quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Bolsonaro se pronuncia após explosões e lembra que não há defesa da democracia sem possibilidade de diálogo


O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou, pelas redes sociais, após a ocorrência de explosões em Brasília, quando um homem morreu na detonação de explosivos que ele próprio levou e acionou. Em sua mensagem, Bolsonaro lembrou a impossibilidade de haver diálogo enquanto um dos lados está sendo violentamente calado. 

Bolsonaro disse: 

- Pela pacificação,

- Lamento e repudio todo e qualquer ato de violência, a exemplo do triste episódio de ontem na Praça dos Três Poderes. Apesar de configurar um fato isolado, e ao que tudo indica causado por perturbações na saúde mental da pessoa que, infelizmente, acabou falecendo, é um acontecimento que nos deve levar à reflexão.

- Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força. A defesa da democracia e da liberdade não será consequente enquanto não se restaurar no nosso país a possibilidade de diálogo entre todas as forças da nação.

- E as instituições têm um papel fundamental na construção desse diálogo e desse ambiente de união. Por isso, apelo a todas as correntes políticas e aos líderes das instituições nacionais para que, neste momento de tragédia, deem os passos necessários para avançar na pacificação nacional. Quem vai ganhar com isso não será um ou outro partido, líder ou facção política. Vai ser o Brasil.

- Jair Bolsonaro.

O jurista André Marsiglia alertou: 

“🚨Algumas considerações jurídicas sobre as explosões ocorridas ao lado do STF. 

1) o que o homem pensou em fazer não importa para o direito, apenas o que ele fez ou os atos que começou a fazer importam. E os atos foram de incendiar ou lançar explosivos em via ou prédio públicos, com previsão nos artigos 250 e 251 do Código Penal. Como ele morreu e, se agiu só, não há punição. O direito deveria parar aí.

2) Mas sabemos que não.  As investigações já estão com o ministro Moraes e um novo inquérito para investigar atentados ocorrerá.

Além disso, ministros já deram recado de que a anistia está fora de cogitação e a visão de que as redes sociais são um perigo democrático voltará com novo fôlego”

O senador Luis Carlos Heinze apontou: “Ontem, perdemos uma vida em um ato insano. Tudo está difícil, meus amigos, mas é o convencimento, o diálogo, que transformam o país. Jamais a violência será instrumento de mudança. Para além, é essencial melhorar nosso sistema de segurança. São dois episódios anunciados nas redes que não foram interrompidos e tratados pelo Estado antecipadamente. O Brasil está em colapso e precisa de um líder forte, que inspire confiança e traga segurança à população”.

O artista Marco Angeli lembrou: 

“Hoje, quando bombas expl** em Brasília, ao mesmo tempo que um carro, com vítima, importante lembrar o seguinte:

Em 1981, numa armação amadora, setores do Exército e da PM do Rio de Janeiro tentaram simular um ataque ter** para incriminar grupos que se opunham à ditadura militar no Brasil.

A ideia era justificar o aumento do aparato de repressão e retardar a abertura política.

Aconteceu na noite de 30 de abril de 1981, quando cerca de 20 mil pessoas se encontravam no Centro de Convenções do RioCentro, no Rio, num espetáculo de MPB que comemorava o Dia do Trabalhador.

O planejado era que ocorresse uma série de explosões, gerando caos e grande número de feridos, para obter a repercussão esperada.

O plano teve a participação e conhecimento da alta cúpula militar, na época.

A execução, entretanto, foi a mais desastrada e amadora possível: apenas duas bombas explodiram, uma longe do seu alvo e a outra detonou prematuramente, bem no colo dos militares que as colocariam, dentro de um veículo Puma.

O sargento Guilherme Pereira do Rosário morreu no ato, e o capitão Wilson Dias Machado ficou gravemente ferido.

O desastre inviabilizou a sequência do plano e, na sequência das falhas, militares removeram escondidos outras bombas instaladas no palco do show antes que explodissem.

O trabalho porco se assemelha em tudo ao ocorrido hoje em Brasília, pelo amadorismo e condução estabanada.

E por acontecer justamente no momento em que o criminoso que governa este país planeja criar uma força militar própria, particular.

Qualquer semelhança não será, evidentemente, mera coincidência.

Semelhança reforçada mais ainda pelo fato das FFAA estarem completamente submissas a Lula da Silva e sua quadrilha”.

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