritos conduzidos por Moraes contra adversários políticos, jornais independentes e cidadãos que se expressam de maneira crítica contra a conduta de ministros da Suprema Corte. Neste modus operandi, o investigador promove uma devassa em pessoas escolhidas por ele para procurar algum indício ou algum motivo para acusação, em contrariedade ao preconizado pelo Direito, que deveria investigar fatos. 

Em inquéritos conduzidos em cortes superiores, observa-se um procedimento característico: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos. As “matérias” e depoimentos de pessoas suspeitas são aceitas sem questionamento e servem de base para medidas cautelares contra as pessoas “marcadas”. Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira. Os inquéritos são mantidos abertos por tempo indeterminado para continuarem a produzir seus efeitos devastadores sobre as vidas dos investigados, que não têm meios para questionar as decisões. 

Em um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral, seguindo esse tipo de procedimento, o ministro Luís Felipe Salomão ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, inclusive a Folha Política. A decisão recebeu elogios dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin, e o inquérito passa de corregedor em corregedor, enquanto a renda do trabalho de famílias e empresas permanece confiscada sem base legal.  Após o ministro Luís Felipe Salomão, já foram relatores do inquérito os ministros Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves e Raul Araújo. A atual relatora é a ministra Isabel Gallotti. 

A decisão não discrimina os conteúdos e atinge a totalidade da renda dos sites, com o objetivo de levar ao fechamento dos veículos por impossibilidade de gerar renda. Todos os nossos rendimentos de mais de 20 meses de trabalho são retidos sem base legal. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar, doe qualquer valor através do Pix, utilizando o QR Code que está visível na tela ou o código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.

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