O ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou, pelas redes sociais, entrevista que concedeu à jornalista Samantha Pearson, do jornal americano Wall Street Journal, e que foi publicada em uma matéria que destaca a intenção de Bolsonaro de concorrer à presidência do Brasil em 2026.
Na matéria, intitulada “Bolsonaro se lança novamente à presidência e aposta em ajuda de Trump”, a jornalista aponta: “Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, quer voltar ao poder e disse que acredita que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ajudará para que isso aconteça, possivelmente através de sanções econômicas contra o atual presidente, Luís Inácio Lula da Silva”.
A matéria destaca a proximidade de Bolsonaro com Trump e com outros líderes conservadores do mundo, bem como a proximidade entre as famílias, apontando que o deputado Eduardo Bolsonaro esteve na residência de Trump para acompanhar a contagem dos votos na última eleição, e lembrando que o passaporte de Bolsonaro foi apreendido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A jornalista menciona que Bolsonaro afirmou: “Trump voltou, e esse é um sinal de que nós também voltaremos (...) Agora é o momento de MAAGA - Faça Todas as Américas Grandes Novamente”. A jornalista afirma: “Bolsonaro, considerado o ‘Trump dos Trópicos’ pela imprensa brasileira, nunca precisou tanto da sua contraparte americana, embora não esteja claro quanta ajuda ele poderia receber, e de que forma”.
A jornalista Samantha Pearson expõe as acusações do Supremo Tribunal Federal contra Bolsonaro, como o indiciamento de quase 40 pessoas por supostamente terem imaginado um golpe de estado, e relaciona o indiciamento com os atos de 8 de janeiro, além de apontar que Bolsonaro foi tornado inelegível sob a acusação de ter “abalado a confiança no sistema eleitoral brasileiro”.
A matéria cita que Bolsonaro respondeu que é a vítima de uma perseguição por parte de Lula e de um judiciário partidário de esquerda, e afirmou: “eles não me querem só na cadeia, eles me querem morto”, mostrando a cicatriz do atentado que sofreu por um militante de extrema-esquerda.
O jornal afirma que o plano de Bolsonaro é registrar sua candidatura mesmo com a inelegibilidade, e fazer a campanha enquanto eventuais recursos são julgados, e que ele esperaria vencer antes que o caso fosse julgado. A matéria afirma ainda que Bolsonaro “sugeriu que Trump poderia impor sanções ao governo de Lula para ajudá-lo”. A jornalista cita: “a candidatura permanece válida até que a corte eleitoral julgue os recursos; eles podem adiar o julgamento até o fim da eleição”. A matéria aponta: “por coincidência, o ministro Kássio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro, deverá presidir o TSE em 2026. Marques votou contra a inelegibilidade de Bolsonaro”. O jornal volta a citar Bolsonaro: “não tenho obsessão pelo poder; na verdade, é bem cansativo, na minha idade. Há pessoas muito mais inteligentes do que eu, mas ninguém tem a casca mais grossa, nem a experiência que eu tenho”.
A jornalista explica que questionou Bolsonaro sobre quais seriam as possíveis sanções que Trump imporia ao Brasil, e que o ex-presidente mencionou as sanções impostas à Venezuela, dizendo: “Trump também está muito preocupado com a Venezuela, e discutiu comigo formas de fazer a Venezuela voltar à democracia”.
A matéria afirma que a direita brasileira vem pedindo ao governo americano para cancelar o visto do ministro Alexandre de Moraes, e que suas fontes afirmam que membros do futuro governo são favoráveis a essa medida. A jornalista menciona: “Elon Musk, um aliado próximo de Trump, já é um dos maiores críticos de Moraes, desde que o juiz censurou a plataforma X por mais de um mês, depois que o X se recusou a bloquear contas de direita acusadas de ‘discurso de ódio’. [z39] Musk, assim como Bolsonaro, chamou Moraes de ‘ditador’”. A matéria cita ainda a deputada María Elvira Salazar, que chamou Moraes de “a vanguarda de um ataque internacional contra a liberdade de expressão” e que mostrou uma foto de Moraes quando apresentava um projeto de lei, juntamente com o deputado Darrell Issa, para proibir a entrada nos EUA de qualquer autoridade estrangeira que tenha ameaçado a liberdade de expressão.
A matéria afirma - equivocadamente - que a Constituição brasileira daria aos ministros do Supremo a ‘opção’ de agir como promotor, juiz e jurado. A jornalista relata que, com esses alegados poderes, o ministro perseguiu apoiadores de Bolsonaro após o 8 de janeiro, ordenando milhares de prisões sob a alegação de ‘proteger a democracia’.
Segundo a jornalista, enquanto Moraes e seus apoiadores justificam a “abordagem dura” como “necessária em um país que voltou à democracia após uma ditadura que acabou há quarenta anos”, juristas acusam Moraes de excessos. A jornalista menciona o relatório da polícia federal alinhada a Moraes, que “acusa Bolsonaro de chefiar uma conspiração criminosa para evitar que Lula tomasse posse em janeiro de 2023”. A matéria diz: “Bolsonaro afirma que agiu nos limites da Constituição, e que tudo o que fez foi questionar o resultado da eleição, que considerou injusta, alegando que ele tentou conter seus apoiadores mais exaltados”. A jornalista afirma que Bolsonaro disse que seus apoiadores mais exaltados o atacaram e o chamaram de ‘covarde’.
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